Oi amor

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— Então você pode buscá-la no apartamento dela, terá alguns fotógrafos à paisana lá. — Eu concordei com tudo que ela dizia. — Você pode buscar ela com aquela sua Ferrari F8 que está um tempão parada na sua garagem.

— Meu bebê? Não mesmo! — Neguei, até porque aquele carro era o meu tudo, ele não tinha um arranhão, uma marca de digital se quer. E apenas para buscar a Rafaella em casa não valia a pena.

— Gizelly eu não estou te dando opção. — E só pela sua voz eu sabia que não estava mesmo. — Aquele carro chama atenção em qualquer buraco  que seja. E hoje a noite ele vai chamar atenção porque Gizelly Bicalho vai sair dele quando for abrir a porta para Rafaella Kalimann. — Ivy pontuou decidida. Eu só concordei, por mais que ela estivesse falando de mim. Ela sabia o que era melhor pra mim e para a minha carreira eu só tinha que obedecer.

— E aonde eu levarei a minha princesa essa noite?— Perguntei debochada. Com certeza era algum lance romântico e chato. Não poderia me esquecer de por algumas garrafas de whisky no carro.

— Na boate mais frequentada de todo o Rio de Janeiro. — Ela disse sorrindo pra mim mas logo mudou a expressão. — E você Gizelly Bicalho nem pense em fazer algo de errado nessa boate. Lembre-se que você estará acompanhada de sua, até então, futura namorada. — Era normal sentir tanto medo de alguém só pelo seu olhar. Era isso que Ivy me fazia sentir enquanto pronunciava aquelas palavras dirigidas a mim. Acho que era por isso que eramos tão amigas e por ela ser minha empresária, eu precisava de alguém que me colocasse nos trilhos e ela sabia fazer isso.

— As vezes você me assusta. — Disse séria e ela sorriu como se aquilo realmente a agradasse. — Mas porque uma boate? Não seria melhor uma coisa a dois, já que queremos passar essa impressão de casal?

— Pensando dessa maneira seria sim, mas, aquela boate da muita visibilidade, cheia de gente conhecida e importante. Vai ser bom pra começar especulações sobre vocês duas, vocês só tem que parecer íntimas uma com a outra, mais do que amigas. — Eu assenti ouvindo tudo. — Aqui está o endereço dela, número dela e da Renata. Qualquer que seja a dúvida ligue para mim ou para Renata, e não faça nenhuma besteira Gi.

— Prometo tentar. — Me olhou desconfiada mas assentiu. Me deu um beijo na testa e saiu da minha casa.

Passei a maior parte do dia deitada na minha cama, tentei ligar pro Henrique algumas vezes mas todas deram caixa postal. Grande amigo. Não era como se eu pudesse reclamar, Henrique foi o único que ficou ao meu lado antes do programa e continuou o mesmo depois dele, era realmente um grande amigo. o melhor. Já Ivy era minha amizade que durou dentro e fora da casa do BBB. Eu tinha muita sorte só por tê-la encontrado.

Já era por volta das sete quando comecei a me arrumar. Estava calor naquela noite assim como todas as outras, afinal eu morava no Rio de Janeiro, tem como não estar calor aqui? Tomei um banho demorado apenas por costume, vesti uma calça preta skiny que era por sinal bem apertada, um sutiã preto rendado e uma camisa transparente de mangas longas. Se iríamos tirar bastantes fotos hoje que ao menos eu esteja apresentável. Mas era só mais uma noite em uma boate e nisso eu já dava aula.

(...)

Ainda não acreditava que tinha tirado meu bebê da garagem apenas para aquela ocasião.  Estava na frente do prédio dela e já havia algumas pessoas curiosas que olhavam para o meu carro, como Ivy disse era impossível não chamar atenção com ele. Peguei o meu celular e disquei o número que a minha empresária tinha me dado mais cedo.

— Oi, quem é? — Ouvi a sua voz e parecia cansada mas ainda assim havia um certo tipo de bom humor. — Alô?

— Oi Rafinha. — Disse e a ouvi suspirar do outro lado da linha. —  Eu já estou aqui na frente te esperando. Tem algumas pessoas aqui e acho que os fotografos também. Venha logo. — Senti sua respiração pesada do outro lado da linha, meu Deus será que todo mundo precisava fazer exercícios de respiração para me aturar?

Marketing - GiRafaOnde histórias criam vida. Descubra agora