Apenas Outra Garota | Reescrevendo |

⚫️30⚫️

"A pessoa caminhou até a cama e se sentou, calmamente puxou o travesseiro a que eu estava agarrada me levando com o mesmo até seu colo, eu fechei os olhos e deixei a pessoas secar minhas lágrimas e acarinhar meus cabelos. Soltei um longo suspiro e sorri minimamente, minha respiração pesada e o bater irregular do meu coração eram os únicos sons ouvidos, até a pessoa quebrar o silêncio.

— Você não está sozinha, Mel. - Isabella!"

~♡~

Sorri minimamente, deixando a mesma ficar comigo. O sono foi chegando aos poucos e as lágrimas haviam secado a muito tempo, apenas continuava na mesma posição, sem querer me mover, até que deixei meus olhos fecharem-se depois de muito arderem e suplicarem para dormir. Dormimos abraçadas, eu com a cabeça apoiada no seu ombro e ela com a cabeça apoiada sobre a minha, aquela ceninha fofa da Elsa e da Anna, lembra?

Foi exatamente assim. Dava para acreditar? Eu e a Bella? EU E A BELLA?

Boa noite!

~♡~

Senti alguém cutucar minha bochecha e rapidamente bati na mão sem querer saber de quem a mesma era. A pessoa volta a insistir e eu bato na mão, porém dessa vez ela me puxa o cabelo.

— Você só pode... - bocejo. — estar querendo morrer! - rosno abrindo os olhos e vejo Bella rindo da minha cara. Reviro os olhos e puxo seus fios loiros fazendo a mesma cair no colchão.
Ela ria e eu revirava os olhos.

— E só para que saiba, nós não somos amigas! - diz por fim e sai do quarto.

Bocejo tapando a boca e limpo a baba que escorria, caminhando para o banheiro para me lavar.
Era simples e elegante, e eu não me via a conseguir habituar-me a este lugar enorme. Era azul marinho e branco, o box era espaçoso com azulejos de pedras revestindo as paredes no seu interior, o espelho com o lavatório era rodeado de luzes, era simplesmente magnífico. E eu aprecio muito uma boa decoração. 
Saio de banheiro para o quarto e o aprecio, paredes brancas, que sinceramente precisam de uma pintura. A mobília era igualmente branca, com cortinas azuis e o teto azulado no mesmo tom, tal como a mobília da cama, era bonito, mas morto, sem... Melissa?

Caminho até minhas malas dando de ombros e, espera aí, onde estão minhas malas?!
Corro até a porta com a toalha enrolada e grito.

— Elizabeth!!! - ela aparece em cinco minutos e ri, eu abano a cabeça dando passagem para a mesma entrar.

— Melissa?

— Beth, as minhas malas? - pergunto e ela ri novamente apontando para outra porta que eu nem sabia que existia. A mesma caminha até lá e eu a sigo, ela abre a porta e entra assim como eu e ali estava o closet, era só que faltava, literalmente!

— Este é o seu closet, Mel, as suas roupas já estão arrumadas, algumas já estavam aqui porque a senhorita Bella, antes da sua chegada, decidiu fazer compras para você, agora até daqui a nada. - diz e sai sem mais nem menos.

Suspiro abrindo as portas do armário e encontrando várias peças de roupa, nada rosa por sinal, e Bella tinham um bom gosto, porém não para mim. Roupa clara, preta e branca, alguns tons de azul e roxo, e por aí vai. Pego as minhas roupas habituais e visto rapidamente, pegando a mochila depois de amarrar o cabelo num coque totalmente a cair e com fios soltos e desço as escadas para encontrar a família feliz tomando o café da manhã.

— Bom dia. - digo sem olhar para ninguém e todos respondem continuando a conversa. Pego uma maçã vermelha na fruteira e vou em direção a porta.

— Melissa, você não vai comer conosco? - Leon pergunta e eu viro para o encarar.

— Não. - dou de ombros e continuo meu caminho.

— Ao menos espere a Isabella para irem juntas. - ele diz e eu continuo meu caminho.

— Eu sei andar e conheço o caminho, obrigada, mas não. - abro a porta e saio da casa respirando o ar puro e sentindo alguns dos raios solares tocando minha pele.

Caminho pelo passeio e encontro Ethan, o motorista, encostando no carro. Ele acena e eu aceno de volta indo até ele e dando um High Five.

— Bom dia, senhorita pequena! - diz e eu dou um soco no seu braço. O passatempo preferido dele era zoar minha altura.

— Não se atreva a me chamar isso de novo. - ameaço e ele ri. O cara era praticamente duas vezes o meu tamanho.

— Ou o quê, senhorita pequena? - ele cutuca minha bochecha e eu bato em sua mão.

— Sai, chato! Até logo. - digo começando a caminhar e ele grita.

— Fazer exercício é bom, assim você não cresce para os lados! - e assim ele gargalha enquanto eu tiro a língua para ele.

O colégio era bem perto desta casa, então uma caminhada não faria mal a ninguém. Atravesso o portão cumprimentando os guardas e desço a rua começando meu caminho para StudyHeart High School. Coloco meus headphones enquanto a música Bellyache - Billie Eilish, tocava e eu decido cantar pelas ruas desta zona. Minha voz ecoava se misturando com a da cantora nos meus ouvidos e eu mexia meu corpo levemente ao som da música. 
Em menos de 10 minutos eu já via a escola de onde estava.

Ouço alguém assoviar mas ignoro continuando o meu caminho, a pessoa insiste novamente e eu reviro os olhos até que do nada para.

Parou uma ova!

Um Mercedes vermelho estaciona ao meu lado e eu continuo a andar até que a pessoa dentro dele decide gritar como se estivesse chamando a cachorra dele. Meu maxilar prende, mas eu olho para sua direção, retirando meus fones que já estavam desligados a um bom tempo.

— O que foi? - pergunto com um sorriso gentil totalmente falso e ele sorri de lado.

— Nada, apenas queria dar uma carona a uma garota bonita assim andando sozinha. - ele diz e e sai do carro se encostando na porta do mesmo. Idiota!

— Sério? Ah, obrigada, você é um fofo. - sorrio e caminho na sua direção.

— É, eu sei. - ele diz e eu controlo a vontade de revirar os olhos. Convencido!

— E como você se chama?

— Justin, e você? - ele pergunta e eu espremo meus dentes uns contra os outros.

— Não me diga que também é Bieber. - digo sarcasticamente e ele me encara.

— Enfim, pode vir. - diz e eu assinto indo até ele que tenta agarrar minha cintura.

— Você achava mesmo que eu iria com você? Que idiota. Ah, e aproveita para fixar meu nome, com todo prazer, eu sou Melissa Stuart. - digo e dou um soco no seu queixo que sobe até bater em seu nariz também, que começa a sangrar. Fraco!

Continuo minha caminhada e em menos de 5 minutos chego aos portões desta escola de gente esnobe e mimada. Aqui são todos filhinhos do papai, meu Deus, é o horror.