5- Rosas azuis (lembranças de Yukhei)

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- Vamos passar a noite bem hoje, eu juro - Ela sorria aliviada logo apos entrar em casa, não parece nada preocupada, parece que tem razão de tudo ,e fato que ela tem

- Eu odeio esse dia! - Disse Kun bravo, ele não apoia nada de hoje - Você colocou as flores azuis lá fora né?

- Coloquei sim!

Nos nunca fomos de tanto luxo, inclusive depois que meu pai se separou da minha mãe. Eu e meus irmãos sempre ajudamos ela o máximo que podemos, não é tão simples como parece, eu e Kun trabalhamos e depois o mais velho tem faculdade e eu estudo, nos dois de noite, como o Chenle estuda pelo período da manhã, ele ajuda a mãe de tarde e noite, de manhã ela dormia, mas porque todo esse foco nela? bem, meio que ela tem uma doença meio que incomum para a idade dela, mas de todos os modos ela fingia que estava tudo bem mesmo que seja o contrário, e olha só, ela mentia bem pra caralho porque há todo custo ela ficava feliz com tudo possível.

Mas agora estamos aqui dentro de casa esperando que essas sete horas sejam as mais rápidas possível, quase não é, mas pedimos para que seja. nos três estamos na sala, só o Chenle que tá fazendo o dever de casa dele no seu quarto, estávamos esperando o recado para o expurgo começar, Kun está nervoso, eu já falei pra ele fazer um chá mas ele não me escuta, ah foda se também. não estávamos vendo o relógio, então, nos assustamos com o aviso tão derrepente.

"May god be with you all"

As sirenes começaram a tocar, bem, agora não é hora de ficar calmos, nos três estávamos arrepiados, eu escuto a porta do quarto de Chenle abrir, ele sai desesperado, com isso ele corre para abraçar a nossa mãe

- Eu tô com medo, mamãe! - disse lele abraçando ela com uma leve força, eu entendo ele, todos nos estamos assim.

Depois de 2 horas e aproximadamente 40 minutos que a sirene tocou, todos nos estávamos tentando ter uma noite comum, eu e Kun jogávamos xadrez mesmo ele sendo ótimo naquela merda de jogo, Chenle e a nossa mãe não sabíamos o que faziam, provável assistindo algum filme.

Depois de alguns minutos, escutamos uma porta batendo na parede e um grito, então eu e Kun saímos do quarto e fomos para a sala ver o que estava acontecendo, lele e minha mãe estavam em pé vendo o que estava acontecendo, a mão dela estava na boca do mais novo, ele deve ter gritado, ela manda nos imos para o meu quarto esperar quietos, mesmo com todos nos lá, meio obvio que eles iam entrar, então peguei um taco de baseball e esperei pra ver se ele vai atacar, até que os purificadores abrem a porta com força apontando armas para todos nos falando para nos calamos nossas bocas, eu tive que soltar o taco e levantar minhas mãos, eu espero realmente que nada aconteça.

eram quatro pessoas apontando as armas para nos, mas, tinha mais um, parecia ser o líder, ele estava com mascara, cabelos castanhos e ele é muito alto, na minha visão pelo menos, tenho certeza que estou exagerando, ele retira a mascara e olha para nos quatro, parece que eu já vi ele, pera... John!

- Bem, eu sei que vocês colocaram as flores azuis, é uma honra saber que vocês apoiam a purificação, mas, infelizmente todos acham que isso é apenas uma proteção para não morrerem, mas, isso chama mais a atenção de todos não é mesmo, se você apoia, porque não ser purificado, uh? ia ser muito legal não é mesmo! -  John dizia com um sorriso maniaco em sua expressão

- Deixa minha família em paz! - Diz minha mãe confiante porem desesperada - tem outras pessoas que vocês podem matar, por favo-

- Isso mesmo, podemos matar outras pessoas, mas as rosas azuis ficaram tão bonitas, chamaram nossa atenção - ele estala os dedos e os quatro caras atras dele aproximam de nos, tentamos nos safar de lá mas não conseguimos, eles nos amarraram e depois afastaram, eu não estava concentrado em nada, escutava o menor chorando e todos desesperados e tremendo, mas percebi que dois deles foram para um canto conversar, eles pareciam me lembrar de alguém, paro de me distrair com os dois conversando até que John volta e agacha na nossa frente

- Eu vou fazer um joguinho, apenas um de vocês vai morrer, que tal... uni duni te? Eu adoro esse, bom - ele pega uma arma que guardava no cinto e começou a cantar a musica apontando a arma calmamente para nossas cabeças um de cada vez - Quem me atrapalha? - ele diz isso após um deles o-cutucar, então ele levanta e fala com um cara com a altura bem diferente dele, eu apenas percebi as pulseiras que os dois estavam usando, eram iguais, parece muito familiar, ele estava conversando com um outro de cabelos vermelhos no fundo enquanto amarravam a gente, eu apenas escutei minimas coisas, ele estava um pouco bravo, depois que o menor sai de perto dele, ele volta para nos quatro

- Aonde eu estava? ah sim, quer saber, perdi a paciência - ele pega a arma e atira sem pensar duas vezes

Meu mundo acabou, aquela cena passou em câmera lenta para mim, o estouro da bala, o sangue escorrendo pelo chão e choros, eu não queria acreditar

Minha mãe morreu no expurgo com um tiro na cabeça, o pior, eu vi tudo, nos três vimos, nunca vou superar isso.

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Asfalto Vermelho - short fic (NCT)Onde histórias criam vida. Descubra agora