Capítulo 8

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Sábado de manhã, seu celular estava tocando. Amaldiçoou quem seja. Podia dormir até tarde e algum desocupado a estava atrapalhando.

Pegou na mesa de cabeceira e olhou para a tela do celular e viu aquele maldito nome. Alfonso. Atendeu com raiva.

Anahí: O que você quer?

Alfonso: Isso é jeito de atender?

Anahí: Num sábado de manhã é sim.

Alfonso: Estou ligando para te convidar pro almoço. Sei que não fui um bom amigo e queria tentar. Não quero você fora da minha vida.

Anahí olhou para o teto e suspirou: Tudo bem, a que hora e onde?

Alfonso: Me encontra no meu apartamento as 13h e vamos num restaurante aqui perto. Ainda lembra onde eu moro?

Anahí: Se ainda mora com seus pais, lembro sim.

Alfonso: Ótimo, nos vemos mais tarde.

E desligaram.

Anahí jogou o celular do outro lado da cama e respirou fundo. Eram 9h30. Não conseguiria dormir mais, levantou, fez sua higiene e foi fazer faxina. Logo após, começou a se arrumar para o almoço.

Como estava calor, colocou um vestido branco não tão justo e uma sandália de salto preta, combinando com seus óculos escuros. Enquanto terminava de se arrumar, pediu um Uber em direção ao passado.

Quando o carro chegou, pegou sua bolsinha, também preta, e desceu.

Ficou pensativa o caminho todo. Poderiam ter amizade mesmo?

Chegou em frente ao prédio de Alfonso, se identificou para o porteiro e subiu. No elevador não parava de se olhar no espelho. Quando as portas se abriram, lá estava ele.

Ele vestia uma bermuda jeans escura, com um tênis cinza claro da Adidas e uma blusa branca sem desenho.

Assim que a viu sorriu. Ela retribuiu.

Alfonso: Pensei que houvesse se perdido ou me abandonado.

Anahí: Quanto drama, ainda cheguei cedo.

Ele abriu a porta do apartamento e lhe deu passagem.

Anahí entrou e falou: Não mudou muita coisa. Onde seus pais estão?

Alfonso: Estão no interior.

Alfonso foi para a cozinha enquanto ela se sentava no sofá.

Alfonso: Quer beber alguma coisa?

Anahí: Não, obrigada.

Esse apartamento trazia muitas recordações. Ela e Alfonso já transaram em cada canto dali.

Alfonso voltou e sentou na cadeira da ESA de jantar: O que está pensando?

Anahí o olhou: Nada que valha a pena. Vamos para o restaurante?

Alfonso se levantou e a acompanhou.

***
No restaurante.

Pediram o prato do dia com uma garrafa de vinho tinto.

Enquanto o pedido não vinha, conversavam.

Alfonso: E então, como vai o noivado?

Anahí o olhou e não sabia se podia desabafar com ele. Ele era seu amigo mesmo?

Anahí suspirou: Vamos nos casar daqui a duas semanas e vamos nos mudar para Curitiba.

Alfonso: Mas já? Para que a pressa?

Anahí: Queremos nós casar antes de nos mudar, o que já está próximo.

Alfonso: Já acharam lugar para o casamento?

Anahí: Vamos nos casar na igreja que os pais dele frequentam e faremos uma pequena festa, mas ainda não sei onde.

Alfonso: Desde quando você aceita casar na igreja?

Anahí: É o que os pais dele querem. Não me importo. Só quero ficar ao lado de quem apoiou minha vida complicada.

Alfonso: Você acha que será feliz assim?

Anahí deu de ombros: Sim, posso demorar a conseguir meus outros objetivos mas sei que ele estará ao meu lado me apoiando.

Alfonso não falou mais nada e comeram em silêncio.

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