ADAPTAÇÃO BRUMILLA
Brunna, ainda criança, foi deixada à própria sorte em um orfanato. Foi naquele lugar triste que criou os valores afetivos e morais que carregou para a vida adulta. Aprendeu a usar de seus dotes físicos para atrair pessoas, dinhei...
- Foi um prazer fazer negócio com vocês! Que naquele apartamento vocês tenham tantas alegrias como eu e minha família tivemos!
A jovem senhora estava feliz com a venda do seu apartamento, tinha conseguido um bom preço por ele e poderia finalmente fechar o negócio com a cobertura com que há muito sonhava.
Brunna cumprimentou-a sorrindo e também muito feliz por finalmente ver um de seus sonhos realizados, um apartamento de frente para o mar!
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Estava casada há pouco mais de 6 meses. E hoje, ali naquele escritório do Oficio de Notas onde havia assinado a escritura do seu imóvel, olhava em triunfo pra Marcos ao seu lado! Só eles sabiam o que ela dizia com o olhar! Luiz estava no escritório de sua empresa de design de produtos, fechando um grande negócio, e ambos tinham combinado de almoçar juntos pra comemorar o presente de Brunna. Mas ela fizera questão de ter Marcos ao seu lado naquele momento, tudo de importante que acontecera na sua vida após os 13 anos, havia sido presenciado por Marcos e ele não poderia estar fora de mais um.
- Tô feliz demais por você, Bruxa! Mas vou ficar triste em não te ter mais comigo no apartamento quando estiver aqui no Rio! - Até parece que vou conseguir ficar longe de você quando estiver na cidade! Sou seu carma eterno, Bicha, esqueceu disso?! Além do mais, Copacabana e Ipanema são do lado, você pode vir a pé aqui pra casa se quiser, ou melhor, vem dormir aqui comigo quando eu estiver sem o Luiz, claro!
Marcos sorria sinceramente feliz pelo sucesso da amiga. Estava pendurado no braço dela, como sempre fazia desde que eram crianças. Adorava tê-la por alguns dias que fosse, sentia falta demais da convivência com ela, que agora se resumia a uma semana a cada dois meses, quando Bru vinha ao Brasil.
Ela viajava pelo mundo acompanhando o marido, tinha todas as coisas materiais que sempre sonhara desde criança, mas ainda não tinha a principal: a autonomia pra fazer o que quisesse! Luiz era um bom vivant nato, não era ciumento nem controlador e deixava a jovem esposa fazer o que quisesse, desde que ela estivesse sempre ao lado dele nas viagens.
Brunna por sua vez adorava aquela vida de puro luxo, satisfazia as vontades do marido na cama e conseguia dele qualquer coisa que apenas imaginasse somente com um olhar mais doce. Contudo, sabia que era questão de tempo estar novamente sozinha e poder voltar a morar no Brasil. Adorava aquela cidade e queria estar perto da sua gente, da sua cultura e principalmente do amigo querido. O mundo era maravilhoso pra se conhecer e ter muitas estórias pra contar depois, mas sua morada era no Rio de janeiro e era para aquele belo apartamento que havia acabado de comprar naquela manhã, que pensava em mudar em no máximo dois anos.
Luiz já ia completar 60 anos, era ainda um homem bonitão, um típão italiano, pele chocolate, era um bronze, de causar inveja a qualquer jovem, com cabelos grisalhos com corte moderno e olhos castanhos desenhados. Mantinha uma excelente forma física para sua idade e tinha dentes perfeitos e bem cuidados, mas Brunna sabia que jamais sentiria por ele algo além do que um carinho por ser um bom homem pra ela. Ele era divertido, gentil e fazia todas as vontades de sua mulher. Só que ela queria mesmo era um bom saldo no banco e dali um tempo voltar ao Brasil em definitivo pra fazer o que quisesse de sua vida. Separar dele era só questão de tempo e de quanto pretendia acumular em sua conta. Estava perdida nesses pensamentos, quando Marcos a fez voltar a real:
