9_ família

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A primeira coisa que eu me lembro é do Spencer em cima de mim chamando uma ambulância, mas ele era uma figura no meio da fumaça, os meus membros já não me obedeciam, novamente vi um clarão e apaguei com o barulho de sirenes da polícia.
Acordei em um quarto do Hospital, logo como se fosse instinto eu olhei para os lados e vi o Spencer sentado olhando para mim.
- Olá Doutor. - eu falei esboçando um sorriso de canto, por toda a situação eu estava feliz em vê-lo ali.
- Oi Doutora, quer que eu chame uma enfermeira? - foi aí que eu começei a sentir uma forte dor de cabeça como se uma manada de elefantes tivesse passando por cima de mim.
- Não, eu estou bem..- menti porque queria saber o que havia acontecido antes de me doparem - o que houve? Eu não me lembro de muita coisa...
- De uma forma resumida foi assim, um cara encapuzado sacou uma arma, mas ela foi apenas uma distração para que uma pequena bomba fosse ativada dentro do prédio - eu não conti a minha reação de surpresa - mas fique tranquila que não houve um grande estrago na portaria, essa bomba liberou uma gás que à fez desmaiar.
Uau. Era muita coisa para assimilar.
- A García está bem? E você? Porque nunca podemos ter um encontro normal?
- Nós dois estamos bem. Acho que eu e os meus colegas conseguimos decifrar aquela mensagem. - eu tinha esquecido disso. - Mas só poderei te contar depois que sairmos daqui... porque você está chorando- eu não tinha consigo conter as minhas lágrimas, eu estava desesperada, com dor, cansada de tudo!
- Desculpa Spencer... eu só quero sair..- eu começei a tirar os tubos dos meu braços e murmurando que estava cansada - Não Spencer, eu preciso sair- ele estava me impedindo de sair da cama e acionou a enfermeira, eu estava com muita dor e falta de ar- Spencie eu não consigo respirar.
Eu tentava a todo momento puxar o ar mas eu não conseguia minha visão estava escurecendo mas eu senti o Spencer segurar a minha mão e falar:

- Caity, você esta tendo um ataque de pânico, eu preciso que você pare de se debater e me escute, você consegue me escutar? - Eu não tinha voz então apertei a mão dele como resposta- Okay, preciso que você feche os olhos, - eu estava desesperada com medo de fechar os olhos e nunca mais abrir eles de novo- eu estou aqui Caity.
Eu comecei a me encontar e tentar me acalmar, voz dele que antes era agitada agora se tornou calma e acolhedora.
- Estou com medo.
- Pense em um lugar feliz, e o descreva para mim. Você pode fazer isso, eu confio em você.
- Eu estou sentada na fazenda dos meus pais enquanto cuido da Bessie, a minha vaquinha, a minha irmã estava correndo atrás das galinhas, meus pais ainda são felizes juntos, o celeiro rosa escolhido a minha escolha cheira a Fazenda, eu escuto passos pesados, é a minha filhotinha Cassie, ela corre e deita do meu colo, o dia não tinha como ficar melhor, era o primeiro dia das férias de verão, logo eu vejo a minha vó chegando com um tabuleiros de bolo de chocolate, eu nunca estive mais feliz, - e nesse momento eu estava completamente relaxa mas eu não conseguia parar de falar, era uma memória feliz que eu não tinha lembrado dela há muito tempo. - mas depois daquilo o verdadeiro inferno na minha vida... - fui interrompida pelo Spencer
- Você tem que se lembrar apenas das boas memórias..
- Não, eu preciso falar sobre isso. Eu me lembro que os meus pais brigaram o verão inteiro, depois desse verão as brigas ficaram sérias, uma vez eu acabei ganhando um corte no braço por um prato que foi arremessado durante uma briga, eu fui ameaçada inúmeras vezes para não contar dessas brigas, eu ia para escola com olheiras de ficar acordada até tarde cuidando da Savanah porque ela ficava desesperada com essas brigas... isso aconteceu durante 5 longos anos até o meu pai me dar um tapa na cara por defender a minha mãe, essa foi a primeira agressão dele, ele tinha começado a beber muito.
Minha mãe finalmente resolveu sair daquele lugar, fomos morar em Nova York ate eu me decidir vim para Quântico.
Ficamos nos encarando por um tempo até na hora que ele ia falar alguma coisa uma nulher loira entrou falando:
- SPENCER TEMOS QUE TIRAR ELA DAQUI!

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