Kagome
Abro meus olhos lentamente e me sento e ergo pós braços tentando tirar o cansaço, tensão e preguiça do corpo, no último ano eu tenho acordado assim. Mais cansada do que estava no dia anterior, olhei para os lados constatando estar sozinha como sempre.
Me levantei e segui ao banheiro e me olhei no espelho, estava com o cabelo bagunçado, remelas nos olhos, uma verdadeira bagunça. Suspirei e retirei minha roupa e liguei o chuveiro tomando banho. Pouco depois terminava de passar o batom quase nude e me olhava fixamente. A mulher de poucos minutos estava linda, uma camisa social branca, uma camisa jeans justa, uma maquiagem bem simples com poucos produtos e o cabelo preso em um rabo de cavalo.
- eu quero, eu posso, eu consigo. – disse a mim mesma como um mantra, eu precisava me focar, era o último ano de teoria e treinamento na faculdade de Medicina e logo estaria em um hospital como médica. Faltava muito pouco.
Peguei minha bolsa e passei pela cozinha, abri a geladeira vendo apenas garrafas d’água, suspirei, novamente estava indo para a faculdade com fome. Essa era a minha realidade desde que meu único parente vivo me abandonou para viver no luxo em algum lugar do mundo.
Eu havia perdido meus pais quando criança e tudo o que sei é que meu pai morreu em serviço enquanto fazia um voluntariado como médico em um país de guerra e minha mãe havia sofrido um acidente de carro poucos dias depois. Meus avós já haviam falecidos na época então o único parente que eu tinha era Souta, meu irmão mais novo ganancioso.
Ele havia conhecido uma garota legal e não perdeu tempo em engravida-la e se casar com ela, mesmo que a garota tenha insistido para permanecer na cidade e tentar me ajudar com algum emprego temporário, meu irmão se recusou, jogou algumas notas sobre mim, falou coisas horríveis e foi embora.
Desde então não me deixo levar pelas emoções, eu me tornaria alguém digna de respeito. Não deixaria que meu irmão ou qualquer um me menosprezasse.
- Bom dia Higurashi. – assim que coloquei meus pés na faculdade dei de cara com Sesshoumaru Taisho. Meu colega e rival nos estudos, ele vinha de família rica e poderosa e por ter pegado praticamente todas as garotas da faculdade estava querendo me fazer a próxima vítima dele.
- Bom dia Taisho. – disse desanimada.
- para você. – disse me estendendo um embrulho, olhei meio hesitante.
- o que tem aí? Alguma bomba? – perguntei o olhando.
- não, apenas decidi ser bonzinho com você hoje. – respondeu, peguei o embrulho e o abri vendo um sanduíche caprichado, me fazendo sentir ainda mais fome.
- o que pretende Taisho? Vai me dopar para ter o que quer? – perguntei e ele balançou a cabeça começando a andar.
- se não quiser pode jogar fora, nos vemos na aula. – disse e logo sumiu ao adentrar a porta para dentro do prédio.
- como se eu estivesse em condição de desperdiçar comida. – disse baixo, dei duas moradias no sanduíche e sai correndo para não me atrasar. Entrei na minha sala e como de costume tive de me sentar ao lado do Taisho.
Durante a aula ele parecia frio, concentrado e charmosos, nessas horas eu concordava com as garotas em dizer que ele é bonito. Mas quando abre a boca estraga tudo. Após mais uma manhã de aprendizados fomos liberados para o almoço. Peguei o resto do sanduíche que Sesshoumaru me deu r segui para o telhado do prédio, me sentei sozinha e passei a olhar a vista enquanto comia o sanduíche.
- cof, cof, cof. – comecei a tossir ao me engasgar com o f a reli do pão.
- aqui. – assim que vi quem me estendia uma garrafa de suco ergui uma sobrancelha. – quer morrer engasgada mulher? – perguntou irritado, ele parecia diferente. Peguei a garrafas tomei o suco me sentindo aliviada.
- por que está sendo tão atencioso hoje comigo? Normalmente não nos olhamos e quando o fazemos xingamos um são outro e ficamos competindo. Não acredito que a mudança repentina seja só por que me deseja em sua cama. – disse e olhei para a bela vista da cidade.
- apenas cansei de ser um idiota talvez. – disse sorrindo.
- não se cansa de ser algo a qual já se tornou parte de si. – resmunguei.
- tá bom, tá bom. Eu quero fazer uma aposta. – disse firme. O olhei.
- que tipo de aposta? – perguntei sorrindo, já era comum termos o hábito de apostar coisas insignificantes para conseguir algo, então o fato dele querer apostar algo após um mês sem nenhuma aposta era interessante.
