“Se eu morrer jovem, me cubra com cetim
Deite-me em uma cama de rosas
Afunde-me no rio ao amanhecer
Mande-me embora com as palavras de uma canção de amor”– The Band Perry – If I Die Young
Dizem que, quanto você está de cara com a morte, sua vida passa diante de seus olhos. Eu não sabia se eu estava realmente morrendo mas isso estava acontecendo comigo.
Me lembrei dos meus pais e o quanto e os amava. Lembrei do Hal, meu ursinho de pelúcia que eu ganhei dos meus pais quando tinha 4 anos e meus pais me contaram que pra onde eu ia eu levava aquele urso de pelúcia comigo. E eu ainda o tinha, acho que o mantia pra me lembrar dos meus pais. Eu tinha doado todos os meus brinquedos menos este, que tinha um enorme valor emocional.
Lembrei do meu primeiro dia no ensino médio que foi quando eu conheci o Pedro. Pedro é um ano mais velho que eu e ainda estava no primeiro ano do ensino médio porque sua família tinha viajado e ele não conseguiu se matricular em uma escola pra continuar a cursar o primeiro ano então ele passou meio ano em casa estudando por conta própria e por isso sabia bastante do conteúdo do primeiro ano. Nos tornamos melhores amigos e isso permaneceu até hoje. Conheci a Júlia e apresentei pra ele e ele conheceu o João e o Beto e me apresentou. E assim o nosso círculo mais forte de amizade se estabeleceu.
Lembrei do meu primeiro namorado e como Pedro não suportava ele. Eles viviam brigando e isso chegava a até ser engraçado. Terminei com esse meu namorado porque ele teve que ir pro intercâmbio e ele achava que nosso namoro não sobreviveria à distância e pra um não acabar traindo o outro resolvemos acabar o namoro de forma amigável. Ainda hoje de vez em quando converso com ele. Quando Pedro entrou pra Polícia eu não apoiava muito a ideia mas estava feliz por meu amigo ter conseguido realizar seu sonho. Desde que conheci Pedro ele tinha esse sonho de se tornar policial e isso se devia ao fato de que o pai dele tinha sido um ótimo policial e ele queria seguir os passos do pai e foi assim que o Pedro conheceu o Beto e o João. Quando vi os dois, confesso que não fui muito com a cara deles, principalmente com a cara do João que parecia ser um daqueles machões que só vive falando de mulheres, futebol e sexo. Sério, ele basicamente só falava disso. Mas aos poucos fui percebendo que ele era uma boa pessoa. O Beto parecia ser mais tímido no quesito de falar, mas aos poucos ele foi se soltando mais. Uns tempos depois estávamos nós três na festa de casamento do Pedro. A mulher do João não tinha ido pro casamento. Na verdade nunca a conheci porque ela não gostava de ir em festas com os amigos de João e também não recebia os amigos dele na casa dela. Nunca fui na casa do João, apesar de saber mais ou menos onde fica, por causa da sua mulher que parece ser muito chata. Somente o Beto e o Pedro a conhecem porque uma vez ela tinha aparecido na delegacia atrás do João. A festa estava muito boa. A decoração estava perfeita e a música que tocava era de boa qualidade.
Olhei para o meu amigo naquela roupa toda forma e meus olhos lacrimejaram. O meu amigo estava seguindo em frente e eu estava muito feliz por ele. Ele estava na pista de dança, dançando com a Júlia quando eu me aproximei e falei:
- Posso roubar a noiva pra dançar com ela um instante? – Falei e estendi meus braços para ela.
- Por pouco tempo, senão eu fico com ciúmes – Pedro fala sorrindo.
Júlia estava linda. Ela já era muito bonita naturalmente mas naquele dia ela havia se superado.- Você está linda. Quase virei hétero quando te vi – eu falo e ela ri bastante enquanto nós dançávamos.
- Obrigada.
- Pelo quê? – eu pergunto espantado.
- Por me apresentar pro amor da minha vida – ela fala e eu a abraço. Eu estava muito feliz com aquilo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu amigo policial
RomanceLucas é amigo de Pedro desde que eles eram adolecentes. Após uma perda terrível Lucas tenta ajudar seu amigo, porém percebe que está, aos poucos, se apaixonando por ele. Além disso, outro amigo, chamado Beto, começa a querer ter alguma coisa com Luc...