SOULMATES - Cho Sang-woo

08

Os cabelos castanhos no rosto de Minari a fizeram despertar para um novo dia. A noite passada foi como todas que passou com Sang-woo, incrível e inesquecível

A mulher olha para o lado e percebe que seu namorado estava acordado sentado na ponta da cama, ela então levanta cautolosamente para não assustá-lo. Sem perceber que Peter a observava discretamente, Minari vestiu uma roupa e soltou os cabelos

Olhava seu reflexo cansado da noite no espelho quando foi surpreendida por Sang a abraçando por trás lentamente – Bom dia – ela sorri antes de beijar o homem

– Bom dia. Dormiu bem

– Acho que não consegui dormir pensando em tudo que aconteceu – Minari dá uma risada. Tem alguma coisa de novo para me contar?.

– Não se preocupe com nada, só foca em mim – Sang-woo pega a mão de Kim e a puxa para mais perto

Minari encosta sua testa na dele, fazendo com que os dois ficassem juntos como um só – Eu não quero segredos entre a gente – a mais nova responde trazendo um olhar confuso para o rosto de seu amado

Ele não estava entendendo oque sua namorada queria dizer com o "não quero mais segredos" para Cho, eles não tinham nenhum segredo – Não temos segredo, querida.

– Não fale isso para mim – Minari pede sem demonstrar emoções. Eu te amo muito, mas quero que sejamos sinceros um com o outro, só isso.

– É por isso que eu te amo, você é determinada – Sang-woo entrou no enlace. É uma mulher forte e quer as coisas sérias, você é uma mulher incrível, Minari, lembre- se disso.

– O que eu vou te dizer é algo sério – Minari diz de repente cessando a falação de Cho

– Pode falar.

– Eu sei que você recebeu um novo convite para os jogos – ela disse, levantando-se da cama. Eu sei disso, porque eu vi você pegando e também...porque eu recebi o meu, mas eu ia te falar, diferente de você que ia manter tudo em sigilo.

– Não falei nada porque queria te proteger e... – ele disse, intrigado, mas Minari o silenciou com um olhar. Pode continuar falando, desculpa.

– Eu não sou mais criança para ser protegida – Minari mal começou a falar e Sang já franziu os olhos em confusão. Se a gente precisar voltar, nós voltaremos juntos, eu não ligo se posso morrer, eu te prometi que estaria com você em qualquer momento.

– Minari, eu... –  ele desviou o olhar com um suspiro

– Eu sei que você tem medo de me perder, mas esse dinheiro pode ser a chance de mudar nossas vidas – ela se afastou de Sang. Então me fala que vai deixar eu ir com você, porque eu não vou deixar você ir sozinho.

– E você acha que eu deixaria você ir para um lugar daquele? – Sang-woo perguntou confuso

– Eu não pedi para você falar isso.

– Se você tem medo de me perder, por que não pensa que nós dois juntos podemos nos proteger lá dentro? – Cho sugeriu, movendo-se para ela

– Não é medo.

– Por que está dizendo isso para mim?– ele perguntou, de braços cruzados. Acha que eu iria deixar minha namorada entrar em um jogo mortal por minha causa?.

– Não, não é isso – Minari implorou olhando para ele, com lágrimas nos olhos. Apenas entenda o meu lado, e se isso for um sinal para gente ficar junto? Eu não queria estar lá, mas se não conseguimos ganhar o jogo, nossas vidas acabam.

– Olha, eu realmente gostaria...gostaria de...

Minari suspirou, e cobriu a boca de seu namorado – Promete por mim – ela lentamente abaixou a mão quando viu seus olhos suavizarem

– Ok – ele enxuga uma lágrima caída de seus olhos

– Eu te amo – Minari se inclina lentamente, e os dois se beijaram suavemente

– Espero que você me entenda um dia.

– Claro que entendo, linda.

– Que bom.

[...]

Minari acorda em sua cama, se levanta vendo que Sang-woo voltou junto com ela. Ela corre até o mais velho para cumprimentá- lo – Amor, é muito bom te encontrar – ela diz vendo o homem brilhar de felicidade com sua presença

– Estou aqui por você

– Nós somos um só, você não pode morrer sozinho – Minari disse, então se virou para ver Gi-hun

– Sang-woo?.

Eles cruzam os olhares, e começam um papo que há muito tempo não tinham – Você voltou, achei que não voltaria – Sang comentou

– Pois é, eu também não.

Ali, avista o homem que ele salvou e corre até o pequeno grupo para falar e agradecer também – São vocês – ele afirma e vê que Gi-Hun o reconhece

– Ei, você salvou minha vida – o 456 comenta sorrindo. Ele salvou minha vida.

– Eu queria agradecer mais uma vez por ter pago meu ônibus – o estrangeiro se curva

– Pagou o ônibus dele? – Gi-Hun pergunta ao perceber que o amigo de infância tinha feito um gesto de caridade

Sang-woo não diz nada, apenas observa Tzuyu e seu grupo se aproximando – Olha só, são vocês – Minari diz, olha para Ali e faz um sinal para que ele saísse da cama, ele obedece. Obrigada pela gentileza.

– Estamos parecendo colegas em campo de treinamento – Gi-Hun diz

– O que é campo de treinamento? – Ali pergunta, seu país parecia bem restrito para que ele não soubesse de certas coisas

– É tipo um acampamento militar para aprender a atirar e essas merdas – Tzuyu explica

– Já que a gente tá falando disso, seria bom se todos nós nos juntássemos como uma equipe para vencer todos os jogos – Gi-Hun sugeriu, e pareceu que todos ali estavam de acordo com sua idéia

Chaesoo e Sana ficaram reciosas em entrar, já que Minari provavelmente iria participar do time também e elas já haviam entrado em uma briga no passado. Quando estavam prestes a deixarem o grupo, Minari as para – Esperem, vamos esquecer as nossas diferenças do passado – ela fala. Podem ficar aqui.

– Mas disse que éramos burras catatônicas – Chaesoo disse meio triste

– E que não queria mais olhar na nossa cara.

– Eu sei disso, desculpa – Minari olhou nos olhos de cada uma, elas não pensaram duas vezes e entraram para o time sem hesitar

Sentando em sua cama, o velhinho sorridente entrou na conversa – Tudo bem se eu também fizer parte da equipe? – ele pergunta

– Claro, você pode ser um soldado que passou praticamente a vida inteira no exército – Gi-Hun dizia aquilo aleatoriamente, sem nem saber se estava certo

– Eu não sei como alguém pode prolongar uma conversa tão aleatória como essa – Tzuyu comenta se sentindo perdida no meio de um bando de hienas retardadas. Pelo menos eu tô com amigos..quer dizer, conhecidos

– Você ainda me deve desculpas por ter sido grossa comigo – Gi-Hun repreende a mulher em busca dos seus direitos

– Para de reclamar, você devia agradecer em ter caído daquela van comigo, se você não fosse tão chato e não reclamasse tanto, eu poderia te emprestar uma grana ou comprar comida pra você.

– E desde de quando você tem dinheiro para dar?.

– E quem disse que eu ia dar?  – disse apoiando seu braço no ombro de Ali que escutava tudo atentamente se sentindo bastante confuso. Eu ia te emprestar, e depois iria pedir de volta.

– Você consegue ser bem irritante, é esse seu talento? – o 456 pergunta enfrentando Tzuyu

– Eu tenho vários talentos, e se você não gosta de mim, simplesmente se mate, não fui eu que te coloquei no mundo – Tzuyu lançou um olhar malicioso para o homem e se retirou com suas amigas