AS CONVERSAS ORIGINALMENTE SÃO EM INGLÊS MAS VOU DEIXAR TRADUZIDO
Hoje é sábado finalmente. O que significa que estou livre para jogar e ficar em chamada de voz o dia inteiro com meus amigos, sem grandes responsabilidades.
- Cait!!!! Como as coisas estão aí?
- Lyla, é tão estranho... o Jack e o Karl vão jogar hoje?
- Uhum, eles já estão entrando. Acho que eles não perderiam nosso fim de semana por nada - a menina riu de leve do outro lado da tela
- Eu sinto tanta a falta de vocês...
- A gente também sente amiga. Mas sabe quem mais sente?
- Ah não cara... eu vou comprar a primeira passagem pra voltar, é sério???
- Jazz tá sofrendo ultimamente sabe...
- Não me fala isso Lyla! Eu preciso tanto ver ele de novo...
- Sabe foi horrível vocês terem terminado. Porque não tentaram manter a distância?
- Porque não é garantido que eu vá voltar para aí... e não acho que é algo que estamos prontos para passar, sabe? Tem tanta coisa acontecendo junta que talvez estragasse todas as partes boas.
- Como são maduros sofrendo sem necessidade
- Ia ser sofrido de qualquer maneira.
Os dois meninos se juntaram à chamada, anunciados pelo som padrão do Discord naquele exato momento.
- CAAAAAAAAAIT SUA CADELA! VOLTE IMEDIATAMENTE E FAÇA AQUELE GATO DO JAZZ PARAR DE CHORAR!
- Ah Jack.... eu queria sabe? Mas não ta no meu alcance... vou dar um jeito de pelo menos todas as ferias conseguir ir aí ver vocês. Entrem logo, eu quero parar de pensar nisso!
- Tudo bem aí? - Indagou Karl que era o mais maduro no grupo, ele se formou faziam 2 anos, então nunca foram colegas
- É, na medida do possível...
- Tem feito amigos?
- Tem pessoas tentando fazer amizade mas eu não me interessei em conhecer ninguém... o que vocês acham?
- Que você tem que conhecer o máximo de gatos brasileiros pra me incentivar a te visitar e nos apresentar! - Lyla e Jack lançaram em uníssono
- Tudo bem eu faço amizades para vocês fisgarem se vierem aqui um dia... e eu não voltar...
- Oh yes kitty, férias de verão praianas na terra das maravilhas - Jack comentou e logo iniciaram a partida
Alguns minutos decorrentes da partida, ouviu-se batidas insistentes na porta (o que significa, a mãe de Caitlyn ouviu, a menina tinha o volume do headset muito alto para escutar o minimo ruído ao seu redor) e Mary foi a pessoa eleita para atender. Ofícios da maternidade.
Ali tinha um rosto familiar, com algumas pessoas ao fundo conversando paradas no corredor, mas era o menino da praça.- Oi! A Cait tá em casa? - Ele sorriu perguntando educadamente
- Sim, sim! Ela está no quarto... Se quiser falar com ela - a mãe falou tentando conter a animação da possível adaptação da filha, mas não parecia possível. Ela soava como um filhote de cachorro que ganhou donos novos.
- Hmmmm tudo bem então - Rennan olhou rapidamente para o restante do grupo no corredor e fez um gesto com as mãos pedindo que esperassem um pouco, Fabrício suspirou aliviado recebendo um olhar de reprovação de Rebeca
- Você parece nervosa - Rebeca lançou ironicamente para Belinda que parecia estar a ponto de explodir
- Não! Eu estou perfeitamente bem. - Ela respondeu rispidamente apertando a mão da melhor amiga - Só não sei porque ele insiste que aquela menina grossa e antipática ande com a gente. Ela não é tão legal.
