Prólogo 1

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Pov's Betty Cooper

-Ai mãe, fecha essa cortina! –digo cobrindo o rosto com o meu cobertor.

-Nada disso, vai logo Elizabeth. Hoje é segunda e tu precisa ir pra escola- ela diz puxando o cobertor de mim.

-Que saco!- digo

-É, pois é, você ainda não tem 18 então precisa me obedecer. Quero você lá em baixo em 15 minutos- ela diz fechando a porta.

Eu levantei da cama, arrumei a mesma, fui ao banheiro para trocar de roupa, escovar os dentes e etc. Fui até minha penteadeira, escovei o cabelo, fiz meu rabo de cavalo de sempre e passei uma maquiagem simples, com rímel e gloss, só pra ninguém tomar um susto quando me visse na escola, já que eram 06:20 da manhã.

Eu desci, tomei um café correndo e subi de novo pra pegar a minha mochila, e retocar o gloss que tinha saído. Quando eu desci novamente minha mãe perguntou

-Pegou todos os livros Elizabeth? Eu não vou voltar pra buscar nada, eu preciso estar 7:20 na escola.

Minha mãe trabalha na secretaria da minha escola. Eu sei que ela não gosta muito, porém depois que meu pai foi trabalhar e nunca mais voltou, ela não consegue voltar no jornal da cidade, onde ela amava trabalhar, já que os dois trabalhavam juntos, e mesmo que ela não amasse mais o meu pai, ela ficou triste por ele não ter sido maduro suficiente para conversar com ela sobre isso, então ela conseguiu um emprego na minha escola como secretária. Eu odeio que ela trabalhe lá, pois eu sempre tenho que chegar na escola faltando 40 minutos para minha aula começar, já que ela precisa chegar mais cedo, e como eu ainda não tenho carteira de habilitação, ela me leva para a escola e eu volto com a Verônica, minha melhor amiga.

-Calma mãe, ainda são 6:50,e a escola é aqui do lado- digo abrindo minha mochila- Droga, eu não estou achado meu livro de história- digo preocupada

-Claro que não... Sobe logo pra procurar isso Elizabeth!- minha mãe disse sem paciência.

Eu subi e revirei meu quarto, mas eu não achei. Quando eu olhei para minha escrivaninha e vi uma foto minha e do Jughead eu lembrei. Ontem eu fui visita-lo no hospital e levei meu livro de história para ele me ajudar com a matéria, pois a escola dele está mais avançada que a minha.

-E aí Elizabeth, achou?- disse a minha mãe que parecia estra com muita raiva, pois já eram 07:00 e ela odeia chegar atrasada.

-Mãe, não me mata, mas o meu livro de história ficou no hospital- ela me olhou confusa- Eu fui ver o Jughead ontem certo?- pergunto e ela assente- aí ele estava me ajudando com a matéria e eu acho que meu livro ficou lá.- digo na esperança dela não me matar.

-Entra no carro Elizabeth, a gente passa no hospital, você pega o seu livro e vamos para a escola.

Eu assinto e entramos no carro.

Como moramos em uma cidade pequena, o hospital fica a 7 minutos da minha casa. Durante o caminho, eu fiquei pensando em toda a minha história com Jughead.

A gente se conheceu no hospital. Minha irmã mais velha, Polly, tinha Fibrose Cística assim como ele. Nos conhecemos com 7 anos e viramos melhores amigos. Quando tínhamos 16 (quase dois anos atrás), vimos que tinha passado de amizade, então começamos a namorar. Há quase um ano atrás, minha irmã faleceu. Eu fiquei muito mal. Não queria comer e nem fazer nada. A única pessoa que entrava no meu quarto era o Jughead, que por algum milagre conseguiu permissão das médicas para sair do hospital e passar uma semana comigo. Com o tempo, eu fui superando tudo isso, mas aí 1 mês atrás, veio outra bomba, meu pai simplesmente foi embora. Ele levou algumas roupas e saiu para trabalhar e nunca mais voltou. Eu nunca tive uma relação muito boa com o meu pai, ele sempre me achou dramática e nunca fez questão de saber como eu estava,eu fiquei triste porque acima de tudo ele é o meu pai. Eu queria muito saber porque ele foi embora, se ele não ama mais minha mãe tudo bem, pois ela também não o amava mais e queria o divórcio, mas eu sou filha dele, eu queria saber se fiz alguma coisa de errado. Eu e nunca falei com ninguém sobre me sentir culpada, já que só se passou um mês que ele foi embora, e como ele sempre viajou muito e passava meses fora, acho que eu ainda não acredito que ele não vai mais voltar.

