Tartarugas ninjas: irmãos além do sangue

Experimento 1

Na vida, dias escuros virão e são nesses dias que pensamos que tudo está acabado, mas se pararmos para olhar, sempre a uma luz no fim do túnel.

Sakura on

Estava tudo escuro e não conseguia abrir meus olhos. Me sentia tonta e me perguntava onde eu estava.  Aos poucos fui retomando a consciência e tudo o que eu podia escutar era o barulho de um caminhão. Quando consegui abrir meus olhos por completo, percebi que estava amarrada.

-Mas... o que aconteceu? Porque estou amarrada? --Era a unica coisa que eu conseguia pensar naquele momento.    

De repente, como uma onda gigante, todas as memorias voltaram a minha cabeça e finalmente me toquei no que tinha acontecido. Eu tinha sido sequestrada e o meus sequestradores eram  ninguém menos que as criaturas que mais temi ver novamente em minha vida.

Começei a me lemprar da ultima coisa que o maldito Krang disse. Que eu era apenas uma peça do jogo deles e que meus pais estavam mortos. Aquilo me fez perder completamente o foco, pois eu nunca tinha pensado na possibilidade de meus pais biológicos terem sido mortos. 

No fundo, esperava um dia reencontra-lós e descobrir quem eu era. Tinha esperanças, mas agora, presa dentro de um caminhão com os braços acorrentados, tudo que eu conseguia fazer era chorar. 

Splinter, sempre me ensinou que não devemos deixar nossos sentimentos nos dominarem durante uma luta, porém eu não sou tão forte e me sinto destruída por dentro. Nesses momentos, eu queria meu irmão Leonardo, ele saberia exatamente o que me dizer e me acalmaria, me fazendo ver o lado bom por trás de tudo. Entretanto essa não era a realidade e eu estava completamente sozinha. 

Depois de quase uma hora, o caminhão parou e eu não conseguia ver onde estávamos. Percebi que estávamos entrando em um prédio enorme e nesse momento comecei a escutar o son de gaiolas e gritos de animais. 

Quando me dei por conta a porta do caminhão foi aberta e 3 krangs entraram com armas me abordando. Pensei em tentar escapar, mas no momento que tentei senti um choque elétrico e cai no chão. Percebi que esse choque tinha vindo de uma "coleira" que estava em meu pescoço. 

-Se comporte se quiser continuar viva garota --Ouvi um deles falando enquanto eu estava tentando levantar do chão. 

Mas o que era isso? Estavam me tratando como se eu fosse um animal. Realmente me senti péssima nesse momento, mas mantive a postura para que eles não percebessem meu medo. 

Quando sai do caminhão percebi que estava em um corredor cheio de jaulas e pelo que pude ver eram umas 40 no mínimo. Quando começamos a andar consegui ver o que tinha nas jaulas e não acreditei. Nas jaulas haviam mutantes de todos os tipos, alguns eram mais parecidos com humanos e outros animais completos. Mas o que mais me chocou foi ver que ali também tinha humanos, adultos e crianças. Talvez se eu tivesse sido levada quando era um bebe estaria na mesma situação que as crianças que ali podia ver, acorrentadas em jaulas completamente sozinhas.

Me segurei para não chorar com toda a cena. A única coisa que eu conseguia pensar era pelo que essas crianças estavam passando e nem reparei quando de repente paramos diante de uma porta. Na porta estava escrito "Área de extremo risco" e não entendi o que os eles queriam me levando ali. Quando entramos eu pude ver que também haviam jaulas, mas elas eram bem mais fortificadas e os mutantes ou pessoas que ali se encontravam estavam acorrentados e sem possibilidade alguma de fugirem. Provavelmente ali eles mantinham os mutantes mais perigosos, mas não entendi porque tinham pessoas normais presas como se fossem monstros. 

O krangs me colocaram em uma jaula que estava vazia e me acorrentaram. Quando saíram me fiz mentalmente um monte de perguntas, mas fui tirada dos meus pensamentos quando vi uma porta se abrir e de lá saio 5 krangs segurando um lobo com 1,50 metros de altura. A criatura era gigantesca e extremamente forte. Ela quase conseguiu fugir, mas como tinha a mesma "coleira" que eu, foi eletrocutada e acorrentada na jaula. Ouvi os Krangs a chamarem de experimento 15 e não pude conter a curiosidade.