Eterno Clichê

Por Lucy-15°Capítulo

Sexta feira\0/
Portanto.Dia de capítulo \0/
   Espero que gostem,e que façam uma super mandinga pra acabar com essa mãe da Lucy.
   Bjs amores e até domingo com capítulo narrado por......tcharam:Peter.

PS:Noah mandou um beijo.

____________________ -Não,não pode ser.Ela me disse que abortou a criança Lucy! Ela não pode ter feito isso comigo!

   Peter anda de um lado para o outro,socando as paredes em momentos paralelos.Nunca o vi tão furioso.Ele é sempre tão calmo e passível que pensei que a raiva nem fizesse parte de seu ser.Me envolvo ainda mais no sofá,as lágrimas descobrem por minha pele como lava quente.

    Não sei o que dizer.não sei o que pensar.

   O que fazer quando se reencontra seu possível pai quando tudo em que você acreditava era que ele não existisse ?

  Eu sei,deveria correr,abraça-lo,sei lá.O fato é que não consigo fazer nada além de chorar.

   Ela mentiu pra mim.Ela me disse que ele a havia abandonado gravida.

   Oh meus Deus,eu sou filha de um demônio!É muita maldade em um só coração!

   Peter senta a minha frente no sofá com os olhos vermelhos e o rosto impassível.

     -Ela não podia ter feito isso Lucy.

  Ele começa a chorar deliberadamente e minha reação é puxa-lo para meus braços.

     -Nós não temos certeza Peter.Tenha calma.

   Tento buscar em mim alguma sensatez.elas foi de muitos homens,pode ter engravidado de qualquer outro.

   -Não Lucy,não.Você nasceu na data exata em que o nosso filho deveria nascer.Ela estava com um mês de gravidez,e você não nasceu prematura nem nada.Ela não podia ter escondido você de mim filha.

     Meu peito se aperta de tal forma que sinto um dor imensurável me tomar.Engulo meu choro,e tento parecer uma garota forte.

   -Ei,caramba Peter,cadê o homem que vive filosofando pra mim e me dizendo o quanto a vida é maravilhosa apesar dos pesares ?

    Passo a mão por seu rosto recolhendo a cascata de lágrimas.ele me parece uma criança indefesa depois de apanhar por ter aprontado alguma.

   -Muito tempo se passou,mas não se passou todo o tempo.Estamos aqui,juntos,é o que importa.Não importa o tempo que passamos separados,o que importa é fazer valer o tempo que teremos juntos.

   Ele olhou para mim,um pouco de ânimo o atingiu mas a raiva ainda estava sobre seu domínio.

    -Sabe,acabo de perceber que,o DNA pode ser o mesmo,mas a essência é completamente diferente.Acho que a ciência deveria levar isso em consideração  quando fazem testes de paternidade!

   Disse ele com sorriso brincando nos lábios.Ele se mexeu em meus braços,se sentou no chão e sua cabeça ficou na altura de minha barriga.

   -Ei bebê,você tem vivido tantas emoções que já vai sair daí de dentro diplomado em lições de vida!

   Dou um largo sorriso tentando entender como a vida consegue ser surpreendentemente surpreendente.

    É engraçado o modo como as coisas acontecem,é difícil entender,mas se a cada dificuldade você se torna mais forte,porque alimentar a esperança de que as próximas lutas seram mais fáceis?Tudo vai ficando mais difícil,mas também muito mais valioso.

   Todas as minhas dores e tristezas,sei lá,as dificuldades,me fizeram chegar até aqui,e talvez,se o que aconteceu não tivesse acontecido,caramba,eu não teria conhecido meu pai.

   Esses dias Peter me disse algo que faz todo sentido,as vezes focamos tanto na dor,que esquecemos da felicidade que está sujeita a vir através dela.

     -Eu não poderia ter um pai melhor nesse mundo.Digo me aguentando ao chão e entregando a ele um abraço.

  -E bem...você é a melhor e mais cumelona filha desse mundo.

  Disse rindo enquanto apertava meu nariz entre os dedos.

    -Temos que fazer um exame,assim,só pra confirmar.

   -Eu tenho certeza Lucy,não preciso de exa_a campainha toca interrompendo ele a terminar a frase.

     -Deixa que vou ver quem é!

   Digo me levantando.São nove horas da noite.Quem viria aqui a e...

-MÃE! !!!

    Ela me olha confusa da mesma forma como eu a olho.

   Como ela me achou aqui?

   -O que faz aqui Lucy?

   -A pergunta certa é: O que você faz aqui Marcela?

    A voz de Peter surge.autoritária,petrificada e exalando ódio.

  -Ora,ora,vejo que os dois já foram apresentados.

  Diz ela,no seu melhor tom "vocês são ridículos "

  -Não graças a você.

   Digo fazendo menção de fechar a porta mas ela se põe dentro de casa.

   -Saia daqui Marcela.Você não é bem vinda !

  -Isso são jeitos de receber a sua mãe que te criou com tanto amor e carinho Lucy.Cadê a educação que eu lhe dei ?

   Arfo...ela está querendo me irritar.Só pode.

   -Oh,que lindo.Vejo que teremos um pestin...digo...netinho na familia.

    -Eu acho melhor você prestar atenção no modo como fala.E você não terá um neto na família porque não faz parte de nenhum

  

     Peter repita com dificuldade enquanto vejo em vão ele tentar controlar a sua raiva.Me afasto em reflexo quando vejo ele dar passos largos até minha mãe e sacudi-lá exigindo uma explicação.As lágrimas queimam em meus olhos novamente.Porque ela tinha de aparecer.Porque ?