4 mês

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Angélica- Bom dia mucuraaaaa!- sinto alguém se jogando no outro lado da cama, se eu não estivesse grávida seria em cima de mim mesmo.

- Aí não me deixa dormir eu tô com sono- digo puxando o cobertor porque ela jogou no chão.

Angélica- Graça já são três horas da tarde.

- E daí?

Angélica- daí é que você tem um jantar as oito da tarde e como eu te conheço, você esqueceu, ou seja, não preparou nada- pqp eu esqueci completamente, bato na minha testa com a mão.

- Eu herdei essa lerdeza do meu pai só pode- sento na cama- não faço a mínima ideia do que vestir, vocês fazem bebés? Sabem o que a mamã deve vestir?- o que foi? Qualquer ajuda é bem-vinda tá.

Angélica- eu sei eu sei eu sei- da pulinhos e vai até o meu closet- isso aqui.

Ela está com o vestido amarelo que comprei a semana passada no shopping. Ele fica a dois palmos do joelho, é de alcinhas e colado ao corpo, com um salto um pouco alto né.

- Até que vai ficar bonito, e o que eu faço no cabelo?- pergunto vendo que o meu cabelo que já estava um pouco comprido, até os meus ombros.

Angélica- eu vou enrolar eles, ihhh você vai ficar mais diva que já é.

- Se está tão empolgada porque não vai você ahnm- me refiro ao encontro.

Angélica- não mente para mim menina Graça, sei que também está interessada no médico babaca.

- Interessada em conhecer só, agora saí daqui e vamos comer- pulo da cama.

Mário- chegou a grávida folgada!- grita a bicha escandalosa da cozinha.

- Menos tá senhor Mário bem menos- vou para geleira pegar o meu chocolate e só encontro metade- mas quem foi o mal amado que comeu o meu chocolate.

O Mário continua o que estava a fazer mas a Angel começa a piscar os olhos, é o tic nervoso dela.

- Angélica sua gatuna de meia tigela- eu expliquei para eles gírias da minha língua e eles fizeram o mesmo comigo- devia é te expulsar da minha casa.

Angélica- não vai não porque me ama- joga beijo no ar- e eu só comi um pouco para quê tanto escândalo.

Mário- escândalo porque não é a sua comida né diaba, porque se fosse- faz um gesto do dedo passando no pescoço.

- Você me deve dois chocolate e um batido de morango com chocolate branco.

Angélica- sonho bebê.

- Veremos então- mostro a língua e vou comer, depois fico fazendo tempo com os dois para ir me arrumar as seis da noite.

Vou para o banheiro e tomo um banho super relaxante de chuveiro, eu amo banho de chuveiro, lavo o cabelo, e saiu de lá. Depois de me limpar vou para o quarto e passo o meu óleo com cheiro a baunilha, adoro.
Ponho uma toalha e chamo a Angel para fazer o meu cabelo enquanto o Mário faz Maquiagem, sou a boneca deles hoje.

Depois de tudo feito eu estou com um vestido amarelo, saltos não muito altas, cabelos encaracolados e uma maquiagem leve mas linda.

- Nesse momento concorreria fácil com a Angelina Juli- digo me olhando no espelho.

Mário- trabalho feito e bem feito ah- bate na mão da Angel.

Angélica- a nossa bebê cresceu, até já vai a encontros- limpa uma lágrima inexistente.

- Não começa vocês os dois- o Álvaro já tinha vindo aqui uma vez então ele sabe o caminho.

Mário- tá, se ele for um babaca contigo me fala que eu acabo com aquele rostinho bonito dele.

- Sim minha bicha do box- rimos.

Angélica-e cuidado com você e com as minhas azeitoninhas ok?

- Sim namorada do chefe de cozinha- implico, ela faz careta.

Angélica- Não co- sua fala é interrompida por uma buzina- vai que já veio a sua companhia.

- Tchau meus amores- pego a minha bolsa- não queimem a minha casa, amo vocês.

Também te amamos- respondem.

Saiu de casa e vejo um carro desses desportivos parado na minha porta, encostado a ele está um Álvaro lindo com uma camisa polo branca e uma calça preta, está maravilhoso, acho até que babei.

Álvaro- admirando a vista- diz com um sorriso divertido nos lábios se referindo ao meu olhar.

- Não se ache tanto, você nem é tudo isso- minto.

Álvaro- vamos fingir que eu acredito- piscou para mim, assim que chego ao pé dele ele pega a minha mão e me dá um pequeno giro- tudo isso é para mim? Sinto me lisonjeado- brinca abrindo a porta pra mim e depois que entro ele fecha e dá a volta.

- Na verdade não, não é para você, como eu disse, você não é tudo isso- sussurro a última parte no seu ouvido.

Álvaro- ok, então porquê que estás assim toda gata?- arquea a sobrancelha.

- Porque vou a um lugar público e gosto de estar maravilhosa- meia verdade- ele encosta a boca no meu ouvido e eu fico estática.

Álvaro- vamos fingir que sim- sussurra e arrepio até o meu pelo da nuca, droga detesto reagir a ele.

- Rhum bem- digo fingindo que não me atingiu- não vai me levar para esses restaurantes que a comida custa um rim mas nem cobre um terço do prato né?- sempre detestei esse tipo de restaurante, é praticamente um roubo.

Álvaro- eu não seria capaz de levar uma mulher grávida de trigémeos a um lugar desse- diz concentrado na estrada.

- Então aonde me leva?- não diga surpresa, não diga surpresa.

Álvaro- surpresa- arg, detesto surpresas.

- Fala, tenha pena de uma grávida com fome- faço bico, eu sempre utilizando minha gravidez como pretexto das coisas.

Álvaro- não, não vou e para de usar os bebés para conseguir as coisas.

- O quê? Eu não faço isso- falo cínica.

Álvaro- sei.

Para cortar o assunto conectei o meu telefone ao carro e meti uma música do Anselmo a tocar.

- Aí sim é o fim do mundo uhh- cantava junto enquanto o Álvaro me olhava.

Álvaro- chegamos- olho pela janela e vejo uma entra bonita para um restaurante, e todo de vidro.

- Uau- digo admirada.

Álvaro abre a porta do carro e eu saiu, chegamos no All da entrada e uma moça nos leva a nossa mesa.


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