13 - Incontrolável

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Por Joseph.








-O que foi isso?. -  susurro ainda com o meu corpo colado ao dela e nossas respirações estão ofegantes... Meus olhos estão sobre ela.. Na verdade não consegui desviar meus olhos dela em momento algum.

Levanto sua calça e fecho o botão ,deixando no estado em que estava e ela desce seu sutiã que estava embolado em seu pescoço e seria engraçado se eu não estivesse ainda com tesão.  Nem chegamos a transar, e tudo foi tão intenso que demoro pra acreditar que apenas uma premilinar está me fazendo me sentir desse jeito. Aéreo, como se estivéssemos em um mundo só nosso. E isso tudo é loucura demais.

A olho novamente por que ,sinceramente olhar pra ela igual um babaca já parece ter virado rotina. Seus olhos negros e suas bochechas rosadas, a tornam linda.. Eu sei que deveria parecer normal mais não é. Nada nessa mulher é normal.

-Será que alguém viu? - Pergunta tirando o rosto do meu peito depois de um tempo e seus olhos ainda parecem duas bolas de fogo e sinto que minha vontade não passou. Na verdade não saciei nem uma parte do meu  desejo.

-Claro que não. Essa rua é deserta. Na verdade todas as ruas dessa cidade são. - digo  depois de olhar em volta e ver apenas alguns caros que parecem ter tido abandonados e algumas cercas que protegem grande quantidade de capim e só. A rua se resume basicamente a isso e volto meus olhos pra elas, vendo seus olhos me observarem e quando ela é pega no flagra seu rosto esquenta de vergonha... Passo a mão por seu rosto. Na verdade é meio que incontrolável, não tocar nela.. Sua pele é tão macia, seu corpo é tão quente... Tão receptivo e se não fosse o meu desejo que amanhecer com ela em minha cama, eu jogaria tudo pro alto e saciaria meu desejo aqui e agora...
Meus olhos percorrem seu cabelo e  está todo desgrenhado ,seus lábios inchados pelos beijos que trocamos... E ela está perfeita.

Ela passa a mão pelo cabelo e olha em volta procurando por seu boné que parou perto da cerca, não sei como e me desgrudo dela para pegar e imediatamente sinto falta.

Coloco o boné em sua cabeça e ela o arruma em seus cabelos e empurro sua cadeira para o final da rua,onde tem mais uma rua que liga até sua casa.

-Não precisa me empurrar, posso fazer isso. - fala assumindo o controle da cadeira de rodas e dou um suspiro contrariado. Nem percebi que tinha conduzido sua cadeira ,simplesmente fiz.

Andamos pelas ruas vazias ou melhor eu a sigo ,já que ela anda rápido e para bracinhos tão magros,me deixam surpreso com a agilidade.

-Pode ir pra seu hotel. Posso ir daqui sozinha. - me olha e nem parece aquela mulher que alguns minutos agora se entregou pra mim e isso me incomoda, na verdade muito .

-Claro que não. Não vou permitir que você vá embora sozinha a essa hora da noite. - respondo e continuo lhe seguindo e andamos em silêncio até chegarmos em seu portão e assim que ela o destranca puxo sua mão pra que ela se volte pra mim.

-oi? - pergunta girando a cadeira pra me olhar e olhos pro pequeno beco onde estarmos o vendo vazio e olho pra ela novamente sem saber o que dizer. Só Não queria ir pra casa sozinho, passar essa noite sozinho e estou me sentindo um idiota.

-Não quero fingir que isso não aconteceu. - digo depois de um tempo com coragem e seu olhos se arregalam um pouco e ela parece surpresa.

-Não aconteceu, nada. Você só me chupou Joe..então definitivamente não preciso fingir nadar,por que não aconteceu nada. - diz irredutível e agora percebo que tudo isso é apenas uma máscara... Ela quer fingir que não está nem ai e que não sente o mesmo que eu. Mais no fundo sei que seu corpo chama por mim e me quer tanto o que eu quero o dela.

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