Capítulo 12 - Gratidão e Vingança?

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Eu acordo chorando, Jimin não estava ao meu lado, a cela está mais fria e escura que o normal, é um dia estranho. Será que depois de toda morte, os dias passam a ser assim? – Mínimos detalhes... Mínimos detalhes... Mínimos detalhes... 
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   "* Oi queridos, vcs acharam que eu não iria descobrir que vcs viriam atrás de mim né, vcs são tão espertos, mas eu sou mais.
      Manda um beijinho pró meu namorado e pra pequenina S/n, ah como eu amo minha priminha, fala pra ela tomar cuidado!
           Se ela não ficar quieta aí na cadeia, os amiguinhos dela vão se ferir, que nem o T.O.P. 
Ele amava ela tanto, uma pena...
                   Beijinhos 
                 
                                Gata Sook

           S/n, toma cuidado

       CDPB
Senhor e Senhora

Kim

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 — Que desgraçada, vai acabar com a vida de outra pessoa! — Exclamo em alto e bom som.

—  Que agressividade! O que te irritou — Diz o Polícia Jung Hoseok se fazendo presente na sala.

Eu começo a derrubar as coisas dentro da cela, chego a derrubar a beliche que acaba quebrando.

— Pare de quebrar as coisas! — Namjoon entra na sala. — Chame o policial Seokjin e o policial Taehyung. — ordena ao policial que estava atrás do mesmo.

— O que aconteceu aqui — Seokjin chega primeiro e toma a frente de Namjoon.
Seokjin me olhar e meus olhos lacrimejam mais.

— eu estou bem — afirmo.

— Que bagunça, o que passou por aqui? — Taehyung questiona tirando os óculos.

Todos se paralisam ao me verem, eu me ajoelho no chão e fico sem silêncio, olho o chão e só consigo procurar uma forma de controlar esse sentimento enquanto as lágrimas escorregam pelo meu rosto.

— O que aconteceu? — O Park entra e me olha. — Vamos dar uma volta no pátio.

Fomos para um jardim que ficava próximo ao pátio do presídio. O Policial Park me deixou lá e se afastou um pouco. Sentei na grama e me encostei no troco de uma das árvores.

Em nenhum momento me bateu a ideia de tentar fugir. Mesmo com toda a liberdade fruto da poucura desses policiais nada profissionais. Eu realmente não tinha vontade de me arriscar a fugir naquele momento.

Depois que as nuvens passou a cubrir a luz do sol, Park Jimin se aproximou com um copo de água.

— Pegue — ele me entregou o copo e logo após de sentou no chão. — Sei como se sente.

— Como você pode entender? Por que quer me entender — O questionei, seu comportamento não era esperado diante do que ele foi designado a fazer em relação a mim.
— Meu pais morreram — Ele exitou e encarou a grama — em um incêndio, na minha antiga casa.
— sinto muito — Me compadeci da dor ainda recente pela forma que os olhos do ruivo se encheram se lágrimas.
— Estávamos todos lá, eu não os vi antes de sair da casa e nem depois que me encontrei fora do alcance das chamas.
— Sinto muito mesmo. — Respondi e abracei meus joelhos enquanto o encarava.
— Com o tempo a dor ameniza, você aguenta. — Ele diz e seus olhos encontram os meus.
— Eu queria entender porque vocês me tratam diferente dos outros presidiários. — Comentei.
— Não há tratamento diferente. Talvez tenha, mas é que estamos acostumados e conviver com presidiários homens, você é a primeira mulher dessa prisão. — Ele passa a palma da mão na grama.
— Você não teme a mim? — questiono.
— Talvez eu tenha amolecido, mas é que não vejo necessidade de ser bruto. — Ele responde e me olha.

Nós voltamos para a parte interna da prisão, Park e eu fomos para a sala que ficava a minha cela, ele me trancou.

— Ganhou camas novas — Park comentou.
— Pelo menos não bato mais a cabeça naquela beliche — Respondo e me sentou em uma das camas.

Fico repensando no bilhete de Sook e me lembro de prestar atenção nos mínimos detalhes. Até que presto atenção nas iniciais no final da carta.

"CDPB" 
CASA DA PRAIA EM BUSAN

Não sabia qual atitude tomar diante daquela pista, e nem o que poderia envolver o T.O.P. Sentada na cama encaro o bilhete e vem um flashback na minha cabeça.

*Flashback on*

Sook: S/n, você é perfeitinha demais. Mimadinha demais. Princesinha demais. E inocente, tão inocente. Tem tudo o que quer. - Ela se aproximava ainda com o revólver na mão, eu estava contra a parede sem reação alguma. – E agora... Vai perder tudo o que tem, pobre pequenina. Vá aprender o que é a vida, vagabunda. Olhe esse sangue *OLHE PARA OS SEUS PAIS!* *MORTOS!!* – Puxou a minha cabeça pelo cabelo, me deixando ajoelhada diante de meus pais, cada um com um furo na nuca. – Vá embora dessa casa, aqui é o meu novo lar. Suma daqui, sua praga. FRACA!!

*Flashback off*

Eu quero tanto encontrar essa mulher.
Apesar de ela ter feito o que fez, ele me fez ter consciência do que eu irei fazer com ela.
Então obrigada querida prima.
Você mesmo fez a pessoa que vai fazer dá sua vida um verdadeiro inferno.
Vagabunda!

Mr. Policiman - A caçadaOnde histórias criam vida. Descubra agora