🔥Capítulo 41

2.2K 249 609
                                    

Duas semanas se passaram após aquele fato em meu apartamento

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Duas semanas se passaram após aquele fato em meu apartamento. Não tenho notícias dele há uma semana, Paul havia ligado para mim, na semana seguinte, e perguntado se Dante havia mesmo conversado comigo, e confirmei que sim. Mas sendo curiosa, quis saber o porquê daquela pergunta. Ele me disse que Dante voltou estranho para o plantão, estava calado, e aéreo, mas também com um mal humor pior que antes. Ao questionar a Dante o motivo, disse que logo fui citada, dizendo que resolveu tudo comigo. Paul só não entendeu por que ele estava assim, se tinha sido tudo acertado. Decidi falar um pouco do que havia ocorrido aqui no apartamento, creio que ele entendeu. Não deveria ter comentado, mas quis explicar para ele mesmo assim. Paul opinou, ao dizer que deveríamos deixar as coisas acontecerem, e que não iria interferir. Agradeci na ocasião, por poder me ouvir.

Agora estou aqui, voltando para casa e pensando no meu bombeiro mais uma vez. Não irei negar que gostei por ele ter vindo conversar, sei que eu precisava dessa atitude dele, até porque quem saiu da minha casa, deixando apenas um bilhete, foi ele. Mas depois que se foi, deixou em mim um vazio, e arrependimento por não ter dito que ele não é inadequado para mim.

Me assusto com o barulho de uma freada de carro, e faço o mesmo com o meu. Estou a apenas um quarteirão da minha casa, e excepcionalmente hoje à noite, o movimento está mais tranquilo. O que me faz estranhar essa pressa desse carro, por isso me assustei ao vê-lo frear de repente, bem na frente do meu carro. Mas o que veio a me espantar de verdade, foi ver um homem sair do lado do motorista e correr para o lado do meu carro, apontando uma arma e pedindo para eu abrir a porta. Não quis reagir, fiquei quieta dentro do carro, até porque já atendi vítimas de assalto e sei bem as consequências que este ato impensado pode acarretar. Sem alternativa, e vendo uma arma apontada pra mim através do vidro do carro, acabei destravando a porta e o homem adentra de forma rápida, sentando-se ao meu lado.

- Dirija! _ aquela voz... Olho para o lado antes de sair com o carro.

- Senhor Lopez! _ fico sem acreditar no que vejo. Ele está usando um chapéu de pescador, com protetor de nuca, e óculos escuros. Se não fosse sua voz, não o reconheceria.

- Falei para dirigir! _ escuto o barulho de destravamento da arma.

Ele fala mais próximo, e sinto o cheiro de bebida alcoólica...

Mais que droga, péssima mistura, ele toma remédios controlados.

Pensando nessa bomba atômica ambulante, começo a dirigir, sem saber para onde vou, pois ele apenas pediu que dirigisse. Passo em frente ao meu apartamento, e agora me bate um desespero, era para eu estar estacionando e indo para minha casa descansar. Mas agora, estou refém de uma pessoa com sérios problemas mentais. O doutor Russel, me informou no último encontro que tivemos, que o senhor Lopez sofre de Personalidade Borderline, e que infelizmente não atendia mais as suas ligações e não compareceu mais as consultas.

- Siga em frente! _ percebo ele olhando fixo para o local onde fica o meu prédio. - Não irá para casa, não mais! _ minha garganta queima ao ouvir isso, engulo com dificuldade e aperto meus dedos no volante. Ele sabe onde moro.

A Força do FOGO - ( Série Os Quatro Elementos - Livro  II )Onde histórias criam vida. Descubra agora