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Comente bastante, eu amo ler vossas loucuras, haha♡
Espero que gostem.♡

Antes que eles pudessem dizer mais alguma coisa, me viro ficando de costas para os dois garotos, e vou caminhando rapidamente em direção ao jardim.

— Espera! - a voz de Brandon penetrou meus ouvidos assim que ele tirou os meus fones, de novo. Reviro os olhos irritada e continuo a caminhar sem olhar para trás.

— Becca! - Oliver grita e eu congelo no mesmo lugar. Meu corpo automaticamente reagiu e virou-se para trás. Ali estava ele, com um sorriso sorrateiro nos lábios, enquanto seus braços se encontravam cruzados.
Alguns olhares se dirigiram para nós, enquanto Brandon encarava tudo sem entender.

Bando de fofoqueiros!!

— Agora é que você me ouve, não é, Me-Lis-Sa? - diz ele soletrando meu nome. Meus punhos automaticamente cerram prontos para socar a cara dele. O mesmo entendeu a situação e gargalhou. Ah, eu mato esse garoto.

— Melissa? - Brandon me chama e eu o encaro, regulando a respiração.

— O que foi? - pergunto irritada, e ele pega meus ombros.

— Quem é a Becca, em primeiro lugar? - ele pergunto com as sobrancelhas erguidas e meu corpo fica tenso, mas eu sorrio minimamente quando ele coloca os meus fones de volta no meu pescoço.

— Becca... Ah, a Becca? - pergunto procurando inventar algo e ele assente. - Ninguém, não é ningué...

— Mel! - ele me corta e eu aproveito para mudar de assunto.

— Eu já avisei você para não me cortar quando eu estiver falando. - berro contendo o riso e me viro para seguir o meu caminho, mas Brandon puxa o meu braço bruscamente, meu corpo volta e acaba por bater contra o dele. Okay... Não foi tão mau assim.

— Bran...- sussurro e ele encara meus olhos.

— Me diz o que está acontecendo. - sussurra baixo no meu ouvido me causando arrepios.

Suspiro e fico em silêncio. Eu não podia contar, foi um erro ter contado ao Oliver, e eu não posso remendar o passado,  mas posso proteger meu futuro.
Brandon solta um longo suspiro e larga meus braços em silêncio, porém seus olhos demonstravam mágoa...

Perdão...

— Até...- digo e saio de lá quase correndo e empurrando o círculo de pessoas que se tinha formado a nossa volta. Bela forma de começar o ano.

Desde quando eu sou tão mole? Tão insegura? Tão sentimental?
Essa não sou eu. Melissa Becca Stuart não é esse tipo de garota, e nem será. Eu não sou um ser humano que se apaixona, eu sou a pedra mais dura de partir, o gelo mais frio de se derreter, porém... Eu não sou de ferro, ou sou?

(...)

Caminho lentamente até a sala 3B. O sinal havia tocado, mas a minha preguiça era maior. Chego à sala e ao querer abrir a porta, a mesma abre-se e dou de cara com Oliver.

Bem feito!

Passo por ele e entro na sala. O professor me encara, parando de explicar o que quer que estava explicando.

— E uma das coisas que eu menos suporto são os atrasados, então as regras se aplicam a você também, senhorita...- ele encosta-se na mesa e cruza os braços. Sorrio amarelo pra ele.

— Não é da sua conta. - o restante da sala começa a murmurar algo, rindo. O professor ri, e me encara sério.

— Srta. Não é da sua conta, dirija-se ao seu lugar, eu sou o professor Gosta de respeito.

— E pode continuar gostando. - dou de ombros e vou me sentar na carteira vaga, que era na segunda fila.

— Continuando o que a Srta. Não é da sua conta cortou, eu sou o professor Elvys Moringthon, mas podem chamar-me de Professor Morin.

— Ah, mas não era Sr. Gosta de respeito? - pergunto com deboche e ele me ignora. Reviro os olhos sentindo um sorriso brotar no meu rosto.

— Mais alguma dúvida? - pergunta e todos mantem-se calados. - Então sejam bem-vindos a primeira aula de Matemática. - diz e começa a passar a matéria no quarto.

— Matemática? Só podia. - resmunga alguém a minha atrás e eu me viro, dando de cara com uma garota de cabelos loiros tingidos de azul nas pontas. Seus olhos claros faziam um contraste divertido com a sua maquilhagem negra a volta dos seus olhos, e as suas roupas, também escuras davam vida ao seu corpo claro, porém eu tenho muito mais estilo.

— Interessante. - digo pra mim mesma e coloco os meus fones tocando a música "Bury a Friend - Billie Eilish" com o volume no máximo para conseguir descansar em paz.

(...)

O tempo passa e meu corpo já flutuava numa nuvem de algodão doce preto, porém sinto alguém chacolhar meu corpo, ignoro. A pessoa repete vezes sem conta, que desumano!!! Santa paciência.

— O que foi?! - grito e abro meus olhos dando de cara com o professor não sei das quantas.
A cara dele não era das melhores neste momento.

— Olha como fala, Srta. Stuart. - diz ele e retira meus fones.

Hoje as pessoas decidiram arrancar meus fones pelo dia todo, ou o quê?!

— Não espere um pedido de desculpas. - digo e reviro os olhos bocejando. Me apoio na minha mão e fecho o caderno que tirei agora da mochila preta.

— Muito bem, já que está tão interessada na matéria, nos ajude e explique o que é o Teorema de Pitágoras. - deixou os meus fones por cima da sua secretária e se virou pra me encarar.

— Já que o professor insiste. - sorrio e levanto me apoiando na carteira com as duas mãos. - O teorema de Pitágoras é uma relação matemática entre os comprimentos dos lados de qualquer triângulo rectângulo. - digo e o professor faz uma cara de espanto, enquanto os olhares da sala inteira direcionavam-se para mim. Então resolvo continuar. - Na geometria euclidiana o teorema afirma que: “Em qualquer triângulo retângulo, o quadrado do comprimento da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos comprimentos dos catetos.”

— Que... Perfeito. Muito bem dito, Srta. Stuart. - diz e aplaude sendo acompanhado pelo resto da turma.

(...)

O sinal tocou e todos levantaram-se e saíram da sala, assim como o professor. Continuei sentada até que alguém pegou o meu ombro por trás. Peguei o braço e puxei a pessoa fazendo ela quase cair de cara no chão.

— O que foi agora? - pergunto respirando fundo de olhos fechados.

— Eu é que pergunto isso, Melissa. - a voz grossa e suave de Oliver preenche meus ouvidos e eu resmungo baixo.

— Ah, e o que eu fiz dessa vez? - pergunto sem paciência. - E pelo que eu saiba, quem me chamou de Becca, foi você! - digo irritada.

— E Becca não é o seu nome? - um sorriso brota em seus lábios... E que sorriso.

— Não, Becca é nome da minha avó. - digo irônica e me levanto.

— E quando posso conhecer ela?

— Não pode, ela morreu. - digo com um sorriso irritado e ele puxa meu braço.

— E quando a Melissa irá me bater? - pergunta com o meu corpo quase colado ao dele.

— Será que ela irá te bater? - sorrio de lado e ele se aproxima.

— Será que ela não irá me bater? - pergunta e me puxa pra ele e eu me preparo paro o empurrar.

— Pode começar a se afast...

— O que está acontecendo aqui?

Apenas Outra Garota | Reescrevendo |Onde histórias criam vida. Descubra agora