11° Capítulo

17 2 1
                                    

Angeline Collins

Acordo assustada com a minha respiração ofegante, sinto uma enorme dor no peito e lágrimas escorrendo pelo meu rosto, estou completamente suada.
Já faz meses que não tenho esse pesadelo, meses que digo a mim mesma que tudo que acontece tem um propósito mesmo não sabendo o meu, meses que tento apagar isso da minha cabeça, meses que tento seguir em frente e esquecer o meu passado.
Levanto da cama com dificuldade ainda sentindo meu corpo trêmulo foi tudo tão real que tenho medo de ficar no escuro. Ando rápido em direção a luz e a acendo, olho ao redor procurando por qualquer indício de Adam, não encontro nada. Só assim solto a respiração que nem sabia que estava presa, pego meu celular em cima da cabeceira e vejo que são 4:30 da manhã.

- Não irei conseguir dormi de toda forma. - indago para mim mesma, decido tomar um banho e correr um pouco, as paredes parecem estar me sufocando e eu preciso de ar puro.
Entro no chuveiro com água gelada, precisava desse choque para saber que ainda estou viva e que não posso deixa esse passado me afetar de forma alguma, eu vim para Boston começar um vida nova e é isso que estou fazendo, mas uma coisa que nunca me deixam esquecer são as cicatrizes que meu corpo e minha alma vão levar para sempre, vocês devem estar se perguntando como eu tenho cicatrizes se fico de langerie, por incrível que pareça aquele filho da puta sempre deixava em lugares onde não pudesse ser visto, assim minha mãe não veria e segundo as palavras dele eu podia viver normal sem me preocupar com elas, afinal na visão de algumas pessoas Adam era um bom Homem, mal sabiam que não passava de um drogado de merda.

Saio do banho e coloco uma calça preta legging e uma blusa preta de manga já que está frio lá fora, coloco minha toca preta deixando meus cabelos soltos, eu nunca os prendo não quero ninguém olhando o meu pescoço e perguntando sobre os cortes nele, pois é, uma dessas cicatrizes fica no meu pescoço, ele dizia que eu ficava linda demais com os cabelos presos e que ninguém poderia me ver assim além dele, então ele por diversas vezes me enforcava e cortava meu pescoço com unhas e machucava com os dentes, assim eu era obrigada a ficar de cabelo solto todos os dias.

Calço meu tênis e saio do quarto em silêncio para não acorda abby. Ao chegar no hall do prédio ponho meus fones de ouvido e começo uma corrida meio sem direção, por que ainda não parei para explorar o lugar, me recordo que no caminho para a boate tinha uma praça eu podia correr até lá, seria um bom tempo gasto e meu sedentarismo agradeceria. Continuo a minha corrida, depois de uns 20 minutos correndo vejo a praça e começo a correr em direção a ela, ainda está escuro por isso não tem ninguém nela o que seria ótimo, eu precisava de um tempo sozinha.

- Merda! - grito pra mim mesma quando sinto lágrimas sobre meu rosto, eu não queria lembrar disso 20 minutos correndo e lembrando da vida de merda que vivi, eu não pude proteger minha mãe, não pude proteger meu pai. Não consegui proteger nem a mim mesma, eu nem sei mais o que eu faço, eu sinto tanta falta dos meus pais da época que meu pai me prometia que iria me proteger de tudo.

Flashback On

- Pai! - grito do secundo andar e vejo ele subir a escada preocupado.

- O que foi meu amor, aconteceu algo? - sorrio com a cara dele e o abraço.

- Hmm, que abraço gostoso tem algum motivo? Deixando claro que não tenho dinheiro. - ele diz enquanto rir da minha ação repentina mais ele retribuir de toda forma.

- Bobo, claro que não, eu só queria dizer que te amo pai você é o melhor pai do mundo, quero que sempre saiba disso - digo dando um tapa em seu ombro e logo em seguida sorrindo pra ele.

- Eu também te amo minha filha, você e sua mãe são tudo pra mim, e eu sempre vou estar aqui pra proteger vocês - ele diz dando um beijo na minha testa e indo em direção a cozinha.

