Capítulo 8

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Pov's Betty Cooper

-Que foi?- pergunto irritada

Alguém entrou no meu quarto e eu presumi que era a minha mãe. Percebi que estava errada quando o cheiro dessa pessoa dominou meu quarto. Era o perfume do Jughead

-Eu vim ver se ainda tenho uma namorada- ele disse deitado do meu lado me envolvendo em seus braços- Como você está se sentindo?

-Culpada-digo

-Porque?- ele pergunta indignado

-Começando por você estar aqui- digo virando para ele- Jughead você tem uma doença terminal e está aqui se preocupando comigo ao invés de se preocupar consigo mesmo e hoje tem 2 anos que você me pediu em namoro e mais uma vez eu estou aqui deitada na minha cama sem vontade de fazer nada. Eu me sinto culpada por ter ignorado você e os meus amigos durante a semana inteira, me sinto culpada por não conseguir superar a morte da minha irmã e me sinto culpada por ela ter ido em bora.- Digo tudo que tem preso dentro de mim. O Jughead é a única pessoa no mundo que eu tenho certeza que por pior seja a coisa que eu tenha feito, ele sempre vai estar do meu lado. É por isso que eu consigo me abrir com ele, pois eu sei que ele jamais vai me colocar mais para baixo do eu já estou

-Betty, não foi culpa sua. Estava na hora dela e- ele diz mas eu interrompo

-Jughead eu nem me despedi dela. Eu estava em casa dormindo quando ela morreu. Eu deveria estar lá como eu prometi, mas achei que estava tudo bem e aí fui para casa, e então vei o maior arrependimento da minha vida. Ter deixado ela ir sem falar um último eu te amo- falo chorando horrores- É por isso que eu falo "eu te amo" o tempo inteiro para você. Pois eu não sei se vou voltar a te ver. Me destrói por dentro imaginar que eu posso perder a pessoa mais importante da minha vida em uma fração de segundos, sem ao menos eu poder me despedir.

-Betty- ele diz olhando fixamente nos meus olhos- falar "sinto muito" sobre a sua irmã não vai adiantar, mas você não tinha como saber. Como você mesma disse, tudo acontece em uma fração de segundos- ele faz uma pausa para respirar- Eu faço o tratamento, tomo aquela tonelada de remédios, faço várias nebulizações, eu uso até um colete vibratório. E você sabe porque eu faço tudo isso? Por você. Você é o motivo. Eu não posso simplesmente ir e te deixar sozinha. Mas isso é tudo que eu posso fazer. Enquanto pulmões novos não chegam, o tratamento é o máximo que eu posso fazer, então sim, eu te digo eu te amo como se fosse a última vez, eu te beijo como se fosse a última vez, pois não sabemos o que o futuro reserva para nós, porém enquanto nada de ruim acontece, vamos aproveitar. Eu conheci a Polly também. Eu sei que ela não gostaria se soubesse que você está na cama nesse dia.- realmente, ela me diria para parar de besteira e levantar logo- então você vem comigo?

-Vou- digo indo ao seu encontro dando um beijo nele- eu te amo. Obrigada por estar sempre do meu lado

-Eu também te amo minha loirinha. Eu e você contra o mundo até o fim.- ele diz,eu sorrio e levanto da cama

-A senhorita tirou o gesso e não contou?- ele perguntou bem debochado

-Tirei quinta. Passei a semana toda deitada na cama então o meu braço nem se moveu direito. A médica disse que meu pulso está ótimo e que já posso voltar a fazer tudo que fazia antes, pois já que fiquei pouco tempo com o gesso não preciso nem de fisioterapia- digo encarando o armário pensando eu uma roupa para vestir

-Isso é ótimo

-Juggie como tá o clima lá fora?

-Tá quente. Coloca um biquíni por baixo da roupa tá?

-Mas Jughead você...

-Ei ei, calma. Só faz o que eu te pedi por favor, quando chegarmos lá você me diz o que acha

Até o fim- Bughead Onde histórias criam vida. Descubra agora