um começo

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Fica difícil agir normalmente quando tem um Deus grego lhe olhando. Não sei se era coisa da minha cabeça, mas o Senhor Jeon parecia me avaliar, me olha a todo momento acompanhando todos os meus movimentos, isso me incomodava.

Tava dando o máximo para levar a colher a boca sem tremer a mão de nervoso, ele me deixava assim só com um olhar. Pois vendo que não conseguiria comer com total conforto, desisti. Deixei a vasilha com cereal e leite em cima da bancada que dividia a cozinha da sala e fui pegar uma maçã na fruteira que se encontrava ali. Incomodado com o olhar do moreno, vou me sentar no sofá.

Meu pai ainda não chegou e minha mãe tem que sair para trabalhar, estava rezando pro meu pai chegar logo por mais que não me desse bem com ele, eu não ficaria a só com o Senhor Jeon. Ele me dá medo - e tesão.- não seria seguro da parte da minha mãe me deixar com um desconhecido, sei que meu pai o conhece e não colocaria um estranho para me dar aulas, mas sei lá, vai que dá a louça nesse homem - e que homem, meu amigos.

- Jimin.- Ouço a minha mãe me chamar, me levanto e vou até a mesma.

- Sim? - Questiono tentando não olhar para o moço que estava do seu lado.

- Bem, como você sabe eu tenho que trabalhar e o Senhor Jeon precisa falar com seu pai sobre suas aulas. - A vejo arrumar a bolsa em seus ombros com a chave do carro na mão. - Então faça companhia a ele enquanto seu pai não chega, assim você pode conhecer seu novo professor.

Antes que eu pudesse raciocinar e falar qualquer coisa, ela se aproxima e beija a minha testa começando a andar, vou atrás da mesma.

- Mas a senhora não tem que estar lá 8:00 am? - Pergunto numa tentativa frustrada de não ficar sozinho com o moço que agora se encontra sentado no sofa observando meu desespero.

- Já são 7:50 am, jimin. - Responde consultando o relógio.- Seu pai logo chega, agora me deixe ir, beijos. - Me lança um beijo no ar e sai fechando a porta.

Não sei oque fazer, nem como agir e muito menos oque falar. Penso em subir para o meu quarto e ficar lá até meu pai chegar, mas seria falta de educação - o que esse homem me causa é de outro mundo, meu Deus do céu. Cansei de ficar que nem um poste olhando pra porta, como se a qualquer momento minha mãe fosse voltar.

Trato de me sentar no mesmo sofá que Jeon, mas longe dele obviamente. Ele apenas observa meu desconforto com sua presença e não se abala.

- Então, jimin... - começa. - O que o faz querer aprender a lutar?

- Isso não foi escolha minha. - Digo baixo, mas alto o suficiente pra ele ouvir.

- Deixe-me adivinhar - Arquou a sobrancelha e colocou a mão no queixo. - foi ideia do seu pai, certo?

- Certíssimo. - Respondo, lhe dando um sorriso.

- Quantos anos você tem, Jimin? - Ele parecia saborear meu nome.

- Tenho dezessete. - Respondo o encarando e ele faz o mesmo. - E o Senhor?

- Quando é seu aniversário? - Pergunta, ignorando completamente a pergunta que lhe devolvi.

- Em outubro, dia 13 de outubro.

Faltava exatos 3 meses pro meu tao esperado aniversário, não estava tão empolgado para entrar na maior idade, mas estava feliz por finalmente poder ser dono do meu nariz.

нєτєrστrσxisмσ •🥀Onde histórias criam vida. Descubra agora