Prólogo 2

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Pov's Jughead Jones

Eu estava no meu décimo sono quando do nada a Betty apareceu no meu quarto para pegar o livro de história dela que havia ficado aqui ontem.

Depois que ela saiu, eu dormi mais um pouco, pois minha aula on-line só começava as 09:00, já que por causa dessa maldita doença, eu sou obrigado a estudar pelo computador com os exercícios e as matérias que os meus professores me passam por e-mail.

Eu acordei 08:30 para dar tempo de comer e para a Barb ver se eu estava com febre e etc como ela faz todos os dias quando eu acordo.

-E aí Jughead, já falou com a Betty?- Barb me perguntou com um tom de cobrança- precisamos fazer isso o mais rápido possível.

-Eu tentei falar com ela hoje, mas ela estava atrasada pra escola. Prometo que falo hoje quando ela chegar-disse em um tom animado e ela deu um sorriso.

Quando a Barb saiu eu comecei a ver o que eu tinha que fazer da escola. Eu tinha matemática, história e inglês. Eu fiz o que tina que fazer e ainda eram 10:30. Como a Betty só sai da aula 12:00, eu sento na minha escrivaninha e começo a fazer uma das minhas coisas preferidas, desenhar. Modéstia parte, eu desenho muito bem, então como daqui a uma semana é o nosso aniversário de 2 anos de namoro e de 1 ano de morte da Polly, eu resolvi fazer um desenho de uma foto que a Betty ama, onde está ela, eu, a Alice, mãe da Betty, a Polly e a Barb.

Enquanto eu desenho eu acabo pensando em tudo que aconteceu para eu chegar aqui. Sempre que eu desenho, acabo pensando na mina mãe, que foi que me ensinou a desenhar. Pelo pouco que eu lembro, minha mãe era uma mulher muito bonita e gentil. Tinha os cabelos pretos e olhos azuis assim como eu. Ela e meu pai se conheceram no último ano do ensino médio, no começo foi tudo perfeito, eles eram felizes. Anos se passaram, eles casaram, compraram um apartamento e estavam morando juntos, mina mãe trabalhando como psicóloga e meu pai com a emprese de cervejas herdada da família. Estava tudo bem, até minha mãe engravidar, de mim. Meu pai ficou feliz e ela também. Eu tive uma infância boa até meus 3 anos, quando eu descobri que tenho Fibrose Cística. Eu vivi até os 5 anos como uma criança normal, eu ia para a escola, brincava e etc, só não tinha amigos, mas eu não sentia muita falta, já que sempre me fui muito tímido. Eu só precisava tomar alguns remédios, mas fora isso eu vivia normalmente como qualquer criança.

Mas chegou uma época que eu comecei a ouvir muitas discussões vindas do quarto dos meus pais todas as noites, até que chegou o dia que minha mãe saiu de casa e me disse:

-Filho, eu já volto. A mamãe só precisa esfriar um pouco a cabeça. Dorme que quando você acordar eu estarei aqui- eu assenti e ela me deu um beijo na testa e saiu do quarto.

Ela nunca mais voltou. No dia seguinte um policial bateu na porta de casa e disse que minha mãe havia sofrido um acidente de carro e tinha morrido na hora. Meu pai me culpava, ele me disse o motivo da discussão da noite anterior, ele disse que eles falavam sobre mim, meu pai queria me colocar em um orfanato, pois por causa da minha doença, eu fazia eles gastarem muito dinheiro por conta do tratamento e já que eu logo morreria, não teria tanta diferença. Logicamente minha mãe foi contra, eles discutiram e isso resultou na morte da mesma.

