É só um bêbado

16 2 2
                                    

- A missão foi um fracasso...- diz o holograma quando Alexis entra na sala.

- Eu sei! Eu tava lá.- ela bufa fraco enquanto jogava a adaga na mesa, ainda com o sangue do Kent.- Quanto que isso mexeu com a linha do tempo?

- Não o suficiente para as Lendas perceberem, ainda estamos seguros.- diz o holograma mostrando os dados do que foi prejudicado.

- Eu pensei que o inibidor estivesse ativado nele!- diz ela irritada por a missão ter fracassado.- Eu devia ter chegado.

- É, você deveria. Você é a uma das melhores agentes aqui, 457, deveria ter controlado tudo, foi um erro que só novatos cometem.

- Eu sei!- diz ela respirando fundo, sentindo seus olhos queimando.

- Seus superiores já estão sabendo disso.

Ela sente uma corrente elétrica passar pelo seu corpo, seus poderes provavelmente devem estar ficando fora do controle. Ela perde um pouco do equilíbrio se ajoelhando no chão.

- Eu consigo parar sozinha.- diz ela com uma careta de dor e raiva olhando para o holograma.

- Se conseguisse, eu não iria precisar fazer isso.

Depois de alguns minutos, os choques param. Alexis se levanta do chão tentando controlar a respiração. Ela usava seus poderes poucas vezes, mesmo tendo controle deles, ultimamente parecia que ela estava perdendo o controle deles. Ela anda em direção a porta, sem se importar com o que o holograma fosse dizer. Ela abre um portal para a sua Terra e logo aparece na sala de sua mãe. Ela não iria ver ela, obviamente.

Ela vê a Lena presa naquele computador, sem se importar com a Kate. Ela não podia ter vindo para cá, ela sabia disso. Mas ela precisava sair daquele lugar. Ela anda devagar em direção a mesa, com medo de que sua mãe a visse. Mesmo sabendo que é impossível, eles não permitem que isso tipo de coisa aconteça, faz parte de estar morto. Ela olha para a tela, vendo que sua mãe continuava a reunir pista sobre sua morte, tentar juntar as peças. Ela nem se lembrava de como havia morrido, parecia um furo em sua memória.

- Por favor, vai viver um pouco.- ela diz baixo para sua mãe, mesmo sabendo que ela não vai ouvir.- A Kate ta ai, vai pra noite da pizza.

Ela percebe Kate levantar e a segue até a varanda. Ficando ao lado da Kate quando ela se apoia na grade.

- Cara, você não vai acreditar como foi o meu dia. Eu conheci um primo nosso de outra Terra, tentei recrutar ele, mas não deu certo.- ela ri fraco enquanto continuava a falar, mesmo sabendo que Kate não ouviria.- Mas não foi difícil igual das outras vezes, ele não durou muito, então eu tive que matar ele, de novo. Sério, você não sabe como é difícil recrutar o povo da nossa família.- diz rindo fraco negando com a cabeça.

Ela percebe Kate andando em direção a mesa de bebidas e nega com a cabeça.

- Você e a mãe tem que parar com essa mania de descontar na bebida.- diz negando com a cabeça.- O que eu não faria agora por uma dose de whisky.

Ela sente uma fraqueza de repente, se apoiando na grade, sentindo o vidro trincar em seu dedo. Ela olha para trás vendo uma sombra atrás de si, logo vindo em sua direção, a pulseira ativa uma proteção sobre seu corpo para que a sombra não a possuísse. Mas o impacto da sombra contra si a fez esbarrar em Kate. Que caiu da varanda. Logo uma adaga se projeta em sua mão e ela crava na sombra, que logo se desintegra.

Ela olha para a rua esperando o pior, mas não encontra sua irmã morta lá. Ela ouve a voz do Barry, e vira para trás, e sorri aliviada. Ela vê sua mãe saindo da sala. Ela sabia que não deveria fazer isso, mas a segue. Ela não se surpreende quando sua mãe resolve ir para um bar qualquer. Mesmo sabendo que ela iria se arrepender disso, ela aperta sua pulseira que muda a cor para um tom de roxo, e logo ela avança em direção a um rapaz que estava saindo do bar, o possuindo.

Ela olha para as suas mãos e sorri ao ver que havia dado certo, logo entrando no bar e olhando em volta. Ela vê sua mãe no balcão, e decidi se aproximar. Ela pede uma cerveja ao cara do bar, que logo a entrega.

- Nossa, Greg. Pensei que aquela seria a última.- diz o cara, Alexis, no caso Greg, apenas ri fraco.

- Sabe como é né- diz antes de beber um gole da cerveja, se segurando para não fazer uma careta pelo gosto amargo, fazia séculos que não bebia.

Ela fica observando sua mãe de longe, que ja estava bebendo whisky enquanto mexia em seu tablet. Apenas na terceira garrafa de cerveja, Alexis toma coragem para se aproximar.

- Sou velha demais para você, garoto.- diz Lena sem olhar para ele, que faz uma careta.

- Que nojento.- diz enquanto fazia uma careta, Lena olha para ele arqueando um pouco a sombrancelha.- Quer dizer, a senhora é muito bonita. Mmas eu sou gay. Muito gay, gayzão.- diz meio nervoso.

Lena apenas nega com a cabeça voltando a prestar atenção para a tela, Alexis olha de canto vendo que era a mesma pesquisa.

- Você é fã de casos criminais?- diz tentando puxar assunto.

- Não, só estou tentando resolver um que as autoridades não quis resolver.- diz antes de beber o restante seu whisky, que logo o cara do bar volta a encher.

- A senhora deveria tentar relaxar, esquecer isso.- diz Alexis sem pensar. - Desculpa, é que eu... Ahh... Conheci sua filha, ela era legal.

Caramba, ela era a melhor nessas missões de fingir ser outra pessoa, mas não estava conseguindo nesse momento. Ela só queria abraçar sua mãe.

- Alexis nunca me falou de você.- diz Lena olhando para ele.

- Ah... A gente se conheceu na escola.- diz tentando montar uma história rápida.

- Você parece ser bem mais velho que a turma da Alexis.- diz prestando atenção no rapaz.

- Ahh eu repeti alguns anos?- diz em dúvida antes de beber um longo gole da cerveja.

- Senhora Luthor?- essa voz... Ela olha para trás vendo a Mia, seu olhar se prende nela enquanto ela caminhava em sua direção.

- Mia, tava conversando com esse amigo da Alexis. Você se lembra dele?- pergunta olhando para ele, antes de voltar a olhar para Mia.

- Não, nunca vi esse cara na minha vida.- diz olhando para o garoto. Que a olhava confuso, Alexis ja havia saído do corpo do garoto, coitado.

Alexis observa de longe Mia interrogar o rapaz, logo perdendo a paciência e o jogando contra o balcão perguntando para que o garoto trabalhava. Ele logo começa a chorar, e foi ali que ela largou ele.

— É só um bêbado.— diz vendo o cara sair correndo.

Eles andam em direção a onde Alexis estava, ela sente Mia a atravessar e olha em sua direção, percebendo que ela havia parado, mas logo voltando a andar. Ela respira fundo já sabendo o que viria em seguida. Ela sente um tipo de puxão, e um grande impacto em seu corpo. Logo ficando inconsciente.








[....]

Roi, foi mal pelo cap curto, os próximos irão ser maiores, prometo. Até a próxima!

Into The UnknownOnde histórias criam vida. Descubra agora