Após uma traição vinda de seu noivo, a grande medica Amélia Stevenson decide que é hora de usar a sutil arte de ligar o foda-se saindo de sua melancolia e tomando decisões que mudaram sua vida para sempre.
Estava saindo do quartel quando vejo um homem a discutir com um dos guardas, logo em seguida o reconheço como meu ex-noivo.
- Droga - Sussurro para mim mesma
- Ali! Ta vendo? É essa minha noiva! - Ele diz se soltando dos guardas e apontando para mim
- Ex-noiva - Digo firme e caminhando lentamente até ele
- Que merda você ta fazendo aqui? - Pergunto o olhando
- Vim me desculpar por ontem - Ele diz e vejo os guardinha se afastarem nos deixando a sós
- Volta para Nova York Phillipe, eu não quero mais te ver - Digo o encarando
- É aquele soldadinho né? É tudo culpa dele, já se deitou com ele Aimêê? Sua cara de quem quer não engana! - Ele diz cuspindo as palavras na minha cara, olho para o lado sem querer encara-lo com nojo e raiva, respiro fundo para não surtar
- Morfeu não tem nada haver com isso - Digo e vejo Morfeu parado conversando com outro soldado enquanto segurava uma prancheta, ele nos olha e eu viro o rosto pra encarar Phillipe
- Não tente me por como errada nessa história para tirar o peso das suas costas por ter me traído e ser um baita de um babaca por bater em uma mulher - Digo o encarando
- Você é uma vadia mesmo! Não vê que esse merdinha não pode sustentar os seus caprichos como eu sustentava? A porra da traição foi sua culpa também, se parasse em casa ao invés de ficar para cima e para baixo naquele hospital isso não aconteceria! - Ele diz e eu sorrio sarcástica
- Não vá na onda desse soldado de merda ou se não você vai acabar como o seu irmão! - Ele diz e ali foi o suficiente para mim perder a cabeça
Ao piscar já estava em cima de Phillipe proferindo socos e mais socos em sua cara, sinto as lágrimas quentes saírem de meus olhos a cada soco bem dado que eu dava na cara dele. Sinto braços ao redor de minha cintura me puxando para sair de cima de Phillipe logo em seguida escuto para que tirem Phillipe dali, sou carregada até dentro do quartel mais uma vez, me soltam dentro do vestiário e quando me solto vejo que era Morfeu.
- Se eu soubesse que você era forte assim, teria deixado bater nele na primeira vez - Ele diz se aproximando e puxando minha mão para perto para enxergar melhor
- Acho que você já pode parar de chorar, você venceu a luta - Ele diz fazendo graça
- Foda-se, não deveria ter me tirado de la - Digo ríspida
- Se eu não te tirasse, certamente você mataria o cara - Ele diz se levantando e indo até uma prateleira
- Ninguém quer te ver na cadeia ainda mais por causa de um babaca - Ele diz se aproximando com uma caixa de primeiros socorros.
Morfeu se senta em minha frente e puxa minha mão novamente passando um algodão molhado por cima dos machucadinhos que ali se encontrava.
- Ai, ai, ai - Digo gemendo de dor quando o algodão vai de encontro ao ferimento
- Fecha a mão e abre a mão - Ele pede e assim eu faço com um pouco de dificuldade
- Vou fazer um curativo, vai ficar inchado por alguns dias, mais você só precisa passar gelo e pomada - Ele diz pondo uma atadura na minha mão - Já já voltara a fazer cirurgias
- Eu não sou cirurgiã, ainda - Digo simples
- Mais vai ser, e você precisa cuidar das suas mãos, precisaremos dela na guerra - Ele diz terminando o curativo, ele sorri pra mim, se levanta e da um beijo em minha testa saindo do vestiário e me deixando sozinha
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