Learning to Dance

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2 semana depois

Essas duas semanas foram turbulentas. Me vi rodeada em um mar onde as ondas apenas me tiravam as coisas.
Foi nesse período em que tive que me convencer de que não conseguiria quitar minha dívida e deveria entregar a cafetaria. Isso foi exatamente o que aconteceu.
Após uma semana do aviso, o homem que havia conversado comigo ao telefone, veio ao meu encontro e comecei a assinar papeladas que afirmavam o repasse da cafetaria para as mãos deles.
Desde então, meus dias tem sido parados, ainda não consegui me animar em começar algo novo.

E hoje, cá estou eu, em frente ao Morning's Breakfast olhando para suas vidraças fechadas.

- Vou te recuperar um dia, prometo - cruzo meus dedos e sigo rua acima

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Era noite, estava em casa descansando decidida a no dia seguinte sair a procura de um novo trabalho

Desci as escadas, e encontrei com a Dona Juliet na cozinha

- Oi filha, já decidiu o que fazer agora? - começou, há dias ela me questiona sobre um novo emprego - Foi uma boa oportunidade entregar aquele café, ele não voltaria mais ao sucesso, já passou - termina

- Era importante pra mim mãe - digo pegando um copo com água

- Mas agora já era - fala não dando atenção

- Vou comprá - lo de volta - afirmo

- Você nem tinha dinheiro para pagar a hipoteca, quanto mais comprar aquele lugar velho de novo - se vira - Nem se tivesse, deixa isso pra lá -

- Ok, amanhã vou atrás de algo novo - falo vencida

- Assim que se fala, não dá pra ficar se lamentando - ela finaliza, me direciono a ela e deposito um beijo em sua bochecha

- Boa noite mãe - começo a subir as escadas

- Boa noite - escuto já longe

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Briiim!!

Meu despertador dá sinais de sua histeria. Levanto a mão e preciono o botão localizado em meu relógio para que ele pare seu escândalo.

Visto uma roupa confortável e saio para tomar café da manhã em um Starbucks, estava a fim de um croissant e uma Pink Lemonade. No caminho paro em uma banquinha e faço algo não habitual, compro o jornal do dia.

Quando chego ao Starbucks escolho uma mesa mais isolada e começo a passar os olhos pelas palavras do jornal não tão interessante para mim, então em alguma altura vejo em destaque

Vagas de emprego

E início a minha leitura por este tópico.

Passado algum tempo, eu já me deliciava com meu croissant quando vi uma vaga que muito chamou minha atenção

Vaga para cuidadora

Como eu já havia trabalhado mais jovem em um trabalho voluntário na ala pediátrica do hospital do câncer, deduzi que seria uma ótima. Então, rasgo o pedaço do jornal que tinha o telefone e sigo para pagar meu café da manhã, deixando o restante do jornal em cima na mesa.

Após a conta paga, saio e retorno à minha residência, subo rapidamente as escadas e adentro em meu quarto caçando meu telefone para que eu pudesse entrar em contato com um futuro possível emprego.

Tuuu- tuuuu- Tuuu

Escuto enquanto aguardo que a pessoa do outro lado da linha me atenda

- Alô? Pois não? - a voz de uma senhora ecoa

- Oi, bom dia, é que eu vi um anúncio no jornal para uma vaga de cuidadora e gostaria de saber se ainda está disponível - falo educadamente

- Está sim, ela lhe interessa? - perguntou a mim

- Oh mais é claro - falo apressada - Como posso entregar o currículo? - pergunto

- Se a Senhorita estiver disponível, amanhã mesmo podemos recebê - lá para a entrega do seu currículo e para a realização de sua entrevista - me explica

- Isso é ótimo! Posso sim. Em qual horário? -

- Às 9h, enviaremos o endereço do encontro por SMS - finaliza

- Ok, até amanhã, muito obrigada! - digo animada

- Ah não, a entrevista não será comigo, mas desejo boa sorte - termina e põe fim a nossa breve ligação.

》》》》

O restante do dia de ontem transcorreu de forma normal. No jantar, comuniquei a minha mãe sobre esse possível emprego. Ela afirmou que acreditava que eu tinha potencial para mais, mas que já era um bom começo. Levei isso como algo positivo e tentei dormir cedo.

Agora são 8:30h e eu estou dentro de um táxi, que está seguindo o endereço que o informei conforme o que havia escrito no SMS que recebi logo após a finalização da chamada de ontem.

Passado algum tempo, chegamos em frente a um grande portão de ferro nos permitindo a entrada  entre grandes muros cobertos por uma vegetação verdinha. Quando recebi autorização, larguei o taxi ali mesmo, fiz o pagamento e iniciei meu caminho a pé até a porta principal onde havia uma funcionária da casa, suponho.

- Olá, eu vim para uma entrevista - informo amigavelmente

- Eu fui informada senhorita, me acompanhe - ela inicia seu trajeto e eu sigo - a perfeitamente

A casa era de um tamanho fora do comum, a sua arquitetura por fora era rústica, mas por dentro demonstrava se uma verdadeira jóia da modernidade. Muitos lustres e objetos decorativos davam um ar sofisticado e elegante a casa, além de trazerem personalidade.

- Aqui eu lhe deixo senhorita, desejo boa sorte - a senhora sorri breve quando chegamos em frente a uma porta já entreaberta

- Muito obrigada - sorrio fraco de volta, a final, o nervosismo me consumia

Me aproximo da porta e bato na mesma para que percebam que há alguém desejando autorização para entrar. Logo sou respondida

- Entre por favor - faço o que me foi permitido e logo a figura de um homem mais maduro é a mim revelada - Já estávamos mesmo a sua espera - e assim também percebo uma mulher que aparenta ter idade próxima a dele.

O som escutado por mim vinha de mim mesma, mais uma batida descompassada se iniciava em meu peito

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Oii gente!
Segundo capítulo concluído. Encontro com vocês amanhã de novo!
Hasta luego!