O futuro não tão perfeito

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O chão começa a se tremer, Alexis olha para Mia temendo o que fosse acontecer. Foi naquele momento, que alguns falsos agentes entraram, eles seguravam sua tia e a sua mãe, Lena. Ambas tinham uma arma apontada para a cabeça. Mia foi a primeira a se mover, mas foi impedida por um que tinha habilidades de velocidade, que a segurou contra ele.

- Você fez a sua escolha, 457. Você escolheu a agência invés da sua família, agora arque com as consequências.- diz o que estava segurando uma arma apontada para a cabeça de Alex, antes de atirar e espalhar pedaços de seu crânio e cérebro sobre eles e sobre sua mãe.

- Simulação terminada, agente Luthor.- diz uma voz robótica antes de Alexis acordar com uma enxaqueca, sempre era quando ela acordava dessas simulações, sua cabeça doía quando algo não ia como o planejado, mesmo em uma simulação feita por ela mesma ela falhava. Ela se senta na cama branca em que estava, ela olha em volta e vê outros agentes inconscientes, experimentando as suas próprias simulações em busca de algum relaxamento do trabalho exaustivo que tiveram.

Antes, quando Alexis "entrou" nessa agência e soube dessas simulações, ela se perguntava o porquê deles quererem participar dessas sessões, sabendo que aquilo não era real? Para que mais dor? Mas agora ela entende. Essas simulações os lembravam quem eles eram anteriormente, os impedia de enlouquecer por conta do trabalho. Ter um momento com as suas famílias mesmo que por um instante trazia uma certa paz a eles. Mas Alexis não entendi o motivo por ela sempre ter a mesma simulação, mesmo com grandes diferenças entre elas, como a mudança de cenário e época, mas sempre acabava da mesma maneira, alguém morrendo e ela não conseguindo o salvar.

Agora ela entendia um pouco, ela não podia salvar a todos. Ela não pode nem ao menos ter se salvado naquele maldito acidente que tirou sua vida.

[...]

Star City, 2044.

Algumas crianças brincavam em um balanço enquanto eram observadas por seus pais que estavam sentados em um banco. Alguns tiravam fotos sorrindo enquanto admiravam eles brincarem, não querendo que o tempo passasse, que aquele momento congelasse, que elas continuassem a ser crianças. Enquanto outros apenas aproveitavam aquele momento, sabendo que iria passar em um piscar de olhos, elas iriam crescer, não ligar mais para eles como antes, não iriam mostrar o desenho que fez na escola com o maior sorriso, mesmo sendo apenas alguns rabiscos ou uma árvore com o tronco alaranjado e as folhas azuis, ambos pintados de forma desajeitada, junto a um céu mal pintado e com um sol com um sorriso gigante. Elas iriam crescer e apresentar o seus namorados e namoradas antes do baile da escola, o pai ou a mãe, dependendo de que fosse o mais protetor e ameaçador, iria interrogar o "invasor" e fazer o tradicional interrogatório, e o seu filho ou filha iria revirar os olhos e falar que aquilo não era necessário, que estava exagerando. Iria ver elas se formarem, casarem, ou não. Iria ver cada conquista. Até o momento em que não iria ver mais nenhuma.

Mal imaginavam eles que esse momento seria atrapalhado no momento em que uma dessas crianças é atingida por uma bala perdida, estava ocorrendo um assalto a banco a alguns quarteirões daqui, os bandidos utilizam silenciadores em seus rifles, por isso eles não ouviram os barulhos de tiros, não até o momento em que uma daquelas crianças é atingida. Os pais dela correm em sua direção desesperados, os outros país chamam os seus filhos e se preparam para voltar a seus carros, sem se preocuparem com a outra criança que estava caído no chão com o peito sangrando, enquanto o pai colocava sua mão sobre o ferimento desesperadamente estancar, enquanto o seu outro pai ligava para a emergência. Vocês devem estar se perguntando onde está os heróis? A resposta é: em suas casas assistindo tv com alguns quilos a mais. Eles haviam se aposentado, a onda de crimes havia acabado a alguns anos, era o que imaginavam. Não existia mais vilões, sempre irá existir algum vilão, eles se esqueceram disso. E agora, por conta disso, uma criança inocente estava morrendo, e não tinha ninguém para salvar. Era o que seus pais pensavam. Era o que todos pensavam. Não até um homem de cabelos negros aparecer, ele vestia roupas pretas, e era um pouco musculoso. Ele logo tomou o lugar do pai que estava pressionando o ferimento no peito de sua filha.

Into The UnknownOnde histórias criam vida. Descubra agora