Capítulo 11- Outra Ressurreição

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Quando chegamos em casa, Tião foi pra dele, e ninguém se sentia cansado ou necessitado de qualquer outra coisa, o tempo era curto, e o plano precisava ser perfeito e muito bem pensado

William nos deixou na sala, e logo voltou, trazendo consigo uma folha de papel e um lápis, pondo sobre a mesa apressadamente

- O que você vai fazer? - Thiago perguntou-

A concentração de William estava toda no papel, ele desenhava algo, com muita precisão, era até bonito olhar de certa forma, e isso fazia com que não conseguíamos tirar o olhar daquela mesa

- Pronto! - Ele anunciou, apenas um talvez dois minutos depois de começar -

- O que é isso? - Thiago voltou a perguntar -

- É a planta da minha casa lá no morro

- Como conseguiu se lembrar de tudo? - Pergunto, observando que ele fez até o sistema de tubulação -

- Moro naquele lugar desde os 17 anos, conheço melhor que a palma da minha mão

Era impressionante

- Então, qual é o plano? - Perguntou Aline -

Ficamos todos em silêncio ao escutar o som de um carro se aproximando da estrada, os cachorros já latiam, e a pessoa estava entrando no terreno sem nem chamar por alguém na porteira

William pegou a pistola em cima da mesinha, e foi correndo pra fora

Era um carro de luxo, parecia novo. Me esforcei para ver quem estava lá, mas não dava, o vidro era muito escuro

O veículo parou

- Quem é? Sai agora do carro, agora!

A surpresa era instantânea, era como se estivéssemos diante de um morto vivo, e pra falar a verdade, eu já cansei de gente morta que aparece viva na minha vida

Gustavo, muito bem vestido, em um carro de luxo, bem na nossa frente

- Eai, cara? - Ele sorriu para meu marido, abrindo os braços -

William não exitou em correr até ele, lhe dando um forte abraço

- Você tá vivo! - Ele gritou -

- Quem é esse cara? - Perguntou Aline -



...

- Todos aqui já trabalharam ou conviveram com o Medo, sabemos como aquele idiota funciona

- O que vamos fazer, chefe?

- Vamos deixar ele atacar primeiro, sabemos como ele é, ele é escandaloso, gosta de uma entrada triunfal

- Mas, senhor, alguns de nós não vai...meio que morrer nessa entrada dele? E vamos deixar?

Pedro riu debochado

- É aí que se enganam, naquela bosta de casamento, a palavra do Augusto é sempre a última, e essa vez não vai ser uma excessão. O Augusto vai sugerir que eles entrem de maneira silenciosa, e passem por todos vocês sem fazer grande escândalo, mas vamos estar prontos pra receber esse bando de viado, e acabar com essa merda de uma vez por todas

- Meu filho! - Uma voz se destaca na multidão, Angela, sua mãe, chamava por ele -

- O que você quer?

Ela vem correndo, passando assustada por entre aqueles homens armados, ao chegar próxima do filho ela se lançou sobre ele, o abraçando

Eu ainda te odeio (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora