Eu não tinha medo de agulhas e ela também não, a gente é duro na queda. Teve um dia que ela subiu na cadeira para pegar um frasco que estava no armário e fez mau jeito ao descer, não houve lágrimas até rimos disso durante o jantar.
Mas acabamos por retirar esse adjetivo das nossas vidas após ter a nossa filha. Sua fragilidade foi passada para nós de forma instantânea, quando ela teve seu primeiro problema de saúde, não conseguimos dormir, minha mulher chorava muito, nossos pais diziam que era só uma febre passageira, mas isso não nos conformava, talvez fosse só preocupação de pais de primeira viagem.
Disseram que seria mais fácil com o tempo, mas não foi, só piorou porque ela cresceu e aprendeu a andar, queria explorar o mundo (casa) com seus próprios pés. Nesse momento a nossa força foi passada para ela, em nós só ficou o medo e a insegurança. Ela corria pela casa com seu jeito atrapalhado, enquanto nós tentavamos manter nossos corações tranquilos, quando caia ela ria e nós ficávamos aflitos e preocupados, mas antes de a podermos ver para saber se estava magoada ela levantava e ia correndo noutra direção sempre com um sorriso...
Parece que somos a clássica dupla de pais bananas...
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Escrevi sobre nós
AcakA vida a dois nem sempre é a magia que imaginamos ou esperamos, mas também não precisa ser esse Inferno que as pessoas tem vivido...