Capítulo 6

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Raví 🥋

Mano, acho que enfermeira me deu tanto remédio pra não sentir dor, que só lembro de eu me aconchegando no rei, e minha mãe vindo me dar remédio, depois disso não lembro de mais nada.

Fui acordar, já era umas nove horas da noite. Desci pra cozinha cheio de fome e cheio de dor, dei de cara com  minha mãe e Falcão jantando.

Lorena: Filho não era pra você descer, eu ia levar la em cima.- Ela falou já se levantando e vindo segurar na minha cintura, me fazendo sentar na cadeira lá.

Raví: Relaxa mãe, já estou melhorando já. -Falei enquanto ela voltou a comer, e o Falcão se levantou e botou minha comida.

Falcão: Vai querer salada?

Raví: Vou sim. -Ele botou meu prato e depois me entregou.

Raví: Obrigada!

Comecei a comer e tava bom pra crl, minha mãe é foda na comida.

Falcão: Mas fala comigo cara. Quem fez isso contigo?

Nessa hora eu pareu até de comer. Por mais que eu não quisesse falar, eu tinha pois já não aguentava mais, sofrer vários preconceitos no morro e ter que esconder da minha mãe e do Falcão

Raví: Pow pai, foram três caras que as vezes ficam na frente do Jr, e ele junto. -Nessa hora já vi a feição do Falcão mudar, ele já levantou  puto da mesa e foi em direção a sala. (E sim, as vezes chamo o Falcão de pai, apesar de tudo e todas as coisas ele me criou junto com minha mãe. )

Depois de uns dez minutos ele voltou e sentou na cadeira, e sua feição já estava mais tranquila.

Falcão: Raví você sabe o motivo deles te baterem?

Raví: Sei. -Falei já querendo chorar.

Falcão: Então manda.

Raví: Vocês não vão me deixar que nem aquela mulher não né? -Perguntei já cheio de medo, não queria perder as únicas pessoas que me amam nesse mundo, e sem contar que nem dinheiro pra me manter.

Lorena e Falcão: Óbvio que não. - Eles falaram juntos.

Raví: Eu sou gay.- Falei já chorando. E eles começaram a rir do nada.

Lorena: Filho eu sei disso desde quando você tinha uma certa idade, e agia de uma forma diferente de seus colegas. Mas não imaginava que as pessoas te zoavam por esse motivo. - Falou me abraçando e me enchendo e beijos.

Falcão: Porra moleque, por quê tu acha que eu quis te botar no futebol e no judô? Mas ai o tempo passou, você era foda nos esportes, mas continuava com o mesmo jeito. Foi ali que eu percebi que tu era assim e cabou. E você pode ficar relaxado, pq tu nunca mais vai ver a cara daqueles filha da puta. -Falou vindo me abraçar e abraçar minha mãe.

Raví: Eu amo vocês. -Abracei ainda mais forte eles dois.

Lorena: Falando nisso, o rei é bonito né filho?- Perguntou com um risinho no rosto.

Falcão: A Não. Ter que aguentar vocês dois falando de homem não vai rolar não. Mas ele é uma boa pessoa, estava preocupado com tu lá no posto. -Corei na hora que ele falou.

Raví: Gente pelo amor de Deus, pelo que eu saiba ele não é gay.

Eles concordaram. E subimos para o quarto. Quando estava entrando no meu quarto minha mãe parou e falou.

Lorena: Filho no domingo o Rei vem almoçar com a gente. -Falou dando sorrisinho.

Raví: Tá bom mãe. - falei como se não fosse nada, mas por dentro estava como. O coração aceleradão.

O resto da semana passou devagar. Acabei ficando em casa e não indo pra escola nem pro judô.

Estava sentado na sala sem fazer porra nenhuma, no maior tédio, quando meu pai veio na minha direção e sentou do meu lado.

Falcão: Pow cara to cheio de preguiça de ir lá no rei buscar umas parada. E como ele está com as crianças na casa dele, não da pra ele vim aqui e eu não posso confiar isso em qualquer pessoa. Vai lá pra mim, por favor.- Como assim ele tem filho gencheee?

Raví: Como assim ele tem filhos?

Falcão: Mané filhos, é umas crianças ai que ele ajuda. Ai todo sábado eles vão pra lá, para curtir a piscina e os crlhs lá.  Às vezes ele aluga brinquedo e tudo pras crianças.

Raví: Ata, é legal ele fazer isso. Me empresta sua moto? - Ele já fez maior carão.

Falcão: Pega mlk pega, mas cadê a sua. Se quando você voltar estiver com um arranhão eu vendo a sua pra consertar a minha.

Raví: Coroa tu é muito mão de vaca. Tu tem dinheiro pra cacete, que isso. Cadê minha mãe? -Falei já pegando a chave da moto dele

Falcão: Coroa é teu rabo. Sua mãe foi no shopping com aquela peste que você chama de irmã. -Ele fica louco com a Maia, por que ela perdeu os pais cedo e vive com a avó. Como ela fica muito tempo aqui em casa, eles tem uma conexão meio louca.

Raví: Fui.- falei já indo pra garagem.

Montei na moto, maior motão caralho kkkkkkk, gosto muito.

Fui subindo o morro, cortando pelos becos. Parei em frente a casa dele e o portão estava aberto. Maior casarão, na piscina tinha alguns adolescentes e na grama muitas crianças correndo segurando umas nerfs. E no meio delas o rei estava.

Fui entrando, e o rei veio na minha direção fazendo com que as crianças viessem também me jogando água. Fiquei todo molhado, pqp.

Rei: Fala tu cara. Faz o que por aqui? Já está melhor?
E foi mal pelas crianças terem te molhado.- falou e depois foi perto das crianças falando pra elas irem brincarum pouco mais afastados.

Raví: Falcão pediu pra eu pegar algum bagulho aqui pra ele.- Falei tirando minha blusa pra secar o resto do meu corpo que estava encharcado.

Rei: Tlgd o que é. Vamos lá comigo, vem.

Fui seguindo ele, e o quintal realmente estava cheio de crianças. Mas teve um menino com uma roupa toda rosa e tinha o cabelo grande lindo e uma franja que tampava os olhos dele.

Me separei do Rei e fui na direção dele. E abaixei pertinho dele.

Ravi: Oi garotinho. Tudo bem?

Fui todo fofinho falar com ele, e ele só balançou a cabeça. O Rei se aproximou e falou no meu ouvido

Rei: Ela não gosta quando chamam ela de garoto, ela gosta quando chamam de garota. E ela não fala também.

Confesso que fiquei um pouco confuso , mas enfim. Só agachei, beijei a testa dela, e fui na direção do rei..




O FILHO DO DONO DO MORRO.Onde histórias criam vida. Descubra agora