Entre Nós (Em Hiatus)

10.

Ananda Mendes

Hoje era sexta feira, dia em que iríamos para a chácara dos pais de Anne. Sairiamos pela manhã, para aproveitar mais o dia, por isso havia acordado às 7h00.

Anne havia alugado uma van para nos levar até lá, já que o único que dirigia era Vinícius, mas não caberia 9 pessoas em um carro, então uma van era melhor.

Às 8 horas, minha amiga me mandou uma mensagem dizendo que estava chegando. Me despedi dos meus pais, que disseram para que eu me divertivesse e sai de casa, encontrando Vinicius e Guilherme esperando pela Van. Meus pais sabiam que os vizinhos também iriam, mas não se preocuparam. Eles confiavam muito em mim e sabiam que eu não ficaria em torno de pessoas erradas, então ficavam tranquilos.

- Bom dia. - disse tentando soar o mais simpática possível. Estava disposta a tentar conhecer os irmãos e tirar o pré-conceito que eu tinha nessa viagem, porém nos últimos dias, esse tem sido uma das única frases que eu troco com Guilherme, mesmo assim considero uma evolucão. Tenho que dar um passo de cada vez.

- Bom dia, Ananda. - ambos responderam.

Vinícius carregava uma mochila no ombro direito e parecia bem animado para aquela hora da manhã, enquanto o mais novo parecia ainda estar acordando.

Logo avistei a van vindo em nossa direção, o motorista parou na nossa frente e Vinicius abriu a porta, me dando preferência para entrar.

- Bom dia, gente! - Anne disse animada e nós respondemos.

Comprimentei o resto dos meus amigos e me sentei ao lado de André.

- Eita, Anandinha por que não penteou o cabelo? Tá parecendo um ninho. - André me provocou e sorri debochada.

- E o seu parece que não vê água a dias. - revidei e ele me mostrou língua.

- Quanta disposição logo cedo. - Anne murmura, enquanto mexe no celular.

Eu e André tinhamos algumas brincadeiras de vez em quando, mas nada que fosse sério, era só nosso jeito de se amar.

- O André que já está me provocando. - resmungo me defendendo.

- Então, por favor não se provoquem, pois temos longas 2 horas até a chácara e não quero ficar ouvindo as alfinetadas de vocês. - minha amiga pediu e levantei minhas mãos em rendição.

- Por agora, irei te poupar disso, porque estou cansada demais. - digo e me ajeito no banco para encontrar a forma mais confortável pra mim.

- Ótimo. - Anne comemorou.

Deito minha cabeça no ombro de André e não demora muito para que eu durma, podendo enfim recuperar a uma hora de sono perdida por ter acordado cedo em plena sexta feira.

Algum tempo depois, sinto alguém me sacudindo e abro os olhos, vendo que a van estava estacionada e o pessoal estava descendo.

- Acorda ai, dorminhoca. - André brinca. - Babou no meu ombro. - me afasto dele e o olho feio ao constatar sua mentira.

- Devia ter babado mesmo. - digo e ele me olha indignado.

- Mal agradecida!

Desço com minha pequena mala e observo o local.

A casa parecia ser bem aconchegante e a natureza que existia ao seu redor transmitia uma paz muito boa. Ao entrarmos, nos deparamos com uma sala grande que nos dava acesso a cozinha e aos fundos, onde havia uma piscina e mais pra frente, uma quadra de esportes. No segundo andar, haviam 2 banheiros e 3 quartos que nos acomodariam bem.