Capítulo Um - Ninfomaníaca I

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Oi, essa primeira parte é mais uma introdução a tudo, logo a Rafa aparece, mas é importante pra desenvolver a hístoria.

Qualquer erro que encontrarem me notifiquem... Não ta sendo fácil traduzir tudo, mas é bom pra treinar o inglês na quarentena.

Se quiserem add no twitter é jullimoura.
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Quando eu era criança, meus pais costumavam me levar a este pequeno parque com uma grama mal feita e balanços enferrujados na frente da igreja. Morávamos em uma pequena cidade no interior do Espírito Santo, um lugar cheio de idosos e caipiras e cabras, havia muitas cabras. Basicamente no meio do nada. Um lugar tão perdido no mundo que era como se  tecnologia e avanços médicos nunca tivessem chegado àquela cidade. Um lugar congelado no tempo. Quase como um vilarejo desse de filme de terror, mas sem o terror óbvio, porque isso aqui é brasil mesmo.

Como era tudo minúsculo era bem comum todo menino ou menina ser levado pelos pais, avós, irmãos ou irmãs para esse pequeno parque para brincar à tarde e depois da missa aos domingos. Era um espaço muito bonito, na verdade, a única coisa naquela cidade que não parecia feia por parecer velha e enferrujada. Um círculo perfeito de árvores que cercam os balanços, o trenó, as caixas de areia ... ainda estou admirado a caixa de areia, lembrando aqui que a Lara Campo, minha prima,  poderia ter me feito comer tudo em nossa jornada para a adolescência. Eu tinha um bom grupo de amigos quando eu era pequeno e nós chamamos de "o bonde" - Marcos Couzi, Tabata Haidu, Renzo Mendes, Ari Morais, Lara Campo, Leticia Bortolotti e eu. Costumávamos brincar muito na cadeira de balanço. Eu amava a cadeira de balanço e foi aí que tudo começou.

Era um domingo (dia santo) depois da igreja, e nós estávamos, é claro, brincando no parque enquanto nossos parentes conversavam e riam nos bancos. O velho o padre Pedro acabara de falar sobre misericórdia e dar a outra face quando Marcos e Renzo achou que seria uma boa idéia praticá-lo, então eles começaram a bater um no outro. Ótima maneira de praticar misericórdia! As meninas, Ari e eu estávamos brincando na cadeira de balanço, Lê e ele na minha frente, Tabata e Lara nas minhas costas. Quando o barulho alertou os adultos, meus amigos pularam do balanço e tudo despencou, me levando junto.

Eu tinha seis anos, quase sete anos, e foi aí que descobri que só era preciso bater e esfregar no lugar certo que a dor leve, mas incomoda entre minhas pernas já era mandada para longe, eu lembro como se fosse hoje daqueles poucos segundos onde o atrito mandou arrepios na minha espinha, por causa do contato do meu corpo com o banco. Que sensação maravilhosa e inexplorada foi para o meu pequeno eu. Me lembro de ficar parada por alguns segundos, tentando descobrir o que acabara de acontecer. Então eu fiz novamente, embora desta vez não tenha sido tão legal, então eu simplesmente me deixei sair dali.

Eu tinha oito anos quando esse garoto que não era do grupo, por esse motivo, não vou lembrar o nome do ser humano pois não é relevante o suficiente para essa história, me bateu com uma bola bem na minha coxa. Isso machuca! Muito! Ari e Lara

me defendeu enquanto Marcos, Tabata e Lê me levavam para casa toda molhada e vermelha de tanto chorar, Minha mãe e tia me sentaram na minha cama e esfregaram minha coxa enquanto me confortaram para a dor passar. Eu tenho essa memória de mim deitada na minha cama naquela noite em silêncio, apenas a luz da lua iluminando e minha perna ainda doendo um pouco. O golpe não foi precisamente suave; de fato, no dia seguinte eu descobri que tinha um roxo enorme, então comecei a esfregar como mamãe disse para aliviar a dor. Meu toque foi inicialmente muito focalizado, mas depois começou espalhando em uma ótima sensação e a pontas dos dedos finalmente acariciaram minha virilha. Foi interessante. Poucas semanas depois, tentei novamente uma vez que minha perna estava curada. Foi mais exploratório do que prazeroso, eu deveria me julgar muito por causa dessa atitude imunda, mas eu estava realmente curiosa, nunca imaginei o que havia "lá em baixo", e porque os adultos gostam tanto disso, mas precisei compartilhar esse meu conhecimento com alguém e essa pessoa é a Lara. Três semanas depois, os pais dela a pegaram em flagrante nessa auto-descoberta e conversaram diretamente com o meus. Eu sempre lembrarei a sensação de queimação no meu rosto depois que minha mãe me deu um tapa e a dor na minha mãozinha como meu pai bata com força enquanto grita: "Uma menina não se toca dessa forma, isso é sujo, isso é pecado!" Ali entrei em uma luta comigo mesma para não esquecer essas palavras e manter minhas mãos longe do meu "privado". Na verdade, prometi a mim mesma que me manteria longe de todos, por esse motivo, e como prática perfeição, eu me destacava nisso. Ou assim eu pensei.

Perdoa Pai, Eu PequeiOnde histórias criam vida. Descubra agora