Capítulo 6

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Natal é minha data favorita, adoro como o sentimento natalino nos invade nessa época. A casa fica com mais vida toda decorada, têm pessoas que consegue desfrutar alguns dias de folga com os familiares e outras que preferem viajar. Kushina nunca deixou de enfeitar a casa. Lembro-me que ela pedia minha ajuda para montar a árvore, claro que muitas vezes ela brigava pela minha falta de senso, a verdade é que se ela deixasse colocava tudo que fosse possível na árvore.

Agora me vejo arrumando minha casa e montando a minha própria árvore de natal com meu filho. Hiroki ainda não entende o significado de tudo, mas quero que ele, desde pequeno, sinta toda a alegria que eu sentia com a proximidade dessa data festiva.

Nesse ano passaremos todos juntos, familiares e amigos. Itachi está eufórico na esperança de que Sasuke venha para o natal, eu não estou convencido tantas outras datas que ele disse que viria e não apareceu, temo que mais uma vez meu marido se decepcione.

― Aí tebanne, porque não arrumou essa árvore antes? Foi deixar justo para a véspera? – repreendeu-me Kushina entrando em casa com várias sacolas.

― Acabei ficando sem tempo mamãe, como Hiroki está de férias acabei dedicando todo meu tempo para ele, e sabe que não permito que outra pessoa faça isso. – não ligo que outra pessoa enfeite a casa, mas a árvore era a minha obrigação. ― E essas sacolas? – Kushina entregou as sacolas para Kurenai e seguiu até Hiroki, que estava na sua piscina de bolinha improvisada, carregando-o.

― São algumas coisas para o jantar e sobremesa, irei auxiliar Kurenai e logo Mikoto, também, estará aqui. – respondeu desaparecendo com meu filho em direção a cozinha. Suspirei. Pobre Kurenai aguentar Mikoto e Kushina dando pitaco não será fácil. Terminei de arrumar os enfeites encerrando com a estrela no topo, sorri encarando meu trabalho. Eu realmente amava aquela sensação natalina.

O restante do dia foi agitado. Kurenai estava apreensiva com Mikoto e Kushina dando suas opiniões, cansado de ver a pobre mulher me pedir socorro com os olhos fui obrigado a interferir e mandar minha sogra e mãe para a casa, com a desculpa de que precisavam se arrumar e que Kurenai faria tudo que elas haviam orientado sob minha supervisão. Claro que aquilo era mentira eu confiava plenamente em Kurenai, principalmente, nos seus dotes culinários.

Por volta das 17h: 00min Itachi chegou acompanhado de Fugaku, tinha ocorrido sorteio de alguns prêmios na empresa para os funcionários e acabou tomando o tempo de ambos, inclusive do meu pai.

Itachi me deu um beijo e seguiu para o banho, fiquei fazendo companhia para meu sogro. Com o passar do tempo ele acabou se mostrando uma pessoa agradável. Depois de alguns minutos, Itachi retornou com Hiroki que havia acordado. Fugaku não tardou em apanhar o neto e começar a brincar com ele, aproveitei a oportunidade para saber se Kurenai precisava de algo, mesmo que houvéssemos contrato alguns funcionários para essa ocasião. Fugaku foi embora, Itachi e eu levamos Hiroki para o banho. Quando vestíamos nosso pequeno Kushina e Minato chegaram, depois que nosso filho estava pronto era nossa vez.

Meu marido já havia se banhado, mas não negou entrar no banho comigo. Confesso que sentir suas mãos percorrerem meu corpo, nu, era maravilhoso. Itachi era firme e, às vezes, até um pouco bruto. Tendo meu corpo prensado contra o azulejo de cor clara sentia-o me invadir com força, fazendo-me morder os lábios na tentativa falha de conter minha voz. Minha vontade era gritar, gemer, xingar, tudo ao mesmo tempo, pois a sensação de ter Itachi me comendo com toda devoção me levava à loucura. As palavras sussurradas em meu ouvido eram todas de baixo calão, meu corpo arrepiava quando ele sussurrava em meio aos gemidos que eu era dele e o quando ele era louco por mim, foi em meio as suas confissões que acabei gozando e sentindo seu líquido quente me preencher. Com as pernas bambas ele se afastou e girou meu corpo, o movimento fez com que seu gozo escorresse por minhas pernas, e seus lábios tomaram os meus com necessidade.

― Acho que está na hora do Hiroki ter um irmãozinho, Naruto. – disse-me, com os lábios próximos aos meus, depois que o beijo se encerrou. Sorri e o afastei retomando meu banho.

― Não será dessa vez Uchiha, nosso filho é muito novo e estou tomando meu remédio direitinho. – deslizei os dedos pela bunda indo em direção a minha entrada para fazer a higiene do local.

