only one.

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Desde o dia em que Bucky a salvou de uma explosão em uma das milhares de missões que fizeram ao lado da SHIELD, ela o amava.

E ele sabia, sim. Todos sabiam.

Ela tentou flertar com ele, chamar para os mais casuais encontros e festas, mas ele sempre inventava uma desculpa para não ir, sempre a afastava.

A verdade é que ele tinha medo de machuca-la, de perder o controle, de não ser bom o suficiente.

E depois de muitos meses tentando se aproximar, ouvindo as mais variadas desculpas para as mais simples perguntas, ela finalmente desistiu.

Ela ja não o procurava mais, não o chamava mais para sair e, usando da técnica dele, dava um jeito de sumir toda vez que ele aparecia.

E isso o corroeu.

Ele sentia falta de assistir seu sorriso quente sem que ela soubesse. Sentia falta da sua inquietação quando ele estava por perto e sentiu falta de ser o centro das suas atenções, por mais que nunca fosse admitir.

Ele estava confuso, não sabia se ia atrás de dela ou achava melhor pra os dois a decisão que ela tomou.

Passou semanas sem ter notícias dela e saber o que fazer.

Pensou tanto em todas as possibilidades, refazendo mentalmente milhares de vezes a mesma lista de prós e contras da sua até então inexistente relação, que chegou a se admirar com seu próprio cérebro por não ter dado pani.

Depois de muito, muito, muito pensar, chegou à uma decisão: resolveu tentar, afinal, ele também era humano, tinha que se dar uma chance, certo?

Com ajuda de Sam, contatou a todos que conhecia atrás de notícias dela. E depois de muito insistir com uma amiga da SHIELD, descobriu que ela planejava ir à uma festa qualquer para qual foi convidada, no Queens.

Com muitos agradecimentos, ele desligou o o telefone e correu para o próprio quarto, em busca de uma roupa que a agradasse. A maior parte do tempo ele não se importava com isso mas, bem, dessa vez era especial.

Depois de pronto, pegou um dos carros da SHIELD e dirigiu até o local indicado, já pensando em como aborda-la e dizer tudo o que sente. No melhor dos casos, chama- lá para tomar o café que ele sempre recusou.

Ele estacionou e por um momento respirou fundo. Tomou coragem pra sair e sem se preocupar se realmente havia fechado o carro ou não, andou até a entrada da tal festa.

Nem precisou entrar para localiza-la. Ela estava linda. Seu vestido vermelho aveludado pareceu ter sido projetado exatamente para deixá-la ainda mais perfeita aos seus olhos, se é que isso é possível.

Quando ele fez a menção de entrar e concretizar todos os planos que havia feito na pequena viagem que fez até o Queens, sentiu como se o peso da Terra despencasse sobre seus ombros.

Ela estava acompanhada. Ele engoliu em seco mas tentou se convencer de que não era nada, afinal, quem ia à uma festa sozinho? Deveria ser um amigo ou colega de trabalho, qualquer coisa.

Menos seguro de si, ele se aproximou da entrada e parou na porta. O que estava fazendo? E se ela já estivesse numa melhor e ele apenas atrapalhasse seus pensamentos de novo, como fez há meses atrás?

E pior, e se já não atrapalhava mais?

Sua vontade era de ir até lá arranca-la daquele lugar, principalmente para tira-la dos braços de seu acompanhante. Sentia seu estômago se revirar com a cena.

Ele queria olhar nos olhos dela e pedir pra que voltasse para ele. Para que voltassem a ser o que eram. Mas o que eram? Nada, graças a ele. Mal podiam se rotular colegas.

𝔹𝕖𝕥𝕨𝕖𝕖𝕟 𝔽𝕚𝕟𝕘𝕖𝕣𝕤 - Bucky Barnes.Onde histórias criam vida. Descubra agora