Capítulo 5

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Kyungsoo arrastou o dedo indicador lentamente através da mandíbula de Jongin. O rosto do jovem estava relaxado e ainda mais infantil enquanto dormia. Suas bochechas incharam um pouco, seus lábios formando a menor sugestão de beicinho.

Kyungsoo sabia que era impossivelmente extravagante, mas ele não pôde deixar de pensar que Jongin parecia um anjo. Um anjo adormecido. Ele se inclinou perto do pescoço e inspirou profundamente. O cheiro que fazia cócegas em suas narinas era intoxicante — uma mistura do sabão de limão, o xampu de menta de Kyungsoo e outro perfume que era ligeiramente diferente do dele — e sutilmente Jongin.

Quando eles se beijaram pela primeira vez sob o brilho combinado de luzes coloridas e do luar, Jongin cheirava a menta e algo mais. Kyungsoo não tinha sido capaz de descobrir o que era, mas ele adorava a maneira como isso enchia seus sentidos. Traços de baunilha com uma sobreposição de gamjatang também, ele lembrou.

Quando Jongin apareceu pela primeira vez na sua porta na noite anterior, ele sentiu o mesmo cheiro de baunilha e menta entrelaçado com churrasco, chuva... e... desespero. Kyungsoo esperava que eles finalmente conversassem sobre o que o havia perturbado tanto, mas Jongin seria o responsável por iniciar esse assunto, não ele. Nunca tinha sido sua natureza pressionar.

Sacudindo os pensamentos pesados, Kyungsoo voltou a contemplar o homem adormecido ao lado dele. Seu dedo continuou a deslizar de leve pelo rosto de Jongin e ele não resistiu a traçar o contorno dos lábios carnudos e escuros do homem adormecido. Foi depois que ele tocou a boca de Jongin que este começou a se mexer. Ele esticou os braços para cima e bocejou vagarosamente, esfregando os olhos sonolentos.

"Bom dia, hyung." Jongin passou um braço pela cintura de Kyungsoo e esfregou o rosto nos cabelos de Kyungsoo. "Você está acordado faz muito tempo?"

"Bom dia. Acordei há uns dez minutos." Kyungsoo sorriu ao sentir a respiração de Jongin em sua nuca e começou a rir enquanto Jongin deixava beijos suaves em seu comprimento pálido. "Pare! Isso faz cócegas!"

"Mas você disse que eu poderia fazer cócegas a qualquer momento!" Jongin apontou razoavelmente.

"Mas você vai ter que pagar uma taxa." Kyungsoo ameaçou, passando os dedos cuidadosamente pelos cabelos sedosos de Jongin, que haviam perdido a ondulação no chuveiro.

"Qualquer coisa, hyung." O sorriso preguiçoso de Jongin fez todo tipo de coisa no interior de Kyungsoo. "Apenas me diga quanto e eu pagarei." E antes que Kyungsoo pudesse responder, Jongin soprou seu pescoço, provocando um novo conjunto de risadas angustiadas.

"Ei, isso é trapaça! Você roubou um brinde." Kyungsoo ainda estava todo arrepiado com as deliciosas sensações. "Vou cobrar por esse último." Ele cutucou Jongin na cintura com uma raiva de mentira, apenas para que o outro homem se esquivasse de seu toque provocador.

"Kim Jongin! Você também tem cócegas?!" Kyungsoo perguntou maliciosamente e descobriu, para seu deleite, que enquanto Jongin não era tão sensível região do pescoço, seu torso era extremamente sensível. "Isso resolve tudo então. A taxa de entrada é uma por uma."

"Não, hyung, nãooooo..." Jongin gemeu e caiu em gargalhadas quando Kyungsoo começou a fazer cócegas em sua cintura. Eles acabaram terminando de conchinha, com Kai abraçando Kyungsoo por trás.

"Eu não fui até o fim, né?" Kai perguntou, um pouco envergonhado.

"Não. Você adormeceu em algum momento durante O Império Contra-ataca. Não sei exatamente quando. Só sei que quando perguntei o que você achava que teria acontecido se Luke tivesse ficado com Yoda para terminar seu treinamento Jedi, não houve resposta."

In Bloom [TRADUÇÃO PT-BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora