Capítulo 1

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Pov's Betty Cooper

O dia na escola foi um saco como sempre, a única coisa que salva são os meus amigos, a Cheryl, minha prima, Verônica, namorada da Cheryl e minha melhor amiga e o Kevin, meu amigo gay.

Eu só tive aula chata e não consegui me concentrar em nenhuma delas direito já que eu fiquei pensando no que o Jughead tem pra me contar. Eu tenho certeza absoluta que coisa boa não é, porque eu conheço o meu namorado e sei quando ele está triste.

Depois das torturantes horas na escola, a Verônica e a Cheryl me deixaram no hospital, elas sempre me dão carona pra casa, já que minha mãe só sai da escola 17:00.

Eu cheguei no hospital, me despedi das meninas e mandei uma mensagem para o Jughead avisando que eu havia chegado. Uns 3 minutos depois ele apareceu.

Conversamos um pouco, cada um contou como foi o seu dia e aí eu fiz a pergunta que me deixou inquieta durante o dia todo

--Tá, mas agora me conta, o que queria me falar hoje mais cedo?

Pov's Jughead

-Vamos fazer o seguinte, vamos cancelar os pedidos e subir para o meu quarto. Depois a gente pede comida em algum restaurante ou desce aqui de novo, pode ser?- Ela assente.

Nós cancelamos os pedidos, subimos no elevador em silêncio. Quando chegamos no meu quarto, sentamos na minha cama um de frente para o outro. Eu respirei fundo e segurei a mão dela, mas logo percebi que foi uma péssima ideia, pois assim que eu fiz isso, seus olhos encheram de lágrimas

-Betty, eu não quero que você chore, consegue fazer isso? – eu digo e ela confirma com a cabeça- Bom, sabe a minha sonda?- pergunto e ela assente- tem alguns dias que ela está um pouco inflamada. Eu conversei com a Barb e ela disse que eu deveria passar uma pomada e que se não melhorasse dentro de dois dias eu teria que fazer uma cirurgia- digo e ela me olha com um olhar preocupado- Passaram-se dois dias e não melhorou, então eu vou precisar fazer a cirurgia. – quando eu termino eu olho para a Betty e acho que ela não está nem conseguindo enxergar com o tanto de água que tem em seus olhos.

-Meu amor, por favor fala alguma coisa- digo quando ela abaixa a cabeça e começa chorar

-Eu não sei o que falar- ela diz chorando mais ainda- Você corre algum risco nessa cirurgia?- ela me pergunta

-Por conta da história do meu pai e de eu ter ficado dois anos sem o tratamento, minha função pulmonar está pior do que deveria, então sim, eu corro risco fazendo a cirurgia, porém a minha chance de sobreviver é maior se eu fizer a cirurgia- digo e ela me olha triste.

-Betty, desculpa. Eu não queria ter que te fazer passar por isso. Eu sei da sua ansiedade e de como uma notícia dessas acaba com o seu psicológico, mas eu precisava te contar porque eu estou com medo, e a única pessoa para qual eu consigo dizer isso é você- digo chorando também.

-Ei, não fica assim- ela diz pegando a minha mão para tentar me acalmar, já que agora quem chorava compulsivamente era eu- Eu já te disse que estamos juntos nessa. Eu vou rezar a cada segundo que você estiver na sala de cirurgia. Eu não vou sair do seu lado. Vai dar tudo certo, tá bom?- eu assinto e ela me da um beijo cheio de amor.

-Pra quando está marcada?- ela pergunta

-A Barb disse que teria que ser o mais rápido possível, mas eu queria te contar antes- Eu repondi

-Ok- Quando marcar, me avisa para eu conseguir me organizar para vir aqui ficar com você.

-Você não existe sabia?- digo e ela sorri

-Vem cá- ela diz fazendo um gesto para que eu deite no seu colo- Vamos ver um filme?- ela diz e eu faço que sim com a cabeça

A gente começou a assistir "Com amor, Simon", mas eu não havia dormido direito a noite pois eu não sabia como contaria isso para ela, então eu acabei dormindo com ela fazendo carinho na minha cabeça

Até o fim- Bughead Onde histórias criam vida. Descubra agora