Capítulo 38 - Jasper Whitlock Hale Cullen

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Ao chegarmos na casa dos Cullen's, a reunião havia acabado. Alguns vampiros foram caçar e se alimentar. Alice teve outra visão. Os Volturi's já estavam a caminho, chegariam na manhã seguinte.

Contamos sobre Justine e o Imprinting do Seth. Replanejamos alguns acontecimentos necessários como. Proteção para Renesmee e agora Justine. Táticas de ataques, que incluiriam os recém chegados. Os vampiros aproveitariam o último dia antes da batalha, contando histórias sobre suas imortalidades. E os lobos, contariam histórias de batalhas ganhas, em torno da fogueira.

Seth não desgrudava de Justy, entretanto, ela estava adorando toda aquela atenção. Estava sendo reconfortante ver alguém sorrir despreocupadamente. Farei o que for preciso para manter a felicidade de minha melhor amiga.

Como Demetri, - por ser um vampiro - não poderia participar da fogueira de histórias da tribo, e Justine não poderia passar nem perto da casa dos Cullen's, devido à aglomeração de vampiros com olhos vermelhos, teria que ficar um pouco em cada lugar, dividir a atenção entre meu namorado e minha amiga.

Ouvi às quatro primeiras histórias de batalhas travadas por alguns anciões da tribo. Justine estava abobalhada com tantas informações e possibilidades. Vê-la ali, bem na minha frente, me fez por um pequeno instante esquecer todas as dores e receios, sua familiaridade acalmou meu ser mágico.

Com poucos minutos do início da quinta história, Noah, - um dos novos transformados - me avisou que Demetri me aguardava.

O quintal dos Cullen's parecia uma festival de queima de fogueira. Vários troncos e fogueiras iluminavam e davam assento a muitos vampiros, que se revezavam para contar histórias e se vangloriar de algum feito histórico em que esteve presente.

Quando chegamos a roda, era a vez de Jasper. Todos os presentes se calaram quando ele começou a falar:

— Nasci em 14 de outubro de 1842, no Texas. Em 1861, com apenas dezessete anos, entrei para o Exército Confederado, alegando ter vinte anos. Servi como Major na Guerra Civil. Após um ataque fracassado contra nossos inimigos, - onde sobrevivi por milagre - já ao entardecer, enquanto voltava para minha base, me deparei com três lindas mulheres. Próximas a um riacho. De imediato, ofereci meus serviços. Maria, a líder delas, - uma vampira manipuladora e cheia de ganância - ao ver que era um oficial, veio a meu encontro.

— Sua pele era branca como neve, seus olhos de um vermelho sangue e os cabelos negros como a noite. Fez poucas perguntas, e em um momento de descuido, me transformou, desejava me usar para criar seu próprio exército de recém criados. Naquela época era muito comum no sul. Havia batalhas brutais constantes sobre o território. Maria ganhou todos eles. Ela era inteligente, cuidadosa e me tinha. Minha experiência e treinamento do exército foi de grande ajuda. Era um ciclo sem fim, criar um exército, treiná-los e destrui-los. Ela raramente permitia que vivesse mais de um ano. Uma noite, Maria me ordenou que matasse todos os neófitos - recém criado - que não mostravam potencial para permanecer em seu clã. Isso me deixou doente e deprimido, conseguia sentir suas emoções na hora em que os matava. Maria percebeu minha depressão e ficou paranóica, com medo de que me virasse contra ela. Então, ela planejou com outros neófitos para conspirar contra mim, prometendo a quem me matasse, a minha posição. Então virou um jogo de enganação, começamos a formar nosso próprio exército um contra o outro, tudo às escondidas. Entretanto, antes que algo realmente acontecesse, fugi para morar com um amigo ex-guerrilheiro que já havia encontrado sua alma-gêmea. Passei um tempo com Peter e Charlotte, aqui presentes. Durante esse tempo, ainda me alimentava de sangue humano.

— Com o tempo, decidi vagar sozinho e sem destino. Lutei por comida e abrigo. Certo dia, ao entrar em um restaurante, de um cidadezinha no interior da Filadélfia, uma linda vampira me cumprimentou:

— Você me fez esperar um bom tempo. - Me indicando um lugar para me sentar junto a ela.

— Mesmo não entendendo suas palavras, podia sentir o que ela sentia. Alice estava apaixonada por mim e em pouco tempo comecei a corresponder seus sentimentos e a viver como ela, de modo "vegetariano". Em 1950 nos juntamos ao clã de Carlisle e...

— Vem comigo? Quero te mostrar uma coisa. — Disse Demetri, me puxando para o lado.

— Aonde vamos?

— A um lugar especial.

— Lugar especial? Por quê?

— Só venha, se lhe contar estraga a surpresa.

O segui discretamente, até à frente da residência dos Cullen's.

— Permite que te leve? - Perguntou segurando minhas mãos e com um olhar de por favor.

— Estava com preguiça de me transformar mesmo. - Balançando os ombros.

Grande parte da neve já havia derretido, porém, em alguns pontos da trilha, ela ainda existia. Em instantes, chegamos a praia, as nuvens não cobriam o céu, era possível se ver, um lindo céu estrelado, a alguns dias não se chovia. A lua cheia era de um azul esplendoroso.

— Eu já conheço a praia. - Disse ironicamente.

— Aposto que não conhece, a praia em que vou te levar. - Respondeu sorrindo.

Percorremos a extensão da praia em direção ao lado oeste. Um pequeno barco a motor nos aguardava.

— Primeiro você. - Disse, enquanto me dava apoio para entrar no barco, entrando logo em seguida.

O mar estava calmo, fazendo nosso trajeto até uma ilha próxima, ser fascinante.

Durante o percurso, Demetri desligou o motor do barco, nos deixando pairar pelo mar. A lua o iluminava, com seus raios prateados. Um cardume de algas marinhas florescentes azuis, passaram pôr debaixo de nosso barco, iluminando as águas cristalinas.

— Uau. Que maravilhoso. Como você sabia que haveria este cardume aqui?

— Na verdade, não sabia, apenas apostei na coincidência.

— Coincidência?

— A alguns dias, tenho feito este percurso. Emmet, Jasper e Edward, tem me acompanhado, em todas as nossas viagens, encontramos alguns cardumes deste.

— O que você e os Cullen's têm feito para este lado todos os dias?

— Quando chegarmos lá, você entenderá.

— Pensei que já havíamos chegado. Você parou o barco aqui.

— Nosso objetivo é aquela pequena ilha ali na frente. - Apontando um amontoado de terra em meio ao mar, a apenas alguns metros da praia.

— Então vamos, ainda preciso descansar para a batalha de amanhã. - O acelerei.

Seguimos o nosso caminho de destino.

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