Flashback Off

Não consigo controlar minhas lágrimas ao lembrar dos momentos bons que tive com meu pai, se ele soubesse o quanto eu sinto falta dele. Apresso mais o passo e corro o máximo que consigo até meus pulmões doer , eu precisava sentir isso precisava sentir essa dor, por que não suporto mais fingir que ela não existe, diminuo um pouco a velocidade e quando estou virando a esquina eu trombo com algo, mais específico alguém. Na hora me desequilíbrio e caio com tudo no chão.

- Merda! Merda! - xingo com a pancada que levei e sei que vai haver um roxo mais tarde no meu cotovelo, hoje tudo tá dando errado, na hora levo as mãos no rosto e não aguento mais segurar toda essa dor e choro, não me importando em quem trombei ou se a pessoa está ali me assistindo eu só choro, eu não aguento mais essa merda toda eu sinto saudades da minha casa dos meus pais da minha antiga vida eu queria que eles estivessem aqui me abraçando e dizendo que tudo vai ficar bem, eu digo isso a mim a meses só que nada fica bem, eu apenas tento todo dia engolir o que aconteceu comigo e viver normalmente mas porra não dá! Não dá! Eu lembro dessa merda, eu nunca vou conseguir ter um relacionamento ou amar alguém com a merda desse buraco no meu peito, eu não posso amar alguém e eu mesmo me odeio por tudo, dês do começo sempre foi minha culpa. Sinto mãos ao meu redor e quanto carícia meu cabelo, assustada empurro a pessoa.

- Me solta, quem é você? - limpo meu rosto rapidamente e olho para a pessoa na minha frente e por um segundo eu foco meus olhos na queles olhos verdes, meu deus! Era ele. Como poderia haver tanta coincidência assim, me recomponho e me levanto.

- Me... me desculpa é.... eu só estava destraida e acabei esbarrando em você - merda como eu posso caguejar em uma hora como essa? Eu não consigo nem olhar nos seus olhos.

- Está tudo bem, você se machucou? Eu posso te levar no hospital, você estava chorando - ele vem até a mim e segurando no meu queixo ele me faz olhar dentro dos seus olhos, e posso ver preocupação neles, eu devo estar doida né? Porque alguém que me viu 2 vezes poderia se importa tanto.

- Não, está tudo bem. Eu não me machuquei - me afasto do seu toque e sinto falta do mesmo logo em seguida, por impulso ponho a mão na cabeça e acabo notando que a mesma não se encontra, olho ao redor e vejo ela no chão antes de eu me mover para pegar, Ethan parece notar e a pega primeiro.

- Está procurando isso? Tem certeza que está bem?  - ele diz sério olhando nos meus olhos, pego a toca rapidamente de sua mão.

- Eu estou bem Ethan, por favor só esquece que você viu essa parte de mim - digo o encarando da mesma intensidade, eu não queria que ninguém me visse ou soubesse disso, não gosto que me vejam fraca.

- Você lembra do meu nome angel - ele parece querer comentar sobre o ocorrido mais mesmo assim ele muda de assunto ele sabia que eu estava desconfortável.

- Sim eu lembro, pelo visto lembra do meu apelido. - Ponho a toca de volta a cabeça e vejo ele sorrir pra mim.

- Apelido? E então qual seria seu nome? - indaga dessa vez serio.

- Angeline. Angeline Collins - Digo, eu quero conhecer ele melhor.

- Realmente combina com você, me chamo Ethan Morgan, posso te fazer uma pergunta?

- Pelo jeito já está fazendo, mais pode sim - digo com divertimento.

- O que uma jovem linda faz a esse horário sozinha na rua?

- A jovem linda eu não sei, mais eu apenas vim dar uma caminhada precisava de ar fresco - olho seria para ele lembrando do meu súbito pesadelo, mais logo essa lembrança fica de lado.

- Hm entendo, já que estamos aqui e você esbarrou em mim e acho que quebrei um osso por isso, acho que aceito seu pedido de desculpas, se você aceitar sair comigo, que tal?.


xxx

E isso meus amores! Desculpa a demora pra postar eu estava toda enrolada da vida, espero que vocês tenham gostado, e me digam o que vocês acham??

Será que ela vai aceitar?
(Eu aceitaria sem pensar duas vezes kkk)

Até a próxima meus amores, não esqueçam de comentar e votar.

Bjundaaaas 💜💜💜

Crazy Love 🌹🔥Onde histórias criam vida. Descubra agora