Action Cat [Frerard]

2.Drugstore Perfume

    Gerard estava vestido em uma camisa rosa com milhares de mini retângulos azuis escuro e uma calça igualmente pink. Seu cabelo estava intacto como no dia anterior e ele usava um pouco de sombra cor de cobre nos olhos.

    Já faz 20 minutos que deu duas da tarde e nada de Frank.

    Gee sentou-se estrategicamente em uma das mesas externas e não pediu absolutamente nada, pois estava esperando seu amigo. Seu pescoço girava o tempo todo, mas não via o doutor sair e voltava a desanimar sua mente, enquanto quebrava palitinhos de dente oferecidos pela casa.

    Uma música ruim começou a tocar. Quarenta minutos de atraso. Sua perna começou a tremer. Quarenta e um minutos de atraso. Era a milésima vez que mexia no cabelo. Quarenta e dois minutos de atraso. Ok, ele ia  embora no 45.

    Quarenta e seis minutos de atraso. Gerard se levantou e andou até onde deixou seu carro estacionado. Uma leve decepção pesou em seu coração, mas não era como se fosse morrer por isso.

—Gerard!_ouviu alguém gritar, fazendo com que interrompesse os próprios passos, virando-se. Era Frank, que parecia ter corrido, pois estava cansado e ofegante.

—Você está bem?_Gee questionou, pousando uma mão no ombro do mais baixo.

—Estou._não estava, pois precisava recuperar o fôlego_Me desculpa. Me desculpa pelo atraso._disse pausadamente por causa da respiração.

—Eu achei que não fosse vir, mas está tudo bem._ele olhou nos olhos desesperados do médico, que logo soltou uma risada, quando encarou o artista_O que tem de engraçado?_questionou, cerrando o maxilar.

—Você está lindo._sorriu e chacoalhou a cabeça_Desculpe estar um caco._sua respiração já estava quase normal, o que fez Gerard retirar sua mão de apoio do ombro do outro.

—Você não está um caco._sorriu.

—Estou, eu sei que sim._enxugou o suor da testa com a costa da mão_Você almoçou?_mudou de assunto.

—Não, eu queria almoçar com você.

—Ainda quer?

—É claro que sim. Mas você ainda tem tempo?

—Sou liberado aos sábados depois do plantão.

—Ah, é mesmo?

—Sim.

—E você sabe se eles entregam comida?_apontou para o restaurante onde estava.

—Sim, quando estou em casa, faço pedido de comida aí, por quê?

—Você quer conhecer os meus cachorros, doutor Iero?_questionou alegremente e recebeu um aceno e um sorriso como resposta.

    O caminho até sua casa foi silencioso e em seu íntimo, Gerard questionava se Frank estava em silêncio porque ele estava indo rápido demais ou se tinha acontecido algo. E bem, ele não havia explicado o motivo do atraso.

    Quando entraram no apartamento do ator, foram recebidos pelos poodles Sam e Fred, enquanto tiravam os sapatos e os deixavam encostados perto da porta. O pets eram muito pacíficos e carinhosos e logo gostaram dos afagos que Frank os ofereceu quando sentou-se no sofá da sala.

—Já fiz nossos pedidos._Gerard gritou da cozinha, relativamente perto e se aproximou_Acho que eles gostaram de você._confessou, se tratando dos animais de estimação. Tinha tirado a camisa e sorriu ao perceber o desvio de olhar que Frank tinha que dar_Eu adoro ficar sem camisa, me sinto em casa, sabe? Se quiser, pode tirar a sua também, eu não vou me importar.