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Já na delegacia, Tzuyu e Gi-hun tentavam explicar ao delegado sobre tudo que havia acontecido no jogo da batatinha frita, porém ambos não estavam conseguindo entrar em um acordo para que cada um falasse de cada vez – Eles tinham mascaras/Eu tava na batatinha frita/Sabiam da minha vida – os dois falavam ao mesmo tempo, nada podia ser compreendido

Jong-Su, o delegado, deu um basta – Por favor senhores, eu gostaria de entender a situação, mas com os dois falando juntos e desincronizados fica complicado – ele pediu

Tzuyu sorriu calma – Deixa que eu explico – ela se ofereceu dando um passo para frente. Seguinte, vou começar por partes. Eu e mais 455 pessoas, incluindo ele, recebemos um convite para entrar em um jogo e ganhar dinheiro. Só que quando nós chegamos, tinha uns caras de máscara e armas, então todo mundo foi jogar batatinha frita 1 2 3 e mataram aqueles que se mexiam. Depois, a maioria quis ir embora e por meio de uma votação, eles decidiram deixar a gente ir.

O delegado ficou completamente confuso com a explicação da mulher, estava tentando descobrir se ela era louco ou se só estava bêbada. Ele acabou entrando no jogo dela para ver se conseguia acabar com aquele problema constrangedor – Uns caras mascarados falaram para vocês jogarem jogos para ganhar dinheiro, daí eles mataram aqueles que perdessem e quando vocês queriam sair eles simplesmente deixam?.

– Mas foi exatamente isso que eu acabei de dizer, você só repetiu – Tzuyu diz irritada. De qualquer forma, é bom que tenha entendido tudo que ouviu.

Gi-hun tira o cartão do bolso que havia ganhado daquele vendedor no metrô e entrega para o delegado – Liga para eles e tire suas próprias conclusões.

O delegado pega o número no papel e disca em seu telefone. Ele coloca em viva voz e se prepara para atender – Alô?.

Alô.

A voz do outro lado era de uma mulher, que não parecia nem um pouco animada em atender ligações naquela hora da noite – Desculpe incomodar, mas é que eu queria saber se vocês querem jogar uns jogos.

– Quê? Jogar uns jogos?.

– Sim, eu sou muito bom com jogos, posso jogar qualquer um.

– Quem é você e por que tá me ligando com essa conversa sem sentido? Se quer jogar uns jogos vai procurar um fliperama seu pervertido!.

A mulher grita e desliga o telefone, Jong-Su olha para os dois na sua frente e percebe que tudo não passava de uma brincadeira – Acho que já ficou bem claro que tudo não passou de uma brincadeira – o homem comentou. Seria de bom tom que vocês dois não fizessem esse tipo de coisa em um lugar sério como uma delegacia, agora se puderem se retirar..ficaria grato.

Se não fosse pela autoridade máxima que o delegado tinha, Tzuyu teria pulado em cima do homem e o espancado até que não pudesse mais ouvir sua respiração, então se contentou em reclamar apenas – Um dia, você vai ver que eu não tô brincando – ela sai da delegacia em passos largos, demonstrando o quão brava ficou pelo acontecido

Gi-hun seguiu ela até a porta onde se encararam antes que ela pudesse ir embora – Escuta, eu sei que eu e você não se dá muito bem, mas se quiser talvez eu possa te acompanhar até em casa – o mais velho se oferece

– Não precisa, eu sei andar sozinha – ela segue seu caminho deixando o homem parado na porta da delegacia sem saber oque fazer

[...]

Minari estava em um carro juntamente de Sang-woo e Ali, o jogador paquistanês que salvou Gi-hun, eles foram jogados em uma rua qualquer de um lugar desconhecido pelos 3, Ali com uma camisa branca e uma calça também na mesma cor, Sang-woo com a mesma roupa que havia ido, uma roupa social enquanto Minari usava apenas uma camisa e um short jeans que conseguiu após fazer um escândalo com o triângulo por ele não ter encontrado suas roupas originais

Ali já de pé observava Minari se contorcendo no chão ainda vendada, bolando de um lado para o outro enquanto tentava levantar sozinha, Sang-woo se aproximou dela e a ajudou a tirar a venda, as amarras e logo os dois levantaram.

Ali evitava a olhar, por causa de suas vestimentas – Senhor? Onde estamos? – Ali se aproximou de Sang-woo, perguntando enquanto tentava identificar o local onde estavam

– Estamos em alguma rua de Seul – respondeu simplista logo começando a andar sendo acompanhado pelos outros dois

Andaram até uma loja de conveniência ali perto, Minari esperou do lado de fora enquanto os dois homens entravam

Minari então sentou na bancadinha na frente vendo pelo vidro Sang-woo comprar um celular entregando para Ali e 3 potes de macarrão pronto saindo e entregando um para ela

Minari pegou agradecendo baixinho e comendo logo em seguida, eles se olhavam de vez em quando, agora que estavam mais próximos e de certa forma em um momento mais tranquilo, ela parou para o observar

O mais velho por perceber que ela o olhava com cara de quem ia dar um surto a encarou apertando os lábios e arrumando os óculos, agradeceu aos céus por ver Ali se aproximando – Obrigado de novo senhor! Eu já vou para casa – se curvou e agradeceu

– Você tem dinheiro para pedir um ônibus? – Sang-woo perguntou para o mesmo que balançou a cabeça negativamente, tirou dinheiro do bolso e o entregou

– Me desculpe senhor mas não posso aceitar– Ali se curvou novamente se afastando um pouco

– Pega logo – Minari disse. Ele está sendo generoso, é bem raro isso.

Ali apenas pegou o dinheiro, agradeceu novamente e seguiu seu caminho correndo para alcançar o ponto de ônibus sendo observado por Sang-woo que arregalou os olhos ao ouvir um bocejo atrás de si se lembrando da presença de Minari – Vamos para casa, oppa – Sang-woo apenas deu as costas e passou a andar rápido, fazendo a namorada o seguir também na mesma velocidade

– Temos que ir logo, eu não gosto de andar essa hora da noite na rua com você – ele fala friamente. É perigoso.

– Você tá com medo de uma rua escura, oppa? – Minari perguntava para ele enquanto segurava na barra de seu palitó como uma criança sendo levada pela mãe para casa, vendo o mesmo ficar cada vez mais nervoso e vermelho a cada vez que era chamado de “Oppa" pela mesma

– É isso sim.

– Oppa seu apartamento é por aqui – Minari apontou o caminho certo ao perceber que o namorado estava indo na direção errada

O homem parou imediatamente, olhando Minari por cima dos ombros – Eu só estava distraído – ele explicou. E é nosso apartamento.

SOULMATES - Cho Sang-woo Onde histórias criam vida. Descubra agora