Sesshoumaru
- filho como está a faculdade? – perguntou meu pai enquanto tomávamos o café da manhã, minha madrasta apenas observava em silêncio e por sorte o bastardo ainda dormia já que havia sido suspenso por brigar na escola.
- tranquilo pai. Em poucos meses seremos mandados para hospitais fazer a residência. – respondi pegando a xícara de café e bebendo.
- depois que for fazer a residência terá de seguir com o combinado e se casar. – disse sem me olhar.
- pai, não quero casar agora. Depois que for reconhecido como médico eu posso tentar conhecer uma garota mais agora tenho outros planos. – disse e ele suspirou largando o jornal.
- eu só o deixei fazer essa faculdade por que me prometera uma hora ao ir para um hospital, no próximo ano já estar a trabalhando em um, mesmo que como residente. Cumpra a sua palavra ou não se tornará médico por muito tempo. – disse se levantando e saindo.
- querido, sabe que seu pai não irá mudar de ideia. Deveria começar a conhecer garotas legais que possam se tornar sua esposa. – disse minha madrasta Izayoi.
- eu não tenho escolha. Ou me caso até o próximo ano ou digo adeus a todo o esforço que tive até agora. – respondi me levantando, passei na cozinha para pegar o sanduíche que havia pedido e depois de pegar minha mochila segui para a faculdade esperando a Higurashi.
Eu já havia dormido com praticamente todas as garotas dessa instituição, eu tinha a fama de gostoso e como queria aliviar o estresse e elas me queriam era apenas uma troca digamos assim. Mas algo me deixou instigado no começo do mês, quando ouvi algumas colegas mencionarem o fato da Higurashi nunca ter refeições na cantina e as vezes parecer com fome.
Mesmo que parecesse uma garota linda, com roupas bonitas e neutras ela nuca foi de ostentar nada e estava sempre sozinha, eu era a pessoa mais próxima que ela tinha já que nos conhecemos desde o começo e apesar de nossas brigas, gostávamos de apostar. Não importava quem ganhasse o desafio era que importava.
Depois de encontrá-lo e lhe dar o sanduíche tivemos nossa aula e na hora do almoço comprei meu lanche e peguei duas garrafas de suco e segui para o telhado do prédio aonde ela provavelmente estaria.
Quando cheguei pude ver que ela realmente deveria estar com fome já que comia aquele sanduíche com tanta vontade. Quando se engasgou dei a ela o suco e como já esperado ela me questionou a respeito.
- tá bom, tá bom. Quero fazer uma aposta. – disse firme, vi ela sorrir. Era a única coisa que a fazia dar sorrisos sinceros. Além do mais ela nunca apostava dinheiro, sempre pegadinhas e brincadeiras. Ela não parecia se importar com o fato de eu ser rico.
- que tipo de aposta? – perguntou sorrindo, já fazia um tempo que não apostávamos nada.
- lembra da professora de anatomia das terças? – perguntei e ela assentiu. – eu soube que ela tem manipulado alguns resultados de provas. Principalmente de alunos que tem pais bem conhecidos e poderosos. – disse e ela virou o rosto.
- isso significa que ela manipulou alguns de seus resultados também. Não vejo qual seria a garça de apostar. – retrucou ficando seria.
- ela não manipulou os meus já que não havia necessidade. Mas indo direto ao ponto. Aquele que conseguir provar a manipulação de resultados primeiro vence. – disse sorrindo, ela me olhou e pude constatar aquele brilho no olhar dela.
- qual seria o prêmio? – perguntou.
- se você ganhar, vou fazer o que você quiser por dois meses, mas se eu ganhar. Você vai fazer o que eu quiser e me chamar de darling. – disse malicioso, ela me olhou e depois desviou o olhar pensativa.
- aceito. Vamos ver quem vai provar essa manipulação primeiro. – disse me olhando desafiadoramente e estendendo a mão para mim.
- vamos ver quem ganha, estou ansioso para você me chamar de darling. – respondi da mesma forma apertando sua mão.Notas da autora
Essa fic terá apenas 6 capítulos, espero que gostem
Se gostarem não esqueçam de votar e deixar um comentáriosKiseu 😘😘😍😍
VOCÊ ESTÁ LENDO
My Darling
Fanfiction- tá bom, tá bom. Quero fazer uma aposta. - disse firme, vi ela sorrir. Era a única coisa que a fazia dar sorrisos sinceros. Além do mais ela nunca apostava dinheiro, sempre pegadinhas e brincadeiras. Ela não parecia se importar com o fato de eu ser...