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VOLTEI E PROMETO NÃO DEMORAR MAIS! Essa é a segunda parte do capítulo 1
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Antônio
Quando chego em casa, um apartamento bem espaçoso e com tudo o que é necessário para que um homem viva com conforto, a escuridão e silêncio me recebem assim que adentro a sala. Chego colocando a minha bolsa e chaves sobre o sofá de tom escuro, não me dou ao trabalho de acender as luzes e logo vou para o banheiro tomar o banho. Só quero ficar limpo e ligar para a Beatriz, ouvir a sua voz e imaginar que não está tão longe de mim.
Foram poucos dias, mas já sinto tanta falta do seu cheiro, das nossas conversas e dos nossos corpos se fundindo que parece que foram meses sem nos vermos. Mesmo sendo tão mais jovem, tendo vivido tão pouco, tenho a sensação de que a minha namorada é a única que me entende de verdade, embora isso não seja possível, já que ela nem ao menos sabe com quem é o homem quem tem dormido ao seu lado quase todas as noites.
Há momentos em que quase chego a sentir remorso, pelo menos o suficiente para pensar em abrir a boca e contar-lhe tudo sobre quem é Antônio Orsini, mas o sentimento não passa de um pálido vislumbre. Antes do remorso vem a minha paixão por ela, a certeza de que é melhor que não saiba de nada. Se para ficar com Bia eu tenha que viver uma mentira e mantê-la no escuro, é assim que escolho viver.
Ao sair do banho, com uma toalha em volta da cintura e com outra secando os fios escuros do meu cabelo, ouço o meu celular tocando sem parar. Saber que podem ser outras pessoas me faz não querer atender, mas suspeitar que pode ser a moreninha me faz praticamente me jogar em cima da cama.
Olho para o visor, vejo a sua foto na tela e logo um sorriso bobo e espontâneo se abro na minha boca.
— Oi, estranho... — A sua voz me causa reações, parece sexy aos meus ouvidos e um simples cumprimento faz o meu corpo se arrepiar e o pau dar uma leve sacudida, querendo despertar.
— Oi, estranha. Estou com saudade de você, sabia? — declaro ao sentar-me na época ponta da cama.
— Eu também estou e não me conformo de você ter um trabalho que te leve para tão longe — reclama, faz bico com a boca e eu, se estivesse com ela, já teria mordido o seu lábio, observando os seus olhos azuis mudando de cor, depois de ter o desejo despertado.
— Eu sinto muito, moreninha, mas você sabe que as coisas não são tão simples — justifico-me.
Se ela soubesse quão complicada a nossa história realmente é...
Beatriz sabe que eu sou segurança particular e que eu tenho uma empresa aqui no Rio e por isso não seria tão fácil assim me desfazer de tudo tão rapidamente para ir morar em definitivo em Santa Rita. O que não sabe é que o mínimo que revelo não passam de meias verdades, que a minha empresa não é tão pequena quando pensa e que também sou um ex-policial.
— Eu sei e não vou ficar pensando e nem falando disso, sei que esse é o seu trabalho e fico feliz pelos dias em que está ao meu lado e que são muito mais do que os em que não está.
Para a pouca idade, Beatriz é muito madura, compreensiva de um modo que outras não seriam, mas estou certo de que tem muitas atitudes para me agradar. Ela não gosta de me chatear mais e quase chego a sentir que vive com medo de fazer algo errado e que eu acabe a deixando.
Minha namorada não sabe de nada, mas é como se soubesse. Como se sentisse que o nosso amor está cheio de barreiras. Que o mínimo movimento errado pode jogar tudo pelos ares, varrer a nossa história de um modo que só existam cinzas do que foi uma paixão avassaladora.
— Ei, gigante, que cara é essa que está fazendo? Foi algo que eu disse? — diz e embora não esteja me vendo de fato, ela sabe.
— Não! — nego, ao perceber que deixei transparecer os meus pensamentos preocupantes. — Você não faz nada, eu só estou louco de saudade de você.
— Que dia você vem?
— Em dois dias. Chegarei para o aniversário da minha sogra — aviso, lembrando-me de que preciso comprar a minha passagem.
— Venha que a sua mulher está cheia de amor para dar — fala com ênfase no "dar", e joga uma piscadela.
Ficamos por vários minutos conversando, mas acabamos trocando a ligação por chamada de vídeo. Como fazemos todos os dias e em todas as ligações e através de vídeos quando estamos longe um do outro, fizemos sexo por telefone. Falamos sacanagens, mostramos e tocamos partes dos nossos corpos para o outro ver e, no fim, quando com custo tivemos que desligar, tive de tomar outro banho, dessa vez gelado.
Um pouco mais tarde o celular volta a tocar, mas, dessa vez, não tenho a sorte de ser a Beatriz para dizer que está com tesão demais para dormir. Ainda é dez horas da noite, estou me preparando para trabalhar um pouco, mas lá em Santa Rita, cidadezinha provinciana, a minha garota já está tentando dormir com a sua camisola curtinha, simples, mas que me fascina como se fosse uma peça caríssima pelo simples fato de estar acariciando o seu corpo.
— Eita, caralho! — esbravejo quando o insistente toque no celular empata os meus pensamentos eróticos com a minha gostosinha.
— Fala, papai?
— Você não vem? A sua mãe já não sabe mais o que falar para essa gente.
— Perdão? Vem para onde? — indago, com a testa franzida, sem ter a menor noção do que o meu pai está falando.
— Hoje a editora está recebendo os vencedores do concurso Talentos do amanhã, você, apesar de não dá a mínima para a editora, faz parte da família e a sua presença é importante aqui.
— Eu acabei esquecendo...
— É claro que esqueceu, meu filho — fala com ironia, apesar de não estar realmente bravo. Meu pai, apesar de tudo, tenta aceita pelo menos um pouco as minhas escolhas. Ao contrário da minha mãe, que consegue ser mais dura. Ambos são transparentes demais para conseguir esconder a decepção no olhar em algumas ocasiões, mas consigo sobreviver com isso. Tento, pelo menos.
— Já eu chego aí.
— Meu filho, acho bom que você saber que a Lara virá — diz e o meu corpo gela no mesmo instante.
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Quem é Lara meus amados? 🧐🤨Digo mais, se sofremos com Ella e Diego, com Antônio e Beatriz será o dobro 😭
A história deles é complicada...
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Espero que tenham gostado ❤️
Beijos e até mais 😘
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Segure-me em seus braços (DEGUSTAÇÃO)
RomanceO que acontece depois do felizes para sempre? Vivendo na pacata vila das flores, Beatriz sempre foi uma garota espontânea e alegre. Aos 18 anos, gosta de curtir a vida sem se preocupar com o futuro. Tudo muda quando conhece e se envolve com Antônio...