TOUCH

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Sou a melhor aluna da sala, tiro notas boas em todas as disciplinas, faço extracurricular, todos os professores gostam de mim, e quando não gostam, bom, vocês já sabem o que acontece. Mas se tem algo que eu não aguento são aulas de exatas, principalmente a de física. Prestar atenção em uma aula exaustiva como essa deve fazer mal para pele. Estava dormindo acordada, mas então recebi uma notificação no celular.
"Ei"
"A professora vai pegar seu celular"
"Não ligo, to morrendo de saudade sua"
"Vc me vê todos os dias, Valerio"
"Vc sabe do que to falando"
"Ah é? Então me diz, do que você tanto sente falta? "
"Desse seu corpo perfeito, de ouvir você gemendo o meu nome"
" Mas eu posso gemer o nome de qualquer um"
"Mas só comigo é 100% verdade, eu sei que ninguém te toca tão bem como eu"
Cruzei as pernas na cadeira e me ajeitei.
"Ficou excitada né?"
Não respondi a mensagem, tirei meu blazer e olhei para Guzman, que era a minha dupla na aula, sabia que Valério estava observando cada ação que fazia, então resolvi tirar proveito.
Guzman me olhou de volta e eu coloquei minha mão debaixo da nossa mesa, mexendo no ponto fraco de meu namorado.
- Aqui? – Ele perguntou, pisquei um olho como sinal afirmativo.
Guzman ajeitou-se discretamente na cadeira, aproveitando o contato, então passou os dedos por minha coxa e entrou debaixo da minha saia.
Deus.
Fechei os olhos e Valério foi a primeira pessoa que veio em minha cabeça.
Comecei a fazer rabiscos no meu caderno na tentativa de não revelar para todos o que estávamos fazendo.
O sinal da aula tocou, finalmente o dia tinha acabado.
Guzman e eu nos levantamos como se nada tivesse acontecido.
- Você podia ir lá em casa, para terminarmos o que começamos – Ele sugeriu.
- Passo lá hoje à noite – Respondi.
- Porra, Lu. Vou morrer até lá.
Eu ri.
- Prometo recompensar, gatinho. Vai valer a pena.
Ele me deu um beijo e despedida e eu fui até o carro de Valério, minha carona diária. Abri a porta e entrei, ele me esperava com um olhar indecifrável.
- Você é uma garota má – Ele disse.
Passei a mão por meu cabelo e o encarei.
- Really?
Valério começou a dirigir e ficamos em silêncio durante o percurso, até perceber que aquele não era o caminho para nossa casa.
- Onde estamos indo? – Perguntei.
- Você verá.
Bufei e virei a cabeça, olhando para a janela do carro. Odeio não ter controle da situação.
Depois de uns dez minutos, Valério estacionou o carro, estávamos quase na rodovia estadual, porém em um local completamente deserto.
- Finalmente! – Ele exclamou – Olha só que tranquilidade, aqui ninguém nos atrapalhará.
Valério acariciou minha coxa, eu suspirei e fixei meu olhar no seu.
- Acho que estou viciado em sentir você.
- Valério...
- Eu preciso de você, Lu. E eu sei que você também precisa de mim, isso tudo que você faz não passa de um teatro. Você não quer lidar com a verdade – Ele disse cada palavra suavemente.
- Não é tão simples assim – Disse após fechar os olhos por longos segundos, incrível como eu me permitia ser vulnerável ao lado dele.
Valério colocou o banco do motorista um pouco para trás e sentou-se de forma mais confortável.
- Eu sei que se você me deseja, vai vir para o meu colo sem dizer uma palavra – Ele afirmou.
Encarei-o mais uma vez, ele acariciou meu rosto com as gostas de sua mão e então passou os dedos por meus lábios, que se abriram levemente, ergueu minha cabeça e beijou meus lábios.
O resto foi extremamente natural.
Primeiro, joguei os livros e minha bolsa na parte de trás, e então posicionei minhas pernas para que seu corpo ficasse entre elas. Tirei meu blazer com violência e ele passou a mão por meu pescoço e pelos meus seios.
Com muito esforço, tentava abrir o cinto de Valério, mas o mesmo já havia retirado minha lingerie, o que dispersava o pouco de foco que eu ainda tinha.
Colamos nossas testas e permanecemos com os olhos fechados, respirávamos de forma pesada enquanto provávamos um para o outro que aquilo era muito mais do que sexo, era a prova de que não sabíamos viver sem a presença um do outro, de que o que tínhamos, por mais que não pudesse ser classificado, era algo que nos tornava pessoas melhores, eu me sentia viva ao seu lado, e não há nada mais prazeroso.

Lu & Valerio (one shots)Onde histórias criam vida. Descubra agora