O Jughead é a melhor pessoa do mundo, ele tem seus defeitos como todos, mas ele está sempre disposto a mudar. Por causa da doença dele, ele sempre se diminui e diz que não sabe o motivo de eu estar com ele, que logo logo ele vai morrer e blá blá blá, e essas conversas sempre acabam da mesma forma, eu mando ele calar a boca, falo que amo ele e aí a gente vai assistir qualquer filme. Eu visito ele quase todos os dias, pois ele se sente muito sozinho no hospital. Ele sempre me fala para eu sair mais com os meus amigos e que ele não quer que eu passe a maior parte do meu tempo com ele dentro de um hospital, mas eu gosto fazer isso, eu gosto da companhia dele.

Quando chegamos no hospital, eu desço do carro e vou direto para a área de fibrose cística. Eu passo por algumas crianças e enfermeiras que me conhecem e chego até a sala onde a Barb, a tia e enfermeira do Jughead normalmente fica. Eu expliquei minha situação pra ela e ela me permite a entrada no quarto.

Quando eu chego em frente a porta do quarto dele, eu dou umas batidinhas na porta e escuto alguém reclamar lá de dentro.

-Que foi Barb?-  ele diz com uma voz de sono- Minha aula só começa as 09:00! Nem são 08:00 ainda- ele diz reclamando.

-Não é a Barb- Digo abrindo a porta e entrando no quarto

-Betty?- ele diz confuso- O que você está fazendo aqui?

-Nossa, tá eu vou pra casa!- digo brincando

-Não! Eu só achei estranho você aqui essa hora.- ele diz me puxando pra sentar na cama

-Eu esqueci meu livro de história aqui ontem e eu preciso dele pra aula de hoje.

-Ah, eu guardei dentro do armário, pode pegar- ele diz e eu vou até o armário.

-Achei! – digo e vou até ele

Logo que eu guardo o livro na minha mochila o meu celular começa a tocar.

-Quem é?- ele pergunta

-Minha mãe. Ela está lá embaixo me esperando- eu olho a hora no celular e me assusto-  Meu Deus, já são 07:15. Ela vai me matar! – digo desesperada- Jug, eu tenho que ir, te vejo mais tarde

Ele me puxa pelo braço

-Eu tenho que te contar uma coisa- ele diz com um olhar meio triste

-Pode falar- mas somos interrompidos pelo barulho do meu celular tocando novamente

-Meu amor, eu realmente tenho quer ir, me desculpa. Eu volto aqui depois da aula pra passar o dia com você e aí você me conta tá bom?

-Tudo bem, sem problemas. Mas eu quero um beijo antes de você ir- ele diz com um sorriso

-Idiota- digo dando um beijo rápido nele.

-Eu tenho que ir. Tchau!

-Tchau, boa aula. Te amo!- ele diz mas eu já havia saído do quarto e não deu tempo de responder.

Quando eu chego no carro, minha mãe está com uma cara de quem quer me matar, mas não fala nada. Eu apenas ignoro e pego meu celular. Mando uma mensagem para o Jughead dizendo "Eu também te amo", mas ele não viu já que provavelmente voltou a dormir. Eu fiquei preocupada com essa tal coisa que ele tem que me contar. Ele não parecia muito feliz. Coloco meus fones e vou escutando uma música pelo resto do caminho para tentar deixar de lado essa ansiedade e preocupação, nem que fosse por apenas um segundo.

Chegamos na escola 07:23. Eu guardo o celular na mochila e minha mãe praticamente me expulsa do carro e vai para o estacionamento dos funcionários, certeza que ela está muito brava comigo.

Eu entro na escola e sento num banquinho. Pego meu fone de ouvido, coloco uma música e pego o livro "O sol também é uma estrela" que o Jug me deu semana passada e começo a ler para passar o tempo.

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Olá pessoas que estão lendo isso. Eu sou a administradora da conta betts._dale no instagram e essa é a minha primeira fanfic então eu ainda estou aprendendo. O meu objetivo na história é mostrar a parceria dos dois nos momentos difíceis e que juntos eles conseguem superar qualquer coisa. Eu realmente espero que vocês gostem. O próximo capítulo será com o ponto de vista do Jughead para vocês entenderem um pouco da história dele. Vou tentar postar as terças e quintas. Desculpem qualquer erro.

É isso, vejo vocês na quinta!

Até o fim- Bughead Onde histórias criam vida. Descubra agora