Depois da morte da minha mãe, meu pai parou de trabalhar e começou a beber. Muitas vezes ele saia para não sei onde e me deixava em casa sem comida. Isso durou por 2 anos. Eu comia biscoitos e coisas aleatórias que tinham no armário ou na geladeira. Durante esses 2 anos, eu não fiz o meu tratamento, o que auxiliou na piora da minha doença atualmente, e nem fui a escola. Mas um dia, uma tia minha que morava na França, a Barb, e era médica especializada em fibrose cística apareceu lá em casa, ela não sabia do ocorrido com a minha mãe, mas eu descobri depois que as duas se falavam por telefone e já tinham combinado que ela viria para Riverdale me ajudar no meu tratamento.

Para variar, meu pai não estava em casa, então eu atendi a porta e contei para ela tudo que eu passei durante os últimos 2 anos. Minha tia conseguiu a minha guarda e eu fui morar com ela no hospital onde ela trabalha e mora, para eu continuar o tratamento. Ela tem cara de brava, mas depois que você a conhece, ela vira um doce de pessoa. Eu a amo muito, ela e a Betty são a minha única família, já que meu pai sumiu há mais de 10 anos atrás.

Por causa dessa maldita doença e do meu digníssimo pai ter me deixado sem o tratamento por 2 anos, eu não posso ir a escola. Minha mãe deixou bastante dinheiro para mim para eu investir em estudos, ou escola ou faculdade, então minha tia me colocou na melhor escola de Riverdale para garantir que eu teria conhecimento suficiente para conseguir fazer a minha tão sonhada faculdade de artes visuais.

Eu conheci a Betty 1 mês depois disso. Ela veio acompanhar a irmã Polly no tratamento de fibrose cística. Viramos melhores amigos, mas obviamente passou de amizade e a gente estava ficando. Mais ou menos 2 anos atrás, eu finalmente tomei coragem e pedi ela em namoro. Um ano depois, a irmã dela faleceu. Sim, exatamente no dia em que eu pedi ela em namoro, só que um ano depois.

Nós somos melhores amigos acima de tudo, nunca escondemos nada um do outro. Ela me ajuda quando eu estou triste por alguma coisa, eu a ajudo quando a mesma tem alguma crise de ansiedade e etc. Eu a amo mais que tudo no mundo e apesar de achar que ela merece coisa melhor do que um garoto "sem família" e uma doença terminal que provavelmente vai mata-lo em breve se um pulmão não chegar logo, eu acho que o sentimento é reciproco.

Quando eu termino de desenhar, fico deitado na cama mexendo no celular esperando dar a hora de eu descer. Quando eram 12:10, recebi uma mensagem da Betty dizendo que ela havia chegado, então eu desci até a entrada do hospital.

Não é só porque ela é minha namorada, mas ela é a mulher mais linda do mundo. Ela estava com a mesma roupa de quando ela veio aqui de manhã, mas agora ela está mais bonita, eu não sei explicar.

-Oooooi? Terra chamando Jughead Jones!!- Ela diz me acordando do meu transe

-Desculpa, é que você está linda- digo e ela cora- Eu namoro a mulher mais linda do mundo.

-Para!- ela odeia ser elogiada

-Tá bom, vem aqui- digo puxando ela para um beijo

Ficamos assim por um tempo até ficarmos sem folego

-Vem, vamos comer. Eu estou morrendo de fome- ela diz segurando a minha mão e indo em direção a lanchonete

Chegamos na lanchonete, pedimos um sanduíche para cada um e começamos a conversar

-E aí, como foi a aula?- eu perguntei

-Insuportável. Eu não aguento mais a escola, a única coisa que salva são a Verônica, a Cheryl e o Kevin - ela diz com um tom dramático e eu dou risada do drama dela

-E você? Como foi o seu dia?

-Nada de mais. Eu dormi um pouco, fiz uns deveres, desenhei e vim te encontrar.

-Tá, mas agora me conta, o que queria me falar hoje mais cedo?

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Voltei!!! Bom, como eu sou muito legal e não quero deixar vocês esperando, eu vou postar outros capítulo hoje para vocês descobrirem logo o que ele quer tanto contar.

Até o fim- Bughead Onde histórias criam vida. Descubra agora