Capítulo 7

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Recado:
Ooi pessoas. É a minha primeira vez escrevendo, então não tem como eu ser ótima de primeira. Eu queria falar que estou feliz pelas visualizações e  por algumas estrelas, e queria dizer que críticas são sempre bem vindas, desde que  críticas construtivas. Espero que estejam gostando. Divulguem se puderem.

Rei

Sábado ja acordei cedo, fui em um quarto onde deixo os brinquedos das crianças e levei tudo pra grama.

As crianças foram chegando e junto com elas umas meninas que são pagas pra ficar de olho nas crianças. Eles não são de nenhuma ong, alguns são moradores carentes e outros aparecem as vezes. Apesar de eu ajudar bastante a associação de moradores, ainda existem famílias  em situações precárias aqui. E eu me esforço o máximo para tentar ajudar eles.

O Raví apareceu no portão, mas as crianças que estavam brincando comigo molhou ele todo.
Falei com ele, até ele me lembrar que tinha que pegar a parada do Falcão.  Chamei ele pra entrar comigo.

Ia dar uma roupa pra ele trocar, e também ia pegar a parada pro Falcão.
Ele veio atrás, só que ele parou para falar com o Caio. O Caio é um menino, que quer ser menina e por esse motivo vive com roupas de meninas, deixou até mesmo o cabelo crescer "para ficar igual as meninas que ele conhece".

Ela vem sempre aqui. O pai dela é um vapor, e a mãe é uma prostituta da vida, e ela caga pra menina. Eles já tentaram diversas vezes botar roupa de menino, cortar o cabelo dele, que até então está meio picotado por esse motivo. Sempre que ela consegue fugir ela vem no sábado, e nos dias da semana ela geralmente fica perto da boca, os meninos já conhecem e logo me chamam, porque todo mundo sabe que ela vive aqui em casa.

Caio não é de falar muito, ela quase nunca fala, vive quieta no canto dela. Por esse motivo ela nem respondeu o Raví.

Chamei ele pra subir, e acabamos parando no meu quarto.

Rei: Não repara a bagunça. -Falei com maior vergonha, afinal meu quarto estava todo bagunçado.

Raví: Que isso, o meu é parecido. - Falou rindo.

Peguei o bagulho do Falcão, entreguei pra ele.

Rei: Tu quer trocar de roupa? As crianças te molharam né?!

Raví: Pow véi se tu me emprestar, vou querer sim. -falou enquanto ainda tentava se secar, e depois que eu percebi que ele estava sem blusa.

A barriga dele é a coisa mais fofa, e eu to parecendo um idiota falando isso. Fui no meu armário e peguei uma peça de roupa pra ele, que logo pegou e entrou no banheiro.

Alguns minutos depois, ele saiu do banheiro agradecendo pela roupa.
Descemos, e fomos pra área.

Quando chegamos lá fora Caio agarrou na perna do Raví e não queria soltar por nada. Raví abaixou e sussurrou algo no ouvido dele, e isso fez com que ele soltasse e desse a mão pro mais velho.

Raví: Será que você deixa ela dar uma ida lá em casa rápido? Já trago ela pra cá. - Completou.

Rei: Pow mano até pode. Mas tem que ser rápido, pq Caio ainda não almoçou.

Raví: É rápido, se ela quiser pode almoçar la em casa e eu trago de volta mais tarde.

Rei: Ta bom então. Caio você quer ir mesmo? - Perguntei, e ela só balançou a cabeça confirmando.

Raví: Então vamos né, Caio? -Ele chegou mais perto deu um beijo no meu rosto e foi em direção a moto - Botei a mão aonde ele beijou, e eu estava parecendo um adolescente idiota.

Não posso me esquecer que ele tem dezesseis anos. E que ele é muito gato por sinal, mas por um lado é filho do Falcão e eu que não vou me meter ali.
Melhor continuar com meus rolos, que não importa.

Voltei minha atenção quando as tiazinhas disseram que era melhor todo mundo almoçar logo, pois estava ficando tarde. Só concordei e chamei as crianças para comer.

Fui no quartinho e peguei umas mesas e umas cadeiras com a ajuda de alguns maiores lá, botei tudo la fora.

Todo mundo sentou, botou a comida e fomos agradecer.

Rei: Pai obrigado pelas companhias, por nossa comida e que nunca nos falte a comida de cada dia. Obrigado por nos permitir estar vivo mais um dia. Assim seja sempre.

Todos: Assim seja.

Eu não ensino nenhuma religião para eles, apesar de ir nas giras da umbanda e nos xirês do candomblé, creio que religião seja uma coisa individual.

Comemos, rimos, bebemos, zoamos. Fizemos tudo que eu amo com essas crianças. No final foi todo mundo trocando de roupa e indo pegar o lanche, pois infelizmente hoje eu tinha plantão e não podia deixar de ir naquela porra.

Depois que todas as crianças foram embora, que me toquei que o Raví não tinha trago o Caio. Tive que ligar.

Chamando..

Rei: Lorena?

Lorena: Fala rei.

Rei: Tem como falar pro Raví deixar Caio lá na casa dele, é na rua 8.

Lorena: Tá bom rei. Ela vai só tomar café e já mando o Raví levar ela em casa.

Rei: Valeu Lorena.

Lorena: Não esquece do almoço amanhã ein.

Rei: Tem nem como esquecer véi. Tchau.

Lorena: Até amanhã, bjs.

Desligando.

Caralho véi, quase esqueci da Caio. Pqp. Espero que não dê nenhum rolo né. Segui pro meu plantão até feliz, porque amanhã vou comer pra cacete, e vou ver alguém.

Seria bom saber o que vocês estão achando. E se querem dar alguma sugestão. E não esqueçam de dar estrelinha. Thank you❤

O FILHO DO DONO DO MORRO.Onde histórias criam vida. Descubra agora