Após uma traição vinda de seu noivo, a grande medica Amélia Stevenson decide que é hora de usar a sutil arte de ligar o foda-se saindo de sua melancolia e tomando decisões que mudaram sua vida para sempre.
Fazia uma semana desde que estávamos aqui, e nesses dias de trabalho pude ver coisas que já mais imaginaria ver na vida, desde atos violentos, terroristas até mortes, já não consigo contar quantas pessoas ajudei e quantas não deu tempo de ajudar. Dentre essa uma semana tentei falar com o Morfeu mas nunca conseguia.
Hoje foi um dia exaustivo e o anoitecer já havia aparecido, bebo um pouco d'água da garrafa, deposito um pequeno beijo na testa de Wendy que se encontra em coma em sua cama e saio.
Ando lentamente pelo lugar sentindo a brisa fresca batendo contra meu rosto, os dias aqui realmente são bem quentes, chego em frente a tenda do Morfeu, respiro fundo e decido entrar, me arrependendo imediatamente de ter feito isso.
- Queria conversar mas cheguei em uma péssima hora - Digo vendo Morfeu sem camisa deitado em sua cama e sua esposa em pé
- Não, você não esta atrapalhando em nada - Morfeu diz se levantando
- Teve um mal entendido entre a gente, mas agora não mais, quero que conheça Judith Eller, minha ex noiva. Terminamos a uns anos atrás por que o sentimento não eram mais o mesmo, pedimos o divorcio e hoje em dia somos divorciados, nosso divorcio foi amigável e hoje em dia, depois de se redescobrir, Judith esta com uma garota do seu pelotão - Ele diz e eu fico ali estática sem conseguir me mexer ou dizer alguma coisa
- Não que o Morfeu tenha sido um péssimo marido ou coisa do tipo, você sabe, ele é bom nas coisas que faz e... - Vejo ela se embolar e Morfeu encara-la
- Ta, ok agora eu vou nessa, foi um prazer te conhecer soldada - Judith diz e sai, vejo Morfeu voltar a deitar na sua cama e continuo parada no mesmo lugar tentando processar todas as informações que foram ditas
- Eu sei, muita informação - Ele diz simples
- Mas você vai ficar ai parada me olhando? Pensei que tinha algo pra dizer - Ele diz simples bebendo sua água
Me aproximo da sua cama me sentando na beirada, o encaro por alguns instantes procurando um jeito de falar e então digo.
- Estou grávida - Digo vejo o mesmo se engasgar
- Como é que é? Que tipo de brincadeira é essa Amelia? - Ele se senta me observando
- Que brincadeira Morfeu? Que brincadeira? Eu fiquei tão surpresa quanto você!! Por que eu estou grávida no meio deste inferno - Digo quase chorando
- Ok, ok, não precisa chorar - Ele diz se aproximando de mim e me abraçando
- Eu estou aqui, eu sei que não era isso que a gente queria agora, neste exato momento, mas vai dar tudo certo! Meu maior medo e meu maior sonho acaba de se realizar... - Ele diz me abraçando mais forte me fazendo se aconchegar mais em seu peito
- Obrigado, obrigado por estar me proporcionando isso - Ele diz
Eu me viro para observa-lo ele sorri e deposita um vasto beijo nos meus lábios, deitamos em sua cama, me viro para o mesmo e acaricio o seu rosto.
- Estou grávida de sete semanas... - Digo o observando e vejo o mesmo sorrir
- Por que não me disse antes? - Perguntou me olhando
- Descobri quando chegamos aqui, e desde então não consigo falar com você - Digo com os olhos cheios de lágrimas
- E agora? O que a gente faz? Você esta grávida no meio de uma guerra, precisamos falar com o nosso superior! - Ele diz acariciando minha cintura
- Eu sei, esta tudo resolvido. Eu irei trabalhar com vocês enquanto a barriga estiver pequena e depois trabalharei aqui, com os feridos que irão chegar - Digo simples
- Eu to tão feliz e preocupado, essa ideia de você estar grávida e no meio disso tudo me aterroriza, se acontecesse alguma coisa com você e com o nosso bebê eu não sei o que eu faria - Ele diz me olhando
- Ei, relaxa, vai ficar tudo bem! Nada de ruim vai acontecer com a gente! - Digo dando um beijo na ponta do seu nariz
- Eu vou ser pai!! - Ele diz parecendo não acreditar
- É soldadinho, você vai ser pai! - Digo sorrindo
Ele me beija e eu retribuo o beijo e percebo que no final eu sempre vou ser rendida por este cara.
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