― Não faz isso ou eu te pego de novo... Droga! Você é tão gostoso amor. – sussurrou no meu ouvido me encoxando, o afastei novamente.

― Se controla querido, os convidados já devem estar chegando. – praguejando alguma coisa ele se afastou e terminou seu banho enquanto eu lavava meus cabelos. Quando me vi sozinho permiti sorrir. Não imaginava que nosso casamento, por contrato, daria certo. Embora, ainda, tivesse bastante receio.

Arrumei-me da melhor maneira possível minha pele estava esplêndida, isso tudo por conta do sexo maravilhoso. A roupa combinava perfeitamente com meu ótimo humor. Desci as escadas e cumprimentei os convidados, não consegui evitar sorrir ao ver o quanto as pessoas me olhavam fascinadas, sabia perfeitamente que meus olhos azuis e cabelo loiro chamavam a atenção. Entre os convidados estavam meus pais e os de Itachi, seu avô Madara estava presente, a idade um pouco avançada fazia com que uma cadeira de rodas fosse necessária. Shisui, tio de Itachi, estava acompanhado de sua esposa e filhos, havia outros ali, mas não me recordava o nome. Aos poucos o barulho da música tomou conta do local, Hiroki estava menos agitado do que imaginei ficou o tempo todo no colo e depois que comeu não demorou em dormir, o arrumei no berço, liguei a babá eletrônica e retornei para a festa.

Quando retornei a sala senti meu sangue ferver, em meio aos amigos e sócios da empresa estava Sasori. Não entendi o motivo da sua presença. Seria ele tão especial para meu marido assim? Porém, diferente do que pensei Itachi o ignorou por toda a noite, podia ver a expressão de tristeza do ruivo, mas aquilo não me importava nem um pouco. Tomando uma taça de champanhe segui até Sakura e Sai.

― Adoro as festas na sua casa. – comentou a rosada, não que tivéssemos feito muitas festas somente o chá de bebê do Hiroki e algumas reuniõezinhas.

― Sempre gostei de casa cheia... – suspirei mirando o ruivo novamente.

― Deve ter algum bom motivo para ele estar aqui Naru.

― Claro que tem, ele é amante do meu marido. – irritei-me um pouco.

― Hein, lembra do que conversamos sem falar que Itachi não está dando atenção a ele, pelo contrário, parece até que o ruivo tem alguma doença contagiosa para repelir seu marido daquele jeito. – não evitei e sorri, Sakura sabia me animar. ― Vamos dançar um pouco. – observei ela cutucar Sai que cochilava ao seu lado. ― Que mico Sai! Se fosse para dormir que ficasse em casa. – ele resmungou um "estou cansado" e seguiu a rosada, antes de me juntar a eles precisei ir ao banheiro.

Dancei e bebi queria esquecer os poucos problemas que tinha por sorte Kushina me deu carta branca naquela noite disse que eu precisava me distrair e para deixar Hiroki por sua conta. Aceitei sem hesitar. Enquanto dançava senti braços rodearem minha cintura, de forma possessiva, e me arrastar para um canto qualquer. Tive a boca tomada de maneira afoita.

― Já disse o quanto eu te amo e o quanto você é lindo? – disse-me Itachi contra a pele do meu pescoço. Depois de alguns amasso retornamos para junto dos outros. Percebi que seu ataque possessivo era por conta de alguns olhares que me eram direcionados. Isso me deixou satisfeito, eu era desejado.

Quando nos dirigíamos para a sala de jantar a campainha tocou, estranhei, pois já estava tarde para alguém chegar. Não demorou e a pessoa atrasada deu a graça da sua presença. Itachi correu na direção dela e o abraçou, não conseguia ver nitidamente quem era, pois o corpo do meu marido não deixava. Mikoto também se aproximou com a mão sobre a boca e os olhos lacrimejados. Depois de todo esse alvoroço eu, finalmente, conheci o desconhecido.

Naquela noite eu conheci Sasuke Uchiha, irmão mais novo do meu marido. Fomos apresentados formalmente, seu toque na minha mão foi extremamente gentil, ele não deixou de sorrir em nenhum momento e mesmo conversando com outras pessoas eu sentia seu olhar sobre mim e aquilo, estranhamente, me excitava. Fazia tanto tempo que eu não sentia aquela sensação de medo e desejo. Algo em mim mudou naquela noite depois que o conheci, sensações estranhas invadiram meu corpo, sensações nunca antes sentida, algo estava errado. Eu jamais o tinha visto, exceto por fotos, mas eram de quando adolescente e hoje me via em frente a um homem. Um homem belo de cabelo e olhos negros, corpo e rosto másculo e com um magnetismo intenso que me atraia feito ímã. Por Kami, o que estava acontecendo comigo?

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