Prólogo

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Um gostinho para os ansiosos, e de quebra uma explosão de fofura do nosso casal favorito
Aproveitem sem moderação
❤️❤️❤️


Chegamos na frente da porteira, William já desceu pra abrir, logo voltando pra casa. Não deu dois tempos e já escutei os latidos dos cães de guarda do sítio, cercando o carro enquanto entrávamos no terreno. A pergunta é como esses bichos sobreviveram sem ninguém pra cuidar

William desligou o carro e desceu, sendo recebido com extrema animação pelos cachorros, que não paravam de latir e pular em cima dele

- Meu amor, vem!

Fiquei tão apreensivo que nem notei que não havia saído do carro

- Nem pensar, William, você sabe que eu morro de medo de cachorro

- Para de show, eles são bonzinhos

- Bonzinhos pra você que eles conhecem, comigo é outra história

- Vem logo - disse dando a volta no carro, parando do meu lado e abrindo a porta pra mim -

Assim que desci do carro, os cachorros agiram de maneira muito menos animada, latindo em um tom mais ameaçador, me fazendo abraçar a cintura de William com o medo

- Relaxa, eles acostumam com você

William me guiou até a pequena casinha de madeira, de qualquer forma, aquele é um lugar bem simples e bem velho

O estranho era que, aparentemente a razão da casinha ser pequena é que haviam outras duas menores ao lado dessa

- Aqui fica a sala, o nosso quarto e o de hóspedes - disse apontando pra casa na nossa frente - aquela ali é a cozinha, e atrás dela, é o banheiro

- porque é tudo separado assim?

- Eu acho que é porque meu avô não teve dinheiro pra fazer tudo de vez. Enfim, vamos entrar?

William passou na frente e abriu a porta com a chave que tinha no bolso, assim que terminou de abrir, abriu passagem e estendeu os braços pra mim passar na frente

- Tá de sacanagem né William?

O lugar parecia o inferno pra quem tem rinite alérgica, só poeira e móveis tão velhos pareciam feitos nos tempos bíblicos

- É... Vai dar um bom trabalho pra gente limpar isso aqui - Disse botando as mãos na cintura enquanto analisava a situação -

- Tá ouvindo isso? - pergunto, seguindo os sons estranhos, até reconhecer que bicho estava fazendo isso -

Abro a porta ao lado da sala e me assusto ao me deparar com duas galinhas em cima da cama. Olho para William desacreditado, o desgraçado claramente segurava a risada

- Eu vou matar você - quando falei isso, sua risada disparou, me fazendo dar um tapa em seu braço -

- O ninho do amor! - disse entre uma risada alta e estérica da própria piada -

Depois de recuperar o fôlego, William fechou a porta do quarto, garantindo que iria tirar as duas galinhas dali mais tarde

- Vamos, Augusto, tem mais coisa pra te mostrar - disse saindo da casa -

- Tipo o quê? Esse lugar parece um fim de mundo - digo saindo também. William veio por trás de mim e me abraçou -

- Olha pelo lado bom, pensa no tanto que você vai poder gemer o meu nome alto sem ninguém escutar

- Me poupe, garoto - saio de seu abraço e tomo a frente -

William me mostrou tudo daquele lugar, o chiqueiro no meio de um matagal alto, a parte do quintal com uma rede. E o rio que passa atrás do terreno, e que de acordo com meu marido, vez ou outra sobe e alaga tudo.

Eu ainda te odeio (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora