Não confiar

97 7 1
                                    

Autora

Sakura acordou com o sol batendo em suas vistas, abriu os olhos com dificuldades e piscando várias vezes.

– Que horas deve ser? - questionou sentada na cama, esticou os braços sentindo as juntas estalarem e coçou o nariz. Retirou a coberta da cama e devagar caminhou até a sala procurando Sasuke.

– Cadê ele? - falou indo até a pequena cozinha onde tinha um prato arrumado com comida. Olhou o relógio na parede e marcavam 14:00.

– Misericórdia, como dormi! - exclamou alto ouvindo uma risada vindo da entrada.

– Realmente dormiu bem, mas deve ter descansado.

– Ah sim, e obrigada novamente. - Sasuke fez careta.

– Não precisa agradecer sempre que me ver, o seu almoço deixei no prato, fui na cidade e comprei, aproveitei e fiz compras para você se manter aqui. - disse e ela entendeu o que ele quis dizer.

– Vai embora?

– Só poderei ficar aqui essa semana, na outra volto à escola, mas pode ficar aqui tranquilamente. Ninguém vem aqui. Sobre as compras, tem uma conhecida de confiança que virá todo sábado para trazer algumas coisas e você pode pedir o que quiser. - Sakura sorriu.

– Vou me arrumar e volto para comer. - Sasuke sorriu voltando para fora. Sakura estava curiosa mas resolveu ir se arrumar para depois ver o que faria.

Sasuke arrumava o antigo galinheiro, quando Sakura apareceu sorridente.

– Olha, vou criar galinhas? - indagou ouvindo ele rir novamente.

– Sim, vai ser de grande serventia. Já que não tem muito o que fazer por aqui, aproveitei a manhã e instalei a antena para você ver televisão, e arrumei a lareira, aqui faz muito frio a noite. Minha avó sempre reclamava. - levantou batendo as mãos. - Certo. Prontinho – falou vendo Sakura o olhar.

– E a galinha?

– Bom, ela virá no sábado e alimentada não se preocupe. Mas comprei comida para galinha também, está na cozinha. Almoçou?

– Ah, ainda não. Estava curiosa para saber o que fazia aqui. - disse vendo Sasuke se aproximando.

– Vai almoçar. – puxou seu pulso levando-a para dentro. Se aproximou do prato a entregando.

– Está aqui. - colocou na mesa. Sakura puxou a cadeira sentando. Aquela refeição estava maravilhosa, parecia até que não comia há tempos.

Sasuke apenas observava, sabia que seria difícil deixá-la sozinha, mas tinha que voltar à sua vida. Virou indo até o carro, tirou a arma do porta-luvas indo para dentro da casa. Sentou-se na cadeira em frente a Sakura que parou de comer o olhando.

– Aconteceu alguma coisa? - indagou ao Uchiha que colocou a arma na mesa sob olhares atento da Haruno.

– Para que a arma?

– Para você, eu iria te entregar só quando fosse embora, mas pensei bem e quero que fique com ela, guarde-a para caso precise e eu não estiver aqui, essa região não passa muitas pessoas, mas caso venha alguém estranho te ameaçar, esteja sempre preparada. - Sakura assentiu pegando a arma analisando-a.

– Já atirou?

– Aprendi na cadeia por incrível que pareça, as mulheres lá me ensinaram algumas coisas para defesa. - disse vendo o professor assentir.

– Tenha medo não, eu sei me defender mesmo com essa cara de pamonha. – sorriu voltando a comer.

....

Sai entrou no necrotério sozinho, tinha deixado Ino em um hotel por precaução. Assim que o legista se aproximou, pediu para o mesmo entrar na sala escura. Era pouquíssima a claridade, o lugar era sombrio e frio, aquilo assustaria qualquer pessoa, andou devagar até os corpos posicionados em cima da mesa, assim que o médico tirou as toalhas dos rostos, Sai confirmou as identificações.

