Sentido da vida

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É um tema sensível. Podemos assumir que vivemos se não há um sentido para viver? O que é viver?
Para alguns viver é respirar, para outros é pensar mas ver é puramente sentir. Viver é tanto como morrer, pois na morte sentimos o vazio, o imaterial. Na vida sentimos o material mas sentimos. Viver é sentir não só o que sentimos na alma, como qualquer sentimento que possamos expressar, mas o ver, o cheirar, o tocar, toda a experiencia que envolva uma sensação é viver. Por mais incapaz que seja o ser, há sempre algo que ele sente logo vive. Quando o corpo desse mesmo ser morre, a sua vida não termina pois a energia que o movia agora é livre e sente um plano completamente diferente porém sente logo vive. Mas então porque é que nós, falando/pensando por qualquer ser vivo, nascemos? Para sentir o infinito? Porque só sentimos, logo vivemos, após o nosso nascimento? Peguemos neste ultimo ponto. Para refletir sobre a sensação da vida há que compreender o tempo. A sensação do tempo é confusa. Aquilo que demora horas e é entediante, anos depois foi simples e rápido. O tempo é uma ilusão causada pela sensação do tempo, porque na verdade, cada vez que relembramos algo, essa imagem é real na nossa mente no presente, logo se está no presente não pode ser passado, por isso podemos assumir que o passado não existe senão no plano da nossa imaginação. Da mesma forma, não podemos saber aquilo que sentimos antes do nosso corpo nascer porque não há nada para tras disso senão o vazio e a memória. Respondendo à teoria da reencarnação, qualquer alma no seu estado puro pode renascer num corpo, porém o corpo é limitado ao contrário da energia da alma, logo um simples cérebro material não consegue guardar qualquer visão da alma. Compreendemos então a vida como um ciclo. A energia existe e habita o corpo, que por sua vez falece, deixando a energia livre num plano imaterial, apta a adotar um novo corpo, regressando ao primeiro passo. Claro que não existe autoridade em qualquer plano divino logo nada dita que a alma irá voltar, a Natureza funciona pelo caos, e só o caos permite a ordem. Mas qual é o sentido deste ciclo? Porquê tudo isto? A resposta é simples. Puro caos. O universo gerou-se por mero acaso no meio do caos. O caos formou os mundos e tudo o que conhecemos e não conhecemos. O caos é a Natureza e da mesma forma que foi possivel originar um universo, foram libertadas energias capazes de sentir, logo viver. O universo esta dividido em varias energias, muitas desconhecidas, mas por agora foquemo-nos em duas delas: as que sentem e as que não sentem. Qualquer material contem energia dentro de si, porém nem tudo vive. Podemos assumir que o caos formou uma onda de energias que gerou o mundo que não conhecemos e o que pensamos conhecer. Essas energias somos nós (as que sentem logo vivem) e tudo o que nos rodeia (que não sentem, logo não vivem).
Porém não podemos desprezar as energias que não vivem. O caos funciona por dependencia e contraste. Tudo tem o seu oposto como o quente tem o frio e o escuro tem a luz. Se nunca tivessemos luz, não podiamos assumir a existencia do escuro, assumiamos apenas a existencia. Da mesma forma, para nós que vivemos existirmos, precisamos de quem não vive. Sem água o nosso corpo morreria. É apenas um exemplo da dependencia entre energias e como o caos gera a mais pura ordem universal.

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⏰ Última atualização: Apr 29, 2020 ⏰

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