Capítulo 8 - Sumaúma

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Após alguns minutos correndo olhando para o chão a todo instante percebem uma luz a frente, uma luz amarelada e fraca, no tronco de uma arvore, chegando mais perto o cheiro de enxofre com podridão e mofo invade suas narinas, e todos tampam o nariz dando a volta completa ao redor da gigante arvore. – Não foi por aqui que entrei e nem por aqui que sai... – diz Tommy pensativo – Mas é aqui com certeza. – conclui ele.

– É uma arvore Sumaúma – diz Lorena colocando a cabeça para dentro analisando ao redor, havia uma escadaria descendo feita de terra e raízes tortas – Tem uma escada, vamos descer... – completa ela segurando na mão de Kenzie e descendo com cuidado segurando nas paredes da arvore e colocando um pé por vez.

– É firme, podem descer. – diz Kenzie após dar dois passos dentro do abrigo da arvore.

O caminho é pouco iluminado e precisam tatear com as mãos ao redor para procurar um apoio caso alguém escorregue. A escadaria é um pouco longa e a luminosidade precária atrasa a descida, a cada cerca de 10 degraus há uma abertura ao lado, um tipo de túnel que até mesmo o Tommy sendo o mais pequeno entre eles teria que passar agachado ou se arrastando, nas paredes tem desenhos e escritas mas ninguém consegue compreender, Enzo repara em algumas sombras se movendo dentro dos tuneis mas não consegue garantir se são reais ou obras de sua imaginação. – Vocês estão ouvindo esses farfalhares, parece alguns insetos se esfregando... – pergunta Kenzie procurando a origem dos ruídos.

– Estou ouvindo também, achei que estava louco. – responde Enzo aliviado que não era o único.

– Devem ser baratas, né? – implora Tommy já se coçando.

Ignoram os barulhos e continuam descendo, no final da escada a uma espécie de clareira pequena e passagem para 3 tuneis, em cada um deles há um símbolo em cima da abertura, no primeiro desenho, no túnel do lado esquerdo Kenzie consegue ver asas nitidamente e se afasta com receio de ser aonde algum monstro fica preso já que grande parte deles possuem asas, no túnel do lado direito ela repara que são duas pessoas, o formato é claro, parece um desenho feito a mão com uma tinta vermelha. – É sangue. – diz Lorena como se pudesse ler os pensamentos da amiga – estão de mãos dadas, e aquilo ali é o que? – pergunta apontando para alguns risquinhos na cabeça das pequenas pessoazinhas.

– Parece cabelo. – responde Kenzie. – Comprido... Acho que são duas mulheres. – desviando o olhar para o desenho do túnel do meio Kenzie fica gelada e aponta devagar ignorando totalmente a discussão no fundo sobre o desenho ser de mulheres com cabelos ou carecas. – Gente... – ela mantem o dedo apontado, o desenho no túnel do meio pareceria uma amora se fosse visto por alguém sem o conhecimento que ela tinha, mas Kenzie sabia que aquilo não era uma amora, o desenho era um circulo vermelho, quase vinho, velho com o tempo, mas era nítido ainda sobre o que se tratava, era a pedra que estava ilustrada no pergaminho em seu bolso, a pedra do desejo!




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Maldição de SolstícioWhere stories live. Discover now