Diante de tantos problemas que a vida me impôs,o que eu posso fazer muito?
Seria errado eu dizer que quero acabar com tudo?me chamariam de egoísta pelo simples fato de querer sumir?
Dizem para ter fé e acreditar no melhor
Mas seria o meu melhor você...
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~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~ Ir à universidade sempre foi difícil,mas depois de todo o meu aborrecimento ontem parece que está impossível
Minha cabeça dói,meus pensamentos se embaralhavam um nos outros,estava em completa confusão,meu coração doía só de lembrar a cena da minha mãe chegando toda machucada do trabalho,como se ela fosse um utensílio nas mãos daquele monstro que é o chefe dela
E de tanto pensar nisso,me surge uma curiosidade
Nunca vi a cara do chefe da minha mãe,não sei nem o nome dele,não conheço a família,não sei nada sobre ele,tudo que envolve ele é um mistério,assim como ele,ele é um mistério para mim e isso me deixou cheia de vontade de conhecer a identidade dele,a verdadeira identidade desse monstro.
Passei a manhã toda em completo silêncio,não falei com Kai e muito menos com Irene,Eles respeitaram o meu momento e não insistiram em falar comigo,e eu agradeço mais uma vez à eles por isso,mais uma vez os dois me ajudam mesmo que em silêncio absoluto.
Sempre gostei do silêncio,ele sempre foi o meu companheiro na maior parte do tempo e nele eu sempre me encontrei,sempre tive a oportunidade de me conhecer melhor e me entender com ele,até por que ele era o único que me escutava,sempre.
-Irene-Chamo ela quando já estava prestes a ir embora
Ela suspira aliviada
-Pensei que estava com raiva de mim
Sorrio,a olhando
-Claro que não,só estava pensando,eu preciso muito da sua ajuda-Digo em um tom de voz baixo,já que Kai estava por perto
-O que houve?-Ela me olhava,preocupada
-Preciso descobrir para quem minha mãe trabalha,quero saber a identidade do chefe dela
Irene olha para trás de mim,assustada
Me viro,ficando de cara com o pai dela,que nos olhava com os braços cruzados,sério.
-Já estou indo Pai,estávamos falando da matéria-Irene diz rápido
-Venha logo-Ele entra com Kai no carro,me empurrando com o ombro quando passa por mim
-Irei te ajudar,amanhã fazemos isso-Ela fala no meu ouvido e sorri quando se afasta,entrando no carro logo em seguida
Fico sozinha,parada no portão da universidade
De alguma forma saber que aquele homem estava atrás de mim enquanto eu falava me deixou agoniada,uma sensação estranha que não sei explicar por meio de palavras,apenas sentir
Sentir no completo silêncio no qual eu sempre fiz parte
Silêncio esse que pode ser meu amigo,mas também pode ser uma armadilha,uma armadilha feita por mim mesma
Um gatilho capaz de me enforcar,me enforcar com palavras que nunca foram ditas em voz alta por mim
