Capítulo 11- O encontro de Esthefanie e a dura verdade.

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Capítulo 11- O encontro de Esthefanie e a dura verdade.

Madame Pomfrey insistiu em manter Harry na ala hospitalar pelo resto do fim de semana. Ele não discutiu nem se queixou, mas não deixou jogarem no lixo os estilhaços da sua Nimbus 2000. Sabia que era uma atitude burra, sabia que a vassoura não tinha conserto, mas o sentimento era mais forte que ele; era como se tivesse perdido um dos seus melhores amigos. Uma procissão de amigos veio visitá-lo, todos decididos a anima-lo.

Hagrid lhe mandou um buquê de flores com lagartinhas, que pareciam repolhos amarelos, e Gina Weasley, corando furiosamente, apareceu com um cartão de votos de saúde, feito por ela mesma, que cantava com voz esganiçada a não ser que Harry o guardasse fechado embaixo da fruteira. O time da Grifinória tornou a visitar o companheiro no domingo de manhã, desta vez em companhia de Olívio, que declarou a Harry (numa voz de além-túmulo) que não o responsabilizada pela derrota.

Rony, Esther e Hermione só deixavam a cabeceira de Harry à noite. Mas nada que ninguém dissesse ou fizesse conseguia faze-lo se sentir melhor, porque eles só conheciam metade das suas preocupações. E embora Esther soubesse de tudo o que se passava na cabeça do menino, ela não podia fazer nada, e se pudesse, o que ela faria ou falariam a ele? Então decidiu ficar quieta sobre o assunto e só tentar consolar o amigo sempre que podia.

Harry não contará a ninguém que vira o Sinistro, nem a Rony e nem a Hermione, porque sabia que o amigo entraria em pânico e a amiga caçoaria ele, ele não sabia o porquê não contará a amiga (Esther) mais sentia que ela sabia, que estava lá com ele o apoiando e protegendo. O fato era, no entanto, que o Sinistro agora já apareceu duas vezes e âmbar as aparições tinham sido seguidas por acidentes quase fatais; da primeira vez Harry quase fora atropelado pelo Nôitibus Andante; da segunda, levara uma queda da vassoura de quase quinze metro de altura. Será que o Sinistro ia atormenta-lo até a morte? Será que ele, Harry, ia passar o resto da vida olhando por cima do ombro à procura da fera?

Além disso havia os dementadores. Harry sentia mal-estar e humilhação toda vez que pensava neles. Todos diziam que os guardas eram medonhos, mas ninguém desmaiava sempre que se aproximava deles.
Ninguém mais ouvia mentalmente os ecos da morte dos pais.

Isto porque agora Harry sabia a quem pertencia a tal voz. Ouvira o que ela dizia, ouvira-a continuamente nas longas noites passadas na ala hospitalar quando ficava acordado, contemplando as listras que o luar formava no teto. Quando os dementadores se aproximavam, ele ouvia os últimos instantes da vida de sua mãe, sua tentativa de proteger o filho da sanha de Lord Voldemort e a gargalhada do bruxo antes de mata-la...

Harry dava breves cochilos, mergulhando em sonhos cheios de mãos podres e pegajosas e súplicas fossilizadas, acordando de repente para voltar a pensar na voz da mãe dele.

Eram poucas as vezes que Esther o acordava nesses momentos e até já dormiu com a observação da mesmo, no período da tarde quando os outros dois amigos estavam fazendo tarefa ou comendo. Isso para ele a aproximou mais ainda dela e o fez sentir ainda mais o formigamento a baixo de sua barriga sempre que a olhava sentada na ponta de sua cama, na ala hospitalar.

Foi um alívio não só para Harry mais também para Esther voltar à zoeira da escola principal na segunda-feira, e ser forçados a pensar em outra coisas, ainda que tivesse de aturar a implicância de Draco Malfoy. O garoto não cabia em si de alegria com a derrota da Grifinória. Retirara finalmente as bandagens e comemorava a circunstância de poder usar os dois braços novamente, fazendo espirituosas imitações de Harry caindo da vassoura. Malfoy passou a maior parte da aula seguinte de Poções, a que assistiram juntos na masmorra, fazendo imitações dos dementadores; Rony finalmente se descontrolou e atirou um enorme e gosmento coração de crocodilo em Malfoy, que o atingiu no rosto, o que fez Snape descontar cinqüenta pontos da Grifinória.

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