Nineteen - Hyunin.

Capítulo 9 - Esquimó?

Yang Jeongin 

Eu só lembro de ter apagado nos braços de Hyunjin. Eu estava extremamente cansado, com dor e tudo piorou com o incidente na frente da loja. Acordei aparentemente no meu quarto, tinha pouca luz, levantei meus braços e pude ver que eu estava cheio de curativos, olhei para meu corpo e estava do mesmo jeito até à minha cintura. Estava vestindo apenas uma calça moletom. 

Hyunjin entra no quarto com uma bandeija e alguns lanches rápidos. Me sento devagar pois toda minha caixa torácica dói, parece que está sendo atravessada por uma lança e em seguida sendo esmagada. O moreno rapidamente vem em minha direção, deixando a bandeija sobre a cama, um pouco distante de mim, e logo em seguida ajeitando os travesseiros para me dar um pouco de apoio.

Com tudo pronto, ele começou a me dar comida na boca, dando logo depois um remédio para dor. Puta que pariu, que situação fodida! 

— Me desculpa, In. — sua voz parecia de choro e ele estava com a cabeça entre as mãos que estavam apoiadas em suas coxas, estava sentado ao meu lado, com as pernas quase cruzadas sobre a cama, de frente pra mim.

— Desculpa pelo quê, meu bem? Você não vê que você veio me resgatar? — tombo minha cabeça lentamente para o lado, levando minha mão até seu rosto, alisando suas bochechas mas logo cessando, já que a dor está não muito suportável.

— Ele fez isso por minha causa! In, todas as pessoas estão te atacando por minha causa! Me desculpa! — pude ouvir seu choro.

— Prince, não diga uma coisa dessas! Você sabe que você nunca vai me trazer ou fazer algum mal. — dou um pequeno sorriso pois é a mais pura verdade — meu anjo, ele fez aquilo porque ele quis, porque ele é um louco. Não tem nada haver com você. Você é meu anjo. — puxo uma de suas mãos, trazendo seu corpo junto, para deitar ao meu lado, o fazendo ficar frente à frente comigo. Enxugo suas lágrimas com meus polegares. — Tudo vai ficar bem, ok? — continuo acariciando suas bochechas.

— Você não devia estar me consolando, eu que devia fazer isso. Não inverta os papéis, é minha vez de cuidar de você. — suspira pesado, seu choro cessou, mas sua voz ainda continua rouca — In, eu não sei o quê faria se tivesse acontecido algo pior e eu não estivesse lá. Você não vai mais sair sozinho, entendeu? — podia sentir a seriedade no seu tom de voz.

— Nem eu quero mais que isso aconteça... — fui interrompido quando ele me puxou cautelosamente para seus braços. Nesse momento toda dor sumiu e eu senti meu corpo travar e meu coração bater mais forte que tudo. O cheiro do Hyunjin é tão bom, perfume forte, um pouco cítrico e amadeirado. Muito bom! Poderia morar aqui para sempre.

— Pode, por favor, faltar amanhã? Não quero você nessa situação. Ainda mais que eu sei que o Beomgyu não vai parar de encher você. — sua voz era baixinha, ele acariciava lentamente meus cabelos. Fechei os olhos para aproveitar a sensação.

— Espero que as câmeras tenham gravado aquilo. Pretendo processá-lo. Não vou ficar com medo, sem poder sair, viver minha vida e ainda tenho meus filhos. — digo baixinho também.

— Lá tem? Ótimo, podemos falar com a polícia e resolver isso de uma vez. — suspirou.

— Cadê Yeonjun? E meus filhos? — levanto minha cabeça, ficando poucos centímetros de distância do seu rosto.

— Yeonjun está no quarto com Soobin. O cara ficou louco quando soube o que aconteceu e não pensou duas vezes em vim cuidar do Jun. — enquanto ele falava, eu alternava entre seu olhar e sua boca, devo ser um ser humano muito podre por estar pensando em beijá-lo nessa situação. — Seus bebês... — vai falando mais baixo e vou me aproximando lentamente dele. Claro, ue! Tenho que ouvir... melhor.... — estão dormi...— não consegue falar porque a porta se abre é entra duas miniaturas pela porta que Hyunjin deixou encostada. Hyunjin se afasta, dando um grande e audível suspiro e eu coro ferozmente. Que merda eu tenho na cabeça? Oh, porra!