- Belinda... - Taynara lançou em tom baixo tentando pedir que a amiga se acalmasse
- Estamos na frente da porta da menina, francamente - Rebeca era a mais madura do grupo, mas era mais como uma conselheira do que uma líder. Se fosse para identificar o líder, esse seria Rennan. - Você consegue controlar um pouco esse seu ciúme racional? Ele não tem absolutamente nada com você. - encerrou soltando um suspiro, o que deixou a outra menina nitidamente abalada.
Enquanto os quatro conversavam no corredor, Rennan entrou no apartamento ainda confuso sobre em que porta bater exatamente. Mary percebeu isso e escancarou a porta de Caitlyn anunciando visita e para que ela soltasse o computador, não foi eficaz. Ela usava o headset.
- Ah, posso aparecer outra hora, ela parece ocupa... - o garoto ensaiou, falhando miseravelmente. Caitlyn conversava animadamente enquanto jogava, era nítido. Isso gerou curiosidade nele que nunca a tinha ouvido falar daquela forma, tão mais próxima. Antes que completasse a frase, a mãe que mostrara uma face já não tão gentil adentrou o quarto em passos firmes e puxou o fone da menina que virou bruscamente com olhar fuzilante e perdia o ar de animação. - Olha.... Eu venho outra hora.... De verdade.... - Rennan tentou sair de mansinho para não presenciar o estresse mas o clima de tensão ali era absurdo. Dava medo de mexer um músculo, até de engolir a saliva.
- Não. Você fica.
- Mãe eu não tenho como pausar! - Os olhos da menina pareciam carregados de raiva diretamente da mulher.
- Não me interessa. Você vai pra rua socializar.
- Eu não falo com meus amigos quase nunca, os horários são diferentes!
- Amanhã é Domingo. Pode falar amanhã.
- São só dois dias na semana, pelo amor de deus! - a voz começou a se elevar
- Você acabou de se mudar e você vai sair sim. - Encerrou puxando o cabo do computador
- Você estragou a minha vida decidindo se mudar para cá. Destruiu todos os meus relacionamentos e em nenhum momento se importou em como me sinto. Não adianta pagar terapeuta sendo uma pessoa tão egoísta sabe? Terapia não vai fazer eu gostar de você, nunca. Era só para cuidar da vovó e você decidiu ficar e destruir o meu futuro, além disso quer ditar as minhas amizades? - Caitlyn a esse ponto tinha levantado e algumas lágrimas rolavam pelas suas bochechas, que ela insistia em limpar com força - Por favor. Para de me seguir. - Ela encarou o menino parado na porta que parecia congelado. Era como ele se sentia.
A menina continuou pisando firme saindo de casa enquanto a mãe gritava atrás dela, mandando que voltasse, que ela estava fazendo uma cena. Ela não ligou. Pegou o celular com os fones do bolso, colocando no ouvido no som máximo e saiu correndo, deixando a porta aberta e deixando tanto sua mãe quanto o grupo de jovens para trás. Não sabia para onde ia. Apenas ia.
- O que... - Rebeca olhou para Rennan que passou correndo em seguida, na mesma direção
- Não é melhor irmos... Atrás? - Taynara olhou para o grupo
- Eu pessoalmente não queria confusão... - Fabrício soltou timidamente
- Rennan pode precisar de ajuda... - Belinda falou também timidamente pois estava constrangida pela conversa que acabaram de ter e não sabia como se pronunciar
- Podemos piorar a briga indo junto. Vamos procurar apenas ficarmos perto. - Rebeca prendeu os cabelos e o grupo também saiu atrás dos dois, enquanto a mãe aparentava estar desolada na porta.
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Caitlyn Macgiver é só uma adolescente normal
Novela JuvenilÉ isso mesmo. Sem super poderes ou mil caras aos seus pés, nenhuma aventura empolgante, nenhum acidente catastrofico que mudaria sua vida para sempre, nenhum motivo especifico para Caitlyn ser lida. É apenas o cotidiano de uma jovem normal com uma...