Um "Diabo" de Namorado | Jikook | +18 REPOSTANDO CORRIGIDA E + COMPLETA

Capítulo 2: Sal por cima do ombro

HELLU

Boa leitura e um aviso:

NÃO esperem que o Jimin vai ser esses capetinhas genéricos bonzinhos, nem o relacionamento dos sonhos, ele é um DEMÔNIO e vai agir como tal, e JK também não bate nada bem da cabeça

Lembrem-se que é uma história para HALLOWEEN e não um modelo do namoro perfeito (para isso temos dppa, Ele é demais, NÓS, UEUM...)

#NamoradoEncapetado

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Quando você derrama sal em algum lugar, é bom que jogue um pouco por cima do ombro esquerdo, porque sal derramado é a presença de um anjo do mal perto de você, então você o ataca pelos olhos. Bom, naquele dia, nada disso aconteceu, mas a visita do mal era certeira.

Meu rosto estava gelado.

Completamente gelado, e eu não tinha acordado ainda, mas conseguia sentir isso. Enquanto meu cérebro despertava aos poucos, e eu evitava abrir os olhos por conta da certeza de que meu quarto estaria claro demais, fui relembrando como estava exausto, e provavelmente por isso acabei dormindo.

Ficar chorando tanto pelos fracassos da vida realmente nos deixa cansados, mas fracassar tanto é o que realmente cansa.

Espere... Eu estava deitado no chão?

Abri um de meus olhos para sanar essa dúvida, de fato encontrando meu piso de madeira. Que maravilha, devo ter respirado tanta poeira, mais tarde vou pagar o preço por isso, eu sei que minha rinite vai atacar.

— Você está dormindo ou fingindo?

Suspirei, fechando os olhos novamente, cansado demais para lutar mais um dia. — Dormindo. — respondi, num murmúrio, tentando voltar a cochilar, mesmo que estivesse no chão.

E eu permaneci em paz, por dois ou três segundos. Até meu cérebro ligar, e dizer que Hoseok hyung não tinha aquela voz. Abri os olhos, encarando o que conseguia alcançar com eles.

Pés... Cobertos por botas com salto.

Eu realmente pensava que era dia, mas meu quarto nunca pareceu tão escuro antes. Apertei meus olhos com força, tentando enxergar na iluminação que parecia ser das seis da tarde, não das dez da manhã.

E se você se lembra do que fiz na noite passada, sabe exatamente o que causou o escândalo que eu armei naquele momento.

— Ah! Socorro! Ahhh!

Ele devia ter a minha altura, e na penumbra eu enxergava suas formas, mesmo que estivesse ocupado tendo um ataque de pavor.

Os chifres despontavam na cabeça, os olhos tinham uma cor sinistra, e tentáculos saíam dele. Tentáculos.

— Eu estou morto, estou morto, estou morto... — eu repetia, tentando arranjar um obstáculo para colocar entre nós.

Quero dizer, o diabo é só um cara injustiçado, mas isso não muda o fato de que eu não estava preparado para conhecê-lo.

— Jeon Jungkook, esse é você? — perguntou entediado, cruzando o que deviam ser seus braços, era difícil dizer porque ele vestia preto de alto a baixo, parecia usar luvas, uma roupa de manga e gola cumpridas, contrastando com a pele mais clara que o normal.

A voz parecia ter ecos, e me fez recuar ainda mais.

— Não! Não sou eu, Jungkook é um nome comum, é de um conhecido meu! — gritei, balançando as mãos.