– Sinto muito rapaz.

– Tudo bem doutor. -Sai respondeu pegando a prancheta do médico para assinar, quando viu a causa da morte definida.

– Por que envenenamento? - Sai indagou vendo o médico surpreso.

– Ambos faleceram por envenenamento. O policial que passou as informações não te informou? - Sai estava confuso, apenas assentiu e assinou os documentos.

– A funerária irá vir amanhã retirar os corpos. - disse ao legista que assentiu mostrando a saída para o Yamanaka.

– Envenenados... - Sai sussurrou o caminho todo até o veículo.

"Mas como eles morreram? - conversava com o policial que passou as informações.

– Pelo que consta, foi assalto. A casa estava revirada e ambos caídos no chão da sala. Sinto muito pela sua perda, se puder se encaminhar ao necrotério para identificação..."

– Assalto!? Essa história está muito mal contada. – entrou no carro indo para casa dos sogros verificar aquilo com cuidado. - Alguém esta mentindo...

...

Durante aquela tarde, Sakura e Sasuke conversaram muito, se conheceram melhor. A mesma viu que Sasuke era bom de conversa mesmo que mais retraído, abriu a boca em um bocejo sentindo-se cansada.

– Nossa nem são 18:00 horas e estou cansada.

– Normal, aqui não tem muito o que fazer e bate o tédio. Vou aproveitar e corrigir umas provas que trouxe. – Sasuke disse se levantando indo até sua pasta, pegou as provas levando para mesa e começando o trabalho. Sakura levantou indo até o lado de fora olhando o local, sentou no chão vendo a lua redonda no céu. Sua vida passou por minutos em sua mente, tudo que lhe aconteceu até aquele momento, sentiu a lágrima escorrendo por sua face, secando com a mão.

– Tudo vai se resolver muito em breve. – disse para si mesma, olhou para dentro vendo Sasuke concentrado no serviço. - não posso deixar ele pagar pelo que aquele demônio fez. Uma hora preciso resolver essa situação, fugir e fugir só vai desencadear mais problemas e perseguições. - suspirou fundo deitando no gramado e olhando as estrelas.

...

Ino terminava de colocar Inojin para deitar na cama ao seu lado. Pegou o celular ligando para o marido quando ouviu batidas na porta, estranhou pois não estava esperando ninguém. Caminhou até a porta vendo um homem ali parado. Tinha que desconfiar de todos naquele momento, engoliu em seco, andou em silêncio até a cama pegando o filho.

Ouviu novamente batidas e seguiu para porta do outro quarto, como estava na suíte do hotel, havia duas portas. Seguiu para ela abrindo devagar, somente os hóspedes sabiam daquela porta, o que ajudava. Assim que abriu a porta olhou o corredor vendo dois homens armados na porta principal, viu uma passagem para o outro corredor e assim que viu a porta do quarto abrindo na brutalidade, correu para o outro corredor indo direto para o elevador, porém parou imediatamente dando tempo apenas de entrar num quarto aberto, se escondendo ali com o filho. O senhor que ali estava se assustou. Ino se aproximou dele com lagrimas nos olhos.

- Deixe me esconder aqui por algumas horas, por favor, não irei fazer nada. - o homem mesmo estranhando deixou ela ali. Foi até a porta vendo a camareira e acenou fechando a porta em questão. Ino pegou o celular que guardou no sutiã e ligou para Sai.

– Amor.

– Oi Ino, o que houve?

– Eles estão aqui no Hotel, consegui escapar vindo para o quarto de um dos hóspedes. Por favor liga para o hotel e informe.

– Não podemos confiar em ninguém, estou indo para aí agora. - disse saindo da casa dos sogros e entrando no carro, encarou o carro a frente da casa e despistou usando o celular entrando no veículo.

– Deus nos proteja. - disse acelerando.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Apr 23, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